O terceiro episódio da saga do morcego, agora dirigido por Joel Schumacher, (que todos os fãs do herói tremem só de ouvir este nome) chegou em 1995 com a promessa de resgatar a animação e o colorido(?) do universo de Batman, perdida completamente nos dois filmes de Burton. A intenção desta vez era amenizar as coisas, deixar o clima mais tranquilo, para que com isto, a criançada lotasse os cinemas mundiais! Foi o que aconteceu realmente, porém as mudanças, algumas drásticas, não foram aprovados pelo público/fã do herói. Gothan City agora é desfrutada de outra forma, completamente diferente de outrora mostrado, sem o caos pelas ruas, bem como a loucura de criminosos. A cidade agora possui tons modernos, clima agradável para um belo passeio a noite, deixando tudo mais com cara de anos 90 mesmo, perdendo os elementos góticos por completo. Aquelas ruas, antes infestadas de histeria e correria, muito bem construída por Burton...pouco sobrou. Val Kilmer assume o uniforme do Morcego, o que na minha opinião não chegou a estragar o filme. Apesar de Keaton ser um grande ator, o personagem não possuia, como vou dizer...cara de Herói, onde com a entrada de Kilmer, as coisas neste campo tornaram-se melhores. O personagem Bruce novamente é revisitado pelo roteiro, aprofundando um pouco mais sobre o passado e a personalidade do mocinho. Para isto, a entrada da Dra. Chase, interpretada por uma sedutora Kidman, é necessária, tendo em vista que a mesma 'ajudará' Bruce. Porém não passa disto. A relação entre ambos é totalmente rasa, com impressão de ser rápida, soando artificial. Desta vez o nosso herói contará com a ajuda de seu fiel ajudante dos quadrinhos e TV, Robin, aqui ganhando vida pelo irritante Chris O´Donnell. O personagem pra começar é totalmente diferente do que outrora fora mostrado. Aqui já é um rapaz, e pra completar é totalmente chato e inexpressivo. Este sim, na maior parte de sua presença em tela apenas irrita o Homem Morcego e o público. É como Batman tivesse se tornado uma babá para um adolescente mimado e o público que paga o pato. Para piorar, Robin é muuuuito mais irritante no capítulo seguinte, a pergunta é: Como conseguiram? Os vilões, que mais se parecem animadores de Circo, não dão pinta, hora alguma, de representarem perigo real ao nosso herói. Diferentemente dos inspirados Coringa, Pinguim e Mulher Gato, tão bem explorados por Burton nos primeiros capitulos, aqui a coisa é bem diferente. Harvey se transforma em Duas Caras de forma pouco criativa, sem clima. O seu visual também não agrada. Aquilo mais se parece com pintura, do que queimaduras. Jim Carrey, o Charada é engraçado, mas rapidamente seu personagem se perde a tanta besteira, tornando-o forçado demais. Também não se constrói um clima adequado para um embate de herói contra vilão. A musicalidade não empolga como antigamente. Apesar de ter alguns bons momentos, com Batman em cena, é pouco demais para um filme como este, de um dos super heróis mais famosos do mundo. A edição, bem como a inserção de novos personagens proporcionam mais dinamismo a trama, ponto para este. Nos filmes de Burton, a trama era mais arrastada, devido um enfoque maior aos vilões e desenvolvimento de ambos. A ação corre mais leve por aqui. Os figurinos, tanto de herói como dos vilões estão mais exageradas e cômicas, porém não é nada perto do que viria no capítulo seguinte. Aqui já é perceptível o aumento gradativo das cores, nas roupas, na cidade e até mesmo no Batmóvel, agora colorido. "Batman Eternamente", o primeiro capítulo da Saga de Joel Schumacher a frente da franquia do Homem Morcego é, comparada aos filmes anteriores, ruim, devido a drástica mudança de ambiente e características, já antes impregnadas. Mas ao comparado com "Batman e Robin" é infinitamente melhor, pois pelo menos neste capítulo, ainda restava, um mínimo que seja, de Batman de verdade. Nota: 3.0 |
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sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Batman Eternamente (1995)
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