A história é uma narrativa verídica, três após o escândalo do caso Watergate, onde Richard Nixon, depois de renunciar o cargo de presidente e passar muito tempo calado sobre o assunto, cede uma entrevista a David Frost, um apresentador de talk shows, eis que a partir do início da sessão de entrevistas, temos um embate instigante, onde acompanhamos avidamente uma batalha inteligente e perspicaz de dois homens se enfrentando diante das câmeras, luzes e dos espectadores americanos. A batalha de Frost e Nixon acontece não apenas através da câmera do grupo responsável pelas entrevistas, mas também sobre as lentes da câmera de Ron Howard, onde temos atuações brilhantes de um elenco primoroso, em Frank Langella e Michael Sheen disputam tanto em tela, quanto na grandiosidade de suas interpretações. Nixon e Frost. Langella e Sheen. Duelos implacáveis, de personalidades grandes, guiados sublimemente por todos os poderosos 122 minutos de duração. Frost: "– Certo. Espere, só para eu entender melhor, está me dizendo que em algumas situações, o Presidente pode decidir quando algo é interesse da nação e quando é ilegal?” Nixon: "– Estou dizendo que quando um Presidente o faz, não é ilegal." Mesmo tendo seu reconhecimento eclipsado por produções relativamente menores em seu ano, Frost/Nixon consegue imprimir com maestria uma análise política concreta, em uma disputa de interesses onde os espectadores não são apenas a platéia, mas toda uma sociedade testemunha e vítima da corrupção e de outras barbáries no meio político. Frost/Nixon utiliza de uma série de entrevistas para conduzir um embate histórico, guiado em tela por duas personalidades perspicazes e um par de atuações fenomenal. Howard molda um filme engenhoso, que põe em discussão, através de um acontecimento passado, os rumos políticos atuais. Por fim termino meus argumentos, com a mesma afirmação que fiz logo a princípio, pois estamos, definitivamente, diante do melhor filme de Ron Howard. Nota: 9.0 |
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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Frost/Nixon (2008)
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