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segunda-feira, 7 de março de 2011

Avatar (2009)

A maior bilheteria de todos os tempos é também um dos filmes que mais dividiram a crítica: Avatar, filme de James Cameron (que curiosamente tem as duas maiorias bilheterias de todos os tempos - Titanic, em segundo lugar), tem uma história basicamente simples e maniqueísta em que a maior parte do tempo é luta dos bonzinhos que tentam se defender dos bandidos. Mas, o que pode parecer um enorme clichê para alguns, se torna um dos filmes menos ingênuos de todos os tempos.

James Cameron consegue fazer o impossível e o inimaginável com Avatar. O diretor retrata, mesmo que indiretamente, a Guerra do Iraque neste filme. Preste atenção: na Guerra verdadeira, os Estados Unidos invadiram um território (o Iraque) para conseguir mais petróleo e assim mais riqueza e poder. Esse é o motivo de haver Guerra. Enquanto que no filme uma corporação do mesmo país (EUA) invade um território, dessa vez um planeta (Pandora), em busca de minério (o Unobtanium), adivinha para quê? Conseguir mais riqueza e poder!


Toda essa busca de mais riqueza e mais poder causa um imenso caos (tanto na vida real, quanto no filme), que acaba com as riquezas naturais, acaba com a população, acaba, inclusive, com a cultura do território afetado. E tudo isso para o bem-estar de um único país ou de poucos indivíduos.

Avatar causou muitos sentimentos em mim, sem dúvida alguma, um dos que mais me emocionaram. Depois de assistir a esse filme, passei a ver o ser humano como algo destrutivo, que só pensa em se dar bem, nem que para isso seja preciso destruir um país, ou até mesmo um planeta. Apesar de ver coisas parecidas nos noticiários diariamente, no filme, isso fica mais evidente, pois os Na'vi são atacados e nem sabem por que, além do mais, a tribo vivia na mais completa paz antes que os “seres humanos” chegassem lá e acabassem com tudo. Fez-me ver que as criaturas azuis são os verdadeiros seres humanos, pois são eles que se comportam como tal.
Voltando ao foco do comentário... Toda a história e a tecnologia utilizada em Avatar para “criar” Pandora, fazem com que as pessoas que assistam ao filme sejam levadas a outro mundo, e para aproveitar essa viagem, podemos (e devemos) usar nossa imaginação para explorar e imaginar Pandora e tudo o que há lá. Isso depende do espectador, creio que se não usarmos nossa imaginação, é bem provável que Avatar se torne irritante e cansativo.

Os efeitos-especiais são um caso a parte. Impactantes, incríveis e ultramodernos são usados para criar um planeta agradável e peculiar, mas também é chave para criar cenas de ação de tirar o fôlego. Mas não creio que esses efeitos serão usados em todos os filmes daqui pra frente. Em Avatar, caiu como uma luva, mas em outros filmes, seria desnecessário e exagerado. Apesar de tudo, devo admitir que o maior mérito de Avatar são, de fato, os efeitos.
Avatar tem falhas, sim. Mas a história conseguiu me envolver de tal maneira que as quase três horas de filme passaram num piscar de olhos, e o resultado foi uma experiência sensorial e emocional bastante rica. Minha vontade ao final da projeção era de ir embora da Terra, me transformar em um Avatar e ir viver em Pandora, junto dos verdadeiros seres humanos, em um lugar que ainda vale a pena.


Nota: 9,0


3 comentários:

  1. Ver este filme por este aspecto simbolico deixa a historia mto mais interessante Gabriel! Rs. Eu particularmente não gostei de Avatar, com exceção claro, dos inegaveis efeitos impressionantes do filme todo.

    Abs!

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  2. Vejo Avatar apenas como um grande espetáculo. Neste sentido, é um filmaço, um dos maiores experiências visuais desde O Senhor dos Anéis.

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  3. certamente foi uma grande evento na época de seu lançamento... hoje é apenas mais um filme de aventura...

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