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sábado, 12 de março de 2011

Psicose (1960)



Num período determinado de tempo, algumas produções cinematográficas surpreendem todos de uma maneira indescritível, chegam sorrateiramente e misteriosamente criam uma proporção gigantesca em torno de si própria, desta forma consagra os envolvidos no projeto, agrega o público com seus predicados originais e concretiza firmemente seu nome na história deste meio. Atualmente, conta-se nos dedos as películas que ainda conseguem esta estupenda façanha. Se o gênero do suspense passou recebeu uma maior proporção ao longo das décadas, a isso se deve a Alfred Hitchcock, por ter preenchido a visão mundial com obras de valor inestimável, tanto para o público quanto, eventualmente, para toda a história.

Seria impossível falar das grandes renovações cinematográficas sem voltar a mais de 50 anos atrás e analisar todo o valor e importância que Psicose rendeu a seu gênero, e ao todo o meio cinematográfico. Em 1960, Hitchcock já havia moldado sua fama com outras obras anteriores, então, seu título já estava a muito escrito na história, entretanto com a vinda deste novo projeto, o cineasta surpreendeu a todos, no sentido total desta palavra. Psicose nasceu grande por ter Hitchcock como o principal responsável por seu sucesso, pois talvez, mesmo com seus dotes, na mão de outro diretor o filme não teria conquistado todas as honras que hoje possui.

Adentrando mais no mundo aqui montado, Psicose conta a história de Marion, é uma jovem que trabalha numa empresa imobiliária, que sonha em se casar e para isso rouba uma alta quantia em dinheiro e foge em seguida, sem rumo, tendo apenas sua consciência como testemunha do ato. Eis que ela acaba por parar em um misterioso motel na beira da estrada, onde decide lá pernoitar. Então coisas estranhas passam a acontecer dando lugar aos terríveis e lunáticos acontecimentos posteriores.

Partindo de um argumento aparentemente simples, Psicose emerge todas as suas inúmeras qualidades, sendo até hoje considerado como um dos maiores suspenses de todos os tempos. A esse título, os méritos cabem a direção precisa do mestre que optou em chocar mais seu público como nunca antes havia feito em sua vasta filmografia, pois neste filme foram empregados elementos particulares que aderiram a toda a sua força e vitalidade. Em primeiro, Hitchcock filmou-o inteiramente em preto e branco, fazendo de sua fotografia um contraste sublime com toda a violência presente no filme. Outro ponto a ser enfatizado é sua sufocante atmosfera de tensão e fobia a qual durante quase toda sua duração somos expostos e submetidos, comandado magistralmente por toda sua construção e vindo a culminar em seu implacável desfecho.


Mais que apenas uma peça de valor simbólico, Psicose é também um estudo aprofundado sobre a psique humana, seu comportamento, seus problemas, ampliados em grau máximo para que nós, e aqueles que viveram durante a época de seu lançamento, pudéssemos ter a ciência do quão imprevisível, complexa e enigmática é a mente de um ser humano. Toda está análise mental é cedida por Hitchcock durante as cenas finais, onde compenetramos a uma profunda ótica de seus personagens e de todos os acontecimentos até ali nos repassados.

É crível que mesmo após 50 anos, Psicose mantém-se vigoroso não apenas em sua imponência, mas em sua indiscutível qualidade cinematográfica, ainda capaz de nos fascinar e nos enlouquecer com sua história deliciosamente insana. Hoje, talvez algumas de suas qualidades de outrora estejam inevitavelmente datadas, mas isso não apaga o brilho e a força que Psicose retém, pois se atualmente o filme não impressione a todos, deve-se as inúmeras influências que cedeu por ser o precursor de diversos recursos abordados até hoje por muitos filmes. Seja em baixo ou alto grau é possível ver algumas marcas do filme presentes na maioria dos títulos de seu gênero, pois ao mesmo tempo em que Psicose construiu seu legado por 50 anos, por esse mesmo período de tempo, inúmeros outros filmes fragmentaram as virtudes deste filme e aderiram a sua própria construção. Gostando ou não, é inegável que Psicose foi, é e, sempre será uma fonte onde muitas e muitas produções beberam de sua água para assim moldarem seu respectivo valor.

O filme é uma esfera do cinema em sua perfeição. É Hitchcock em sua forma brilhante e absoluta. É o prelúdio de tudo que seu gênero viria a proporcionar ao passar dos anos. Psicose é um dos poucos filmes em toda a história que se pode chamar de infinito; obra-prima que marchou para o panteão onde encontram-se os maiores nomes de todo o universo cinematográfico, e lá ficará por muito, imortalizando toda a sua importância, para que assim saibamos sempre, que o cinema é eterno.

Nota: 9.0

3 comentários:

  1. Olá!!

    Gostei muito do espaço que criou...

    Posso te add em meus links na lateral de meu blog?

    Já estou seguindo!

    Um abraço,

    Kleber
    oteatrodavida.blogspot.com

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  2. Claro Kleber, pode add lá sim! Irelos lá seguir o seu blog também!

    Obrigado!

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