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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

De Repente É Amor (2005)


Quando me sento para assistir ou me disponho a comentar uma comédia romântica, sempre procuro deixar claro o receio que sinto pelo gênero. Sim, o problema está em mim, pois nunca me convenceu esta história, por mais inverossímil que seja, de final feliz para tudo e para todos. Podem chamar de machismo ou alguma outra coisa, mas o fato é que é um dos gêneros que pouco me agrada ou me apetece.

Entretanto, a vantagem de ser cinéfilo é atestar, de tempos em tempos, o nascimento de produções semelhantes que conseguem conquistar simpatia e me conquistar, por motivos que possam diferenciá-los de seus “irmãos” do gênero. De Repente É Amor, estrelado por Ashton Kutcher (Efeito Borboleta) e Amanda Peet (Identidade) reúne muitos dos clichês do gênero, mas por diversos fatores, consegue agradar e se manter acima da média atual de seu estilo de filme.

Oliver (Ashton Kutcher) e Emily (Amanda Peet) se conhecem em um vôo que cruza os Estados Unidos. Ele é um recém-formado que procura seguir um cronograma rígido para sua vida, de forma que consiga alcançar o sucesso profissional o mais rapidamente possível e também encontrar o amor de sua vida. Já ela é espontânea e indisciplinada, do tipo que prefere ver aonde a vida leva ao invés de fazer planos para o futuro. Oliver e Emily imediatamente sentem atração um pelo outro, mas as características de ambos são incompatíveis. Durante os 7 anos seguintes eles se encontram periodicamente, mas tudo parece conspirar para que eles sempre estejam separados.


Não foi com nenhuma grande expectativa que me sentei no sofá para conferir De Repente É Amor, a começar pela presença de Ashton Kutcher, ator que considero extremamente limitado e desprovido de algum vestígio de talento cômico (e não sei como seu trabalho no já mencionado Efeito Borboleta conseguiu me agradar). O nome de Nigel Cole (do fraco O Barato de Grace) na direção também não apresentava nada que fosse promissor, o que apenas deixava minhas expectativas iniciais lá embaixo. E surpreendentemente, me peguei inúmeras vezes me divertindo e rindo das situações do filme, que por incrível que pareça, traz uma boa química entre Kutcher com a bela Amanda Peet, além de momentos que unem muito bem o romance com o lado mais debochado da história.

Aliás, um acerto inteligente do roteiro de Colin Patrick Lynch é manter a narrativa centrada em um único fio (os encontros e desencontros dos protagonistas), mas sem deixar que isto caia na mesmice. O roteiro se dá ao trabalho de desenvolver o lado pessoal de suas vidas, que ao se mostrarem tão opostos, tornam estas figuras bem mais interessantes do que aparentavam ser inicialmente.

Interessante também é o uso incessante de passagens no tempo, que mais do que um capricho do roteiro, é utilizado de forma inteligente e criativa. Isto não impede, claro, que existam momentos bobos e desnecessários, com gags visuais que pouco divertem. Mas acompanhar as idas e vindas do casal não deixa de ser algo agradável e prazeroso de se acompanhar.


E com este clima de Road movie romântico, não poderia faltar uma trilha sonora que acompanhasse a jornada dos personagens, e encontramos aqui bels faixas de The Cure, The Gateway People, Jet, entre muitas outras canções leves e agradáveis aos ouvidos. Interessante notar também como a fotografia de John de Borman utiliza tons alegres e luminosos, criando um interessante contraponto aos vários momentos melancólicos em que se encontram os personagens, assim como as dificuldades encontradas para permanecer juntos.

De Repente É Amor, ao contrário do que aparenta, entrega tudo o que uma comédia romântica promete, além de trazer algumas características que, de certa forma, são inéditas para o gênero. Recomendado. 
 
Nota: 7.0

3 comentários:

  1. Cara, eu tb tenho uma relação muito boa com comédias românticas. Com excessão das ótimas dos anos sessenta (Audrey Hepburn e afins), procuro evitar. (algumas excessões: E Se Fosse verdade e Como se Fosse a Primeira vez são ótimos!)E ao ter visto uma pavorosa com Ashton que não lembro o nome mas q sempre passa na Sessão da Tarde, - onde ele namora com uma gartoa negra e tem que aturar o sogro Bernie Mac - perdi a pouca vontade q tinha de ver este aqui. Mas agora q vc falow, talvez eu dê uma chance a ele. Gostei muito do seu blog! Tb tenho 1 onde falo bastante de cinema tb. Se quiser fdar uma passada lá: http://prunosland.blogspot.com/

    Abssss

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  2. Não conhecia o filme, mas gosto bastante da actriz, sou capaz de dar uma olhadela!

    Sarah
    http://depoisdocinema.blogspot.com

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  3. Boa dica. Conhecia o filme, mas ainda não tive interesse em conferir.

    http://www.cinemosaico.com

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