Conhecido como um dos maiores sucessos independentes de 1997, Na Companhia de Homens, estréia pouco vista do diretor Neil LaBute em longa-metragem, já pode ser apreciado no circuito brasileiro graças à distribuidora Lume Filmes, que resgatou do passado algumas produções comerciais hoje pouco conhecidas pelo público. Tendo recebido boas críticas à época de se lançamento (inclusive abocanhando alguns prêmios importantes), trata-se de um filme com roteiro simples, porém executado com inteligência, destreza e sagacidade por LaBute.
Chad (Aaron Eckhart) e Howard (Matt Malloy) são dois amigos abandonados por suas respectivas mulheres. Para se sentirem melhor, decidem bolar um jogo. Querem escolher uma mulher frágil e desiludida e envolvê-la: marcar encontros, mandar flores, ligar, mostrar preocupação e fazer com que ela se apaixone por eles. Depois, revelariam a brincadeira e a abandonariam. Simplesmente pelo prazer de sacanear, porque naquele momento isso parecia legal de ser feito. E a moça escolhida é uma secretária da empresa onde trabalham – uma mulher surda e parcialmente muda.
Através de uma trama com um toque particularmente intimista de LaBute, o filme lida com o choque entre sentimentos distintos ambição e ódio. Se a composição estereotipada dos personagens incomoda um pouco (Aaron Eckhart é o sujeito malandro, enquanto que Matt Malloy faz o bom moço e boa pinta), porém é olhar ácido e, de certa forma, debochado de LaBute sobre a situação que torna Na Companhia de Homens uma experiência particularmente interessante. Todo o embate psicológico entre os personagens é carregado com um verdadeiro toque de cinismo, que por muitas vezes se aproxima do humor negro, onde mesmo diante de uma situação emocionalmente devastadora e angustiante, somos levados a encarar a situação com um olhar mais debochado e menos crítico.
Nada apresentado aqui chega a ser original, inclusive a narrativa possui uma convencionalidade um tanto quanto decepcionante. Porém, foi a visão intimista e diferenciada de LaBute que conseguiu fazer toda a diferença aqui. Com ótimas atuações, foi uma estréia promissora para um diretor de visão única.
Chad (Aaron Eckhart) e Howard (Matt Malloy) são dois amigos abandonados por suas respectivas mulheres. Para se sentirem melhor, decidem bolar um jogo. Querem escolher uma mulher frágil e desiludida e envolvê-la: marcar encontros, mandar flores, ligar, mostrar preocupação e fazer com que ela se apaixone por eles. Depois, revelariam a brincadeira e a abandonariam. Simplesmente pelo prazer de sacanear, porque naquele momento isso parecia legal de ser feito. E a moça escolhida é uma secretária da empresa onde trabalham – uma mulher surda e parcialmente muda.
Através de uma trama com um toque particularmente intimista de LaBute, o filme lida com o choque entre sentimentos distintos ambição e ódio. Se a composição estereotipada dos personagens incomoda um pouco (Aaron Eckhart é o sujeito malandro, enquanto que Matt Malloy faz o bom moço e boa pinta), porém é olhar ácido e, de certa forma, debochado de LaBute sobre a situação que torna Na Companhia de Homens uma experiência particularmente interessante. Todo o embate psicológico entre os personagens é carregado com um verdadeiro toque de cinismo, que por muitas vezes se aproxima do humor negro, onde mesmo diante de uma situação emocionalmente devastadora e angustiante, somos levados a encarar a situação com um olhar mais debochado e menos crítico.
Nada apresentado aqui chega a ser original, inclusive a narrativa possui uma convencionalidade um tanto quanto decepcionante. Porém, foi a visão intimista e diferenciada de LaBute que conseguiu fazer toda a diferença aqui. Com ótimas atuações, foi uma estréia promissora para um diretor de visão única.
Nota: 7.0
É uma história cínica e até cruel em alguns momentos.
ResponderExcluirAaron Eckhart se tornou parceira e Labute estrelando outros trabalhos do diretor.
Abraço