Tudo aqui falado sobre a obra de Lars Von Trier pode ser pouco para descrever sua força e sua vital importância em aspectos artísticos e cinematográficos. Dogville é um símbolo definitivo da conciliação entre a originalidade e a inteligência em uma única obra. Toda a sua magnificência descreve puramente sua relevância em meios culturais, mostrando o quão verossímil é ao relatar à crua e fria natureza dos homens.
Movimento Dogma 95.
O Dogma 95 foi um movimento cinematográfico internacional. Deu-se através de um manifesto escrito no ano de 1995, que visava à criação de um cinema mais real e menos comercial. Este teve como autoria os cineastas Thomas Vinterberg e Lars Von Trier.
Até hoje este movimento possui força nas mãos dos cineastas dinamarqueses. Vinterberg consagrou-se através deste, em 1998, com o lançamento de seu Festa de Família (o primeiro filme oficial do movimento). Von Trier por sua vez, entregou a sétima arte um dos projetos mais bem quistos desta última década. Dogville tornou-se o maior representante deste manifesto, tendo alçado proporções inimagináveis, e eventualmente recebido o reconhecimento internacional.
A terra das oportunidades.
Lars Von Trier fez de Dogville um prelúdio para discussões e críticas, pois este é o primeiro capítulo de uma saga ambientada nos Estados Unidos, e toda a sátira descarregada a nação americana concentrasse em toda a trama do filme.
O filme é ambientado em 1930, durante a grande depressão americana e mostra a trajetória de Grace (Nicole Kidman), uma jovem que durante uma fuga a mafiosos, acaba por ir parar na pacata cidadezinha de Dogville. Então, ela é amparada pelo jovem Tom, que pede aos demais habitantes para abrigá-la e esconde-la de seus perseguidores. Logo de início, os moradores demonstram uma recepção calorosa e uma boa hospitalidade à moça, porém, quando a busca dos mafiosos a jovem se intensifica pondo em risco a segurança da cidade, os moradores passam a revelar suas verdadeiras intenções, têm-se início a uma jornada de sofrimentos e humilhação.
É crível que o que Lars Von Trier pretendia através desse argumento era repassar a nós, espectadores, uma análise social verossímil da crueldade dos seres humanos e conseqüentemente usar dessa premissa para atingir a nação mais emergente do globo.
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