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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Orgulho e Preconceito (2005)


Quem é fã de literatura, como eu, com certeza já deve ter ouvido falar de Jane Austen. E quem é amante do cinema, como eu, também já deve ter ouvido falar Jane Austen. E não é para menos: Austen é, hoje, uma das escritoras mais famosas da literatura britânica. Sua capacidade de expressar por meio das palavras a vida da sociedade britânica de forma leve e com bons toques cômicos fizeram a fama desta escritora, que atualmente, é muito mais reconhecida do que em sua época.

E como Hollywood não é boba, algumas de suas obras já foram levadas para a tela grande, como é o caso de Razão e Sensibilidade, Emma, e o filme em questão, Orgulho e Preconceito, cuja obra original já havia sido transformada em uma minissérie, 2 versões para a televisão e 4 versões para o cinema, contando com esta.

A história segue a jovem Elizabeth Bennet (Keira Knightley) e sua família: os pais e mais quatro irmãs. A matriarca da família deseja desesperadamente casar suas filhas com homens ricos, já que, por sua família não possuir dotes (dinheiro), correm o risco de, após a morte do patriarca, ficarem, como diriam, na rua da amargura. Logo, com a chegada de Mr Bingley, os esforços giram em torno de casarem a filha mais velha Jane Bennet. O que não esperavam é que Jane viria a se apaixonar por ele.
Sim, o filme (ou livro, dá no mesmo) possui um ponto de partida clichê: casal conhece e se odeia, mas aos poucos, vão se conhecendo,  e tudo termina em um mar de flores. Acreditem, não estou contando nada de mais, já que o desfecho da trama é bastante previsivel. Mas em nenhum momento, este clichê se torna um empecilho realmente grave, já que tudo o que o diretor estreante Joe Wright (e também Austen) apresenta durante a obra é de uma veracidade admirável.

Um dos principais acertos de Wright foi conseguir traduzir todas as fortes emoções e sentimentos presentes no livro. Por vezes, os diálogos são desnecessários, quando apenas as expressões dos atores conseguem passar o fogo e a paixão que arde dentro  dos personagens. E os créditos por este feito não devem ir apenas para Wright, mas também para Keira Knightley (indicada ao Oscar de melhor atriz por este filme) e Mathew McFayden, que conduzem o filme com atuações muito acima da média, e que nos fazem torcer pelo casal.

Joe Wright também é um luxo na direção. Com experiências em trabalhos para a televisão, Whright aproveita para realizar um trabalho mais ousado, que pode ser visto, principalmente, nos maravilhosos planos sequência (um deles, como a abertura do filme), onde sua câmera passeia pela casa, nos apresentando os personagens, e focando em suas conversas paralelas. A fluidez que o diretor imprime é impressionante, e torna o filme uma experiência renovável.
A trilha sonora de Dario Marianelli se mostra mais do que necessária, uma vez que se torna o ponto principal em diversas cenas, mas sem nunca deixar-se cair na mesmice costumeira do gênero. A fotografia também é de uma beleza surpreendente, assim como as locações, com vastos campos, sempre iluminados pela luz do sol, que confere uma beleza única ao visual do filme.

Em sua 4° adaptação para o cinema, Orgulho e Preconceito finalmente parece ter encontrado sua versão definitiva, em um romance bonito, atrativo, divertido e que fala sobre as crenças do amor com o pé no chão. Excelente.

Nota: 8.0


Trailer do Filme

2 comentários:

  1. Mesmo não sendo grande fã de filmes de época, gostei muito deste longa. A história de Jane Austen foi adaptada de forma competente, além da ajuda do ótimo elenco.

    Abraço

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  2. De fato, o elenco ajudou muito, e olha que eu nem gosto tanto da Knightley.

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