De primeira vista, Velozes e Furiosos – Desafio em Tóquio pode aparentar ser muito, muito ruim. Basta olhar a mediocridade da história e do roteiro que o espectador já começa a imaginar o quanto o produto pode ser ruim. Mas, assim como as aparências enganam, o longa surpreende por se mostrar uma boa diversão descerebrada, cujo único objetivo é entreter o público, ainda que precise apelar para truques manipulativos e batidos.
Mas para curtir o filme, o espectador deve, primeiramente, desligar seu cérebro e curtir a ação na tela, uma vez que o filme não apresenta nenhum tipo de profundidade ou substância durante sua projeção. No filme, conhecemos Sean Boswell (o carismático Lucas Black), que representa exatamente o que os personagens dos filmes anteriores deveriam ser quando mais jovens. Sendo um pequeno delinquente que adora se envolver em rachas ilegais, o garoto acaba arrumando encrenca e é mandado ao Japão para viver com o pai (Brian Goodman). Logicamente, ele novamente se envolve com os rachas e, ao tentar impressionar uma certa garota da escola (Nathalie Kelley, linda de doer), acaba por arrumar briga com o namorado dela (Brian Tee). Bem, não preciso dizer mais nada, não é?
Mas se o filme peca pela previsibilidade, agrada pelas cenas de ação que, inegavelmente, estão entre as melhores já vistas na série. E o mérito disso vai para o diretor Justin Lin (Annapolis), que não apresenta nenhum arroubo de criatividade na condução da trama, mas soube realizar boas cenas de ação, capazes de deixar o espectador sem fôlego graças ao bom nível de adrenalina empregado por ele. Além disso, o filme conta com bom uso de CGI, que é usado sem grandes exageros.
Ao final, Velozes e Furiosos – Desafio em Tóquio não consegue ser melhor que o primeiro exemplar, mas supera bastante a bomba que foi o segundo filme. Portanto, a chave para a diversão é deixar o cérebro de lado, já que como filme de ação, este cumpre muito bem a sua proposta.
Nota: 6.0
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