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domingo, 9 de outubro de 2011

Tudo Acontece em Elizabethtown (2005)

Acho que todos (ou pelo menos a grande maioria) já deve ter passado por um momento na vida que se sentiu sem muita vontade de viver e triste, não é mesmo? Digo isso porque é normal sentir-se assim alguma(s) vez(es), ora, isso já aconteceu comigo. Ontem mesmo estava assim e decidi pôr um filme no DVD para assistir. O escolhido foi Tudo Acontece em Elizabethtown e ao final, o desânimo e a falta de vontade de viver se dissipou de meu ser como farinha quando é assoprada.

Tudo Acontece em Elizabethtown é um filme encantador e despretensioso, e que com uma história comum e pequena que Cameron Crowe (o diretor e roteirista) consegue fazer dela um grande produto final, com uma ótima trilha sonora e paisagens fascinantes. E os méritos não param por aí. O filme ainda consegue passar boas lições sem ser tão clichê como as produções de hoje em dia são.

O filme conta a história de Drew (Orlando Bloom) que está passando por um momento muito difícil em sua vida. Depois de dar um prejuízo de quase um bilhão de dólares à empresa em que trabalha, ele é demitido e ainda humilhado pelo seu chefe. Além disso, havia levado “um fora” de sua namorada, Ellen, então, após esses acontecimentos, ele decide cometer suicídio de uma maneira um tanto excêntrica que não dá muito certo, pois seu celular toca e ele recebe a notícia de que seu pai havia morrido. Com isso ele deve ir para a cidade em que o corpo está, Elizabethtown no Kentucky.

Na viagem ele conhece a simpática comissária de bordo, Claire (a linda Kirsten Dunst), que tenta se aproximar dele ensinando o caminho para a cidade, reforçando a necessidade de ele pegar a estrada “60B”. Ela, simpática e alegre é tudo o que ele, fracassado e desanimado, precisa. A relação deles vai ficando mais próxima e bonita. O que predomina não é o romance entre eles, mas sim o companheirismo e a amizade, até porque o primeiro beijo entre eles demora a acontecer.

Em Elizabethtown tudo, de fato, acontece. Lá o pai de Drew é cremado, a cerimonia fúnebre tem lugar, o casamento de Chuck e Cindy é celebrado (só quem assistiu o filme vai entender), o romance de Drew e Claire também se aprofunda. Além disso, lá Drew é admirado por todos (o que faz com que sua tristeza pelo fracasso se dissipe um pouco), e a mãe de Drew, Hollie (Susan Sarandon), se entende com a família do marido. Todos esses acontecimentos ou são contados de forma cômica, ou com emoção, o que faz do filme uma comédia dramática com um pouco de romance. Mas não é besta nem escrachado como grande parte dos exemplares do gênero.

O filme mostra, entre outras coisas, que mesmo nas piores situações por mais que estas sejam difíceis, sempre tem algo de bom que pode acontecer. Apesar de a lição ser piegas, o filme faz com que não nos pareça somente isso, afinal, muitas vezes um “não desista” é o que precisamos ouvir. É estranho para mim dizer isso, mas se algum dia você, leitor deste comentário, se sentir triste e desanimado, assista Tudo Acontece em Elizabethtown. Funciona melhor que psicólogos, terapias e afins.

As atuações são corretas, pois todos os atores estavam a vontade em seus devidos papéis. E Orlando Bloom que já havia sido muito criticado por suas atuações em outros filmes não decepciona. Deixando de lado as atuações, o grande destaque do filme é a trilha sonora. Os últimos momentos não teriam sido tão brilhantes se não fosse as músicas que tocam (e também as paisagens, lindas!).

Em outro filme de Crowe, que tive a oportunidade de assistir, Quase Famosos, a trilha sonora também exerce um papel muito importante, haja vista que é um filme sobre o mundo da música, na sua interpretação mais superficial. Sua trilha sonora exerce um papel muito importante, quase como nos filmes de Kubrick. E neste exemplar não é diferente.

Por fim, só resta reforçar que, quando algo é capaz de fazer tão bem, como este filme, é preciso dar o seu devido valor e se deixar levar. O resultado disso foi a minha vontade de que o filme não acabasse...

Nota: 9,0

3 comentários:

  1. É um filme delicado e revigorante mesmo, otimo texto, é na tristeza que muitas vezes o ser humano se supera. Abs!

    http://umanoem365filmes.blogspot.com/

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  2. eu já até aluguei esse filme pra ver com uns amigos, todo mundo viu e eu não lembro o que eu fui fazer que perdi. HAUH
    mas era o tipo de filme que eu tava procurando e não sabia. vou tentar ver agora

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  3. Nunca vi, mas parece um filme com muito sentimento, tenho alguma curiosidade. Cumprimentos.

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