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sábado, 22 de janeiro de 2011

O Exorcismo de Emily Rose (2005)


A grande surpresa do ano de 2005, é na verdade um filme que se perde em meio a pretensões de seu diretor e a falta de foco em seus elementos mais favoráveis.

Não é surpresa que no ano de 2005, uma das maiores surpresas que surgiram no mercado cinematográfico foi O Exorcismo de Emily Rose, um filme que veio de fininho e era aparentemente inofensivo se tornou um grande sucesso e rapidamente ganhou relevante popularidade. Tal alarde, deve-se a sua narrativa excitante, e uma história que foge do que muitos a principio imaginavam. O filme tinha tudo para dar errado, a temática (já batida), o enredo não muito inspirado, e é claro, após a decepção que foi o ridículo Exorcista - O Início em 2004, ninguém esperava mais nada relacionado ao tema.

A missão deste filme foi difícil, conquistar o público através de uma temática tão manjada, e que nos últimos anos foi tão mal representada (vide as seqüências de O Exorcista), mas pode-se afirmar que foi um êxito, não por ser um grande filme ou algo do tipo, mas por realizar a façanha de se tornar um sucesso em meio a tantas bombas parecidas.

foto de O Exorcismo de Emily Rose

Um padre tenta exorcizar a garota Emily Rose. Durante as sessões, a jovem acaba falecendo e o padre é levado a julgamento, acusado da morte da jovem. Se comparado aos filmes de terror atuais que Hollywood vem concebendo, Emily Rose é um grande filme, sua estória é instigante, porém mal trabalhada, se houvesse uma atenção maior ao drama, e se desviasse de sustos primários, a película teria se saído bem melhor (ingredientes não faltavam), mas resolveu entregar-se parcialmente, a cenas de suspense mal trabalhadas.

A atmosfera do filme o favorece, sendo tensa e em certos momentos até claustrofóbica (cenas no tribunal). A história de Emily Rose, seu drama especialmente, é convincente, se houvesse uma maior atenção em relação a isso, teríamos um grande suspense psicológico, com elementos gratificantes, mas como isso não aconteceu, temos apenas um filme bom de proporções (ir)regulares.

Os efeitos especiais (é importante ressaltar isso) são ruins, nas cenas de possessão é visível a baixa qualidade gráfica, além do mais, efeitos computadorizados não auxiliam na tensão ou no suspense. A direção de arte é interessante, recria bem a época, e ainda que outros filmes ganhem nesse quesito, Emily Rose tem uma estética competente.

foto de O Exorcismo de Emily Rose

A direção principiante de Scott Derrickson mostra-se pretensiosa, talvez o que ele almejava era criar um horror moderno, com elementos magistrais, mas ele usou o argumento interessante que tinha em mãos de forma precipitada, e acabou dando mais ênfase a quesitos primários, sustos baratos, e algumas seqüências forçadas. As atuações são eficientes, mas não são o destaque do filme. A promissora Jennifer Carpenter é a que mais brilha em meio às personalidades, Laura Linney e Tom Wilkinson, sua atuação é a mais competente dentre todas, a jovem consegue passar sensibilidade e profundidade a sua personagem.

O Exorcismo de Emily Rose tinha todos os elementos possíveis (enredo, elenco, atmosfera...) para se tornar um grande filme, mas por ineficiência de seu diretor, e sua temática estreita, se tornou apenas um filme regular. Ao olhar para trás, vemos todos os pontos que a produção tinha a seu favor foram desperdiçados para dar lugar a um simples - ainda que bom - filme de terror.

Nota: 6.0

Um comentário:

  1. Não chega nem ao mindinho do pé de O Exorcista, mas é um trabalho interessante do gênero, que mistura bem o gênero tribunal.

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