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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A Hora do Pesadelo (1984)


"A Hora do Pesadelo" marcou o nascimento de um dos maiores vilões/ícones do Terror, Freddy Krueger, que a partir de então, tornaria-se referência no gênero. Criado pelo diretor e roteirista Wes Craven, após o mesmo ter se inspirado em algumas matérias televisivas, onde fora mostrado alguns casos de garotos que morriam após ter supostos pesadelos, bem como baseando-se em sua própria infância conturbada, claro, recheada de pesadelos terríveis, o diretor assinou definitivamente seu nome no universo deste gênero. Contando com uma história criativa e interessante, mostrou ao mundo um vilão sanguinário e tenebroso, que assassinava suas vítimas nos pesadelos das mesmas. Os méritos da produção se encontram justamente em sua narrativa, em seu roteiro, inspirado e de características únicas.

Inicialmente o vilão seria interpretado por um dublê, como queria Craven, mas em última hora, Robert Englund foi convocado para viver o assassino da Rua Elm. O ator ainda estrelaria mais 07 filmes como Freddy Krueger, tornando-se o corpo e alma definitiva do vilão nos cinemas. Craven conseguiu logo em seu primeiro filme do monstro dos pesadelos, torná-lo imponente e inesquecível, tanto é que no ano seguinte, uma continuação já chegaria aos cinemas, mas este, sem o total apoio do diretor.

A criatividade de Craven, nas formas em que planejou e executou a trama, formando as relações sociais evolvendo os personagens, o clima tenso, mergulhado em um suspense eficiente, além da criação do vilão e seu mito, elevaram este longa a uma das melhores criações de personagens do universo Terror de todos os tempos. O vilão aqui abordado, não é nenhum um pouco parecido com o que fora mostrado nas continuações. Aqui o assassino é cruel com suas vítimas, não faz piadinhas antes de executá-las, muito menos é de falar muito, e quando fala, é para ameaçar as mesmas.


A mocinha do filme, Nancy Thompson, interpretada por Heather Langenkamp (que voltaria a interpretá-la nas partes 3 e 7, justamente os episódios em que Wes Craven possui envolvimento) tornou-se, como no caso da personagem Alice (Adrienne King) da saga "Sexta Feira 13", as 'heroínas' definitivas dos referidos vilões. Seu personagem é simples, mas mesmo assim consegue atrair o interesse do público. Ao longo da projeção, percebemos uma clara mudança na personalidade de Nancy, devido a mesma permanecer muito tempo sem adormecer, mostrando seu lado psicológico, aos poucos ser afetado, ponto para a atriz.

Com efeitos visuais legais, deixando claro as condições financeiras do longa, que eram risíveis, consegue transmitir doses de tensão e adrenalina, quando o público percebe que algum jovem está prestes a dormir, fulminando em um ataque do vilão. As cenas de mortes deste longa são bem mais 'comuns' do que mostrado nas continuações. Aqui não está tudo exagerado e fantasioso como fora realizado mais tarde, mas sim mostra mortes em lugares-comuns, sem deixar de ser tenebroso e eficaz, o que aliás, este filme é o que mais proporciona sustos na plateia, que para a época, assustava de verdade! Tomadas envolvendo o vilão em lugares escuros, como uma velha refinaria, ou crianças cantando a 'assustadora' canção do vilão são algumas cenas garantidas de tensão.

Definitivamente, este primeiro capítulo de Freddy nos cinemas é o mais divertido, o que possui uma trama mais lógica, o que possui as melhores interpretações, dentro das limitações claro, bem como as melhores cenas de tensão e mortes. O melhor do vilão e de sua essência assassina pode ser conferido neste primeiro capítulo. "A Hora do Pesadelo" estreou em 9 de Novembro de 1984, arrecadando em solo americano pouco mais de R$ 25 milhões de dólares, ótimas cifras para um filme B, de orçamento precário.

Nota: 9.0



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