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terça-feira, 19 de abril de 2011

A Dama na Água (2006)



Responsável por filmes de alto nível, como a obra-prima O Sexto Sentido, e outros demais trabalhos igualmente excelentes, o diretor indiano M. Night Shyamalan é conhecido perante a mídia por seus suspenses - dramáticos – que se tornaram sucessos de público e de crítica, até; porém, depois de muitas controvérsias em cima de seu último projeto até então - A Vila -, ele optou por fazer uma obra diferente, até demais, de tudo que havia filmado em sua carreira até então, para que de alguma forma mostrasse por definitivo sua competência trás das câmeras, então surge em 2006 seu projeto mais pessoal e mais ousado, a fábula de horror A Dama na Água.

O filme é baseado num estranho conto de ninar criado pelo próprio diretor para seus filhos; trata-se de uma história mística sobre um superintendente de um condomínio que acaba por descobrir que há uma criatura morando na piscina do prédio, então ele decide ajudá-la a retornar a seu mundo de origem. Para adaptar essa estória as telas já seria uma dificuldade imensa para qualquer diretor, quanto mais compactá-la a um título de suspense, e como previsto, os meios que Shyamalan utilizou para adaptar seu conto de fadas para caber no nível de suspense que proporcionara até então foi inútil, isso porque, o teor de tensão neste filme não se equivale aos demais trabalhos do diretor, o que, infelizmente, acabou por decepcionar o grande público,principalmente aqueles que esperavam algo a mais desse seu projeto.

Talvez se o roteiro, ainda que muito simplório, fosse mais bem executado, e se a arrogância objetiva por parte do diretor fosse deixada de lado, talvez – somente talvez! - o filme fosse melhor, já que A Dama na Água possui alguns méritos a seu favor, pois as atuações são competentes, Bryce Dallas Howard pela segunda vez não decepciona (ainda que seu trabalho em A Vila tenha sido extremamente melhor), e claro, Paul Giamatti executa muito bem seu papel como protagonista da trama. Mas apesar disso, os pontos negativos continuam lá, reduzindo a carga potencial deste filme, como, em certos momentos o trabalho chega a soar um tanto quanto artificial e esquemático, e isso é notório em algumas cenas-chave do filme, deixando-o ainda mais desmerecido que já era.

No fim, a proposta demasiadamente ousada não resultou em bons frutos. Shyamalan errou dessa vez, e fez de A Dama na Água um filme falho e pequeno, pequeno até demais, e depois da nítida qualidade alcançada por suas obras anteriores, esse tropeço na carreira do diretor pode ser traduzido em apenas uma única palavra: Decepção.

Nota: 4.0




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