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terça-feira, 30 de agosto de 2011

O Máskara (1994)


Um dos principais fatores que levaram Jim Carrey a ser um dos maiores nomes (se não o maior) das comédias pastelão é sua maneira de atuar, sempre apostando em expressões exageradas e trejeitos caricatos, que fazem a alegria do público ávido por um programa que lhes traga risadas, e nada mais. Sendo assim, ter Jim Carrey estrelando um filme já era certeza de boa bilheteria, o que pode ser comprovado com o sucesso de filmes como Ace Ventura – Um Detetive Diferente, Eu, Eu Mesmo & Irene, Todo Poderoso, entre outros. Carrey também já provou ser dono de uma interessante veia dramática em Cine Majestic e Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças, porém, nenhum outro personagem marcou tanto sua carreira quando Stanley Spikss, ou mais especificamente, O Máskara, um dos “heróis” mais amalucados e fora do convencional que o cinema já viu.

Stanley Ipkiss (Jim Carrey) é um cara decente que trabalha em um banco, mas é socialmente desajeitado e sem muito sucesso com as mulheres. Após um dos piores dias da sua vida, ele acha no mar a estranha máscara de Loki, um deus escandinavo. Quando Stanley coloca a máscara, se transforma em O Máskara, um ser com o rosto verde que possui a coragem para fazer as coisas mais arriscadas e divertidas que Stanley receia fazer, inclusive flertar com Tina Carlyle (Cameron Diaz), a bela e sensual cantora que se apresenta no Coco Bongo, a discoteca do momento. O Máskara tem velocidade sobre-humana e um humor não-convencional e, enquanto isto, o gângster Dorian Tyrrell (Peter Greene), que namora Tina, se esforça para destruir o Máskara e se apoderar da máscara para usar seus poderes para o mal.

Na época de seu lançamento, O Máskara se tornou um imenso sucesso de bilheteria. Lembro-me até hoje de ir ao cinema para conferir o filme, e me deparar com imensas e intermináveis filas, repletas de pessoas curiosas para conferir a versão fílmica do famoso e carismático personagem (antes do desenho, O Máskara já possuía uma HQ criada por John Arcudi e Doug Mahnke). Porém, o sucesso alcançado pelo longa não se deve unicamente à presença de Carrey, e sim ao seu humor absurdo, politicamente incorreto, mas mais inspirado que a maioria dos exemplares da época. Sendo um “herói” completamente fora do convencional, o principal hobbie do personagem é atazanar a vida das pessoas, pregando peças e cometendo as mais impensáveis loucuras. Lotado de momentos histéricos e espalhafatosos, O Máskara agrada justamente por suas piadas condizerem perfeitamente com a personalidade do personagem amalucado. Assim, ver O Máskara fazendo um inferno da vida das pessoas ou até mesmo assaltando um banco torna-se algo extremamente hilário.


O roteiro de Mark Werb acerta ao balancear o lado cômico da história com os momentos de maior aventura. Adotando um tom completamente surreal, a direção de arte e os figurinos apostam em um espetáculo de cores vivas, o que o aproxima ainda mais do desenho animado. Assim, percebe-se o quanto a escolha de Chuck Russel (do clássico trash A Bolha Assassina) foi essencial para trazer o tom ideal ao longa, já que sua experiência em produções B ajudou a manter o ar de diversão descompromissada. Alguns momentos criados pelo diretor são realmente marcantes, como a inesquecível dança entre O Máskara com Tina na boate Coco Bongo, ou quando uma rua lotada de policiais sucumbe ao embalo de uma música.

Porém, Jim Carrey consegue, mais uma vez, ser o nome do filme. Nunca seu talento cômico coube tão bem em um personagem, o que torna difícil imaginar outro intérprete em seu lugar. Mesmo sempre mantendo seu jeito “careteiro” de atuar, o ator consegue distinguir muito bem as opostas personalidades de Stanley Ipkiss e O Máskara, o que prova que, mais que um simples comediante, Jim Carrey também possui sua versatilidade.

Contando ainda com um espetáculo de efeitos especiais, O Máskara é, até hoje, uma das comédias mais divertidas de Jim Carrey, e uma das melhores dos anos 90. Esqueça Steve Carrel, Paul Rudd, Seth Rogen ou Adam Sanlder. Jim Carrey é o grande nome do gênero, e O Máskara é um dos muitos exemplares que comprovam isso.

Nota: 7.0

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