Com a inovação da técnica da produção de animações, o gênero recebeu novos elementos que declaravam que as modernizações que aconteciam eram não apenas um avanço tecnológico, mas também o início de um período que aos poucos foi ganhando forma e se concretizando na arte de produzir imagens. Mas, mesmo com esse processo recebendo ascensão na década de 90, as animações convencionais ainda possuíam seu poder e vitalidade; os estúdios Disney continuavam a produzir belas imagens com seus longas metragens animados, que fisgavam corações de crianças e adultos, não apenas pela beleza, mas também por uma magia ímpar e indescritível que estas animações apresentavam a seu público.
O Rei Leão certamente foi uma das animações mais belas e ternas que os estúdios Disney produziram em toda sua história, todo o brilho contido nele alcançou não apenas resultados estéticos e internos, mas também um reconhecimento particular perante público e crítica especializada, tornando-se, além de uma relevante bilheteria, uma das produções animadas mais queridos já feitos. O filme marca também (assim como outras animações da Disney durante a década de 90) uma originalidade particular em toda sua criação, pois muitas das grandes animações da empresa durante sua chama “Era de Ouro” (1937-1966) derivavam de contos e livros - na maioria história que eram não voltadas ao público infantil -, que eram adaptadas em tela através de uma nova ótica; em O Rei Leão contamos com uma história original que, melhor que isso, agradará não apenas crianças, mas também conquistará o apresso de todos os adultos.
Acima de qualquer virtude que o filme traga, assim como para muitos, O Rei Leão corresponde a uma experiência nostálgica para mim, por este é um dos grandes elos ainda presentes a ligar-me com a minha infância; definitivamente, este é um filme que confere uma grande sessão de boas lembranças para aqueles que, assim como eu, tiveram este filme como participante de sua infância. A obra narra a estória de Simba, um leãozinho que nasce sendo filho do poderoso rei leão Mufasa, portanto, ele está predestinado a herdar o trono de seu pai. Mas o nascimento dele traz o ódio do invejoso leão Scar, irmão de Mufasa, que vê em Simba um impasse para seu almejo pessoal de ser o futuro rei. Então após a morte proposital de seu pai, Simba acaba por sobreviver a um plano perverso que resultaria em sua morte, e por pressão de Scar, acaba por fugir e exilar-se na floresta. Lá, ele é salvo e acolhido pelos simpáticos Timão e Pumba, onde cresce sobre o amparo deles, até tomar a decisão de voltar a seu reino e tomar, por fim, a posse de seu trono.
Mesmo parecendo uma obra volta exclusivamente para o público infantil, O Rei Leão abrange, de forma sutil temas maduros que, mesmo que encenados por animais falantes, estão presentes em nosso meio social. Tópicos como o amadurecimento, a culpa e a redenção são retratados de forma segura e ao mesmo tempo consistente durante todo o percurso que o filme toma, e, mesmo tratando destes assuntos, o filme jamais se entrega a um frustrante discurso moralista, até porque está não é sua maneira de promover a mensagem central, portanto, a narrativa limpa serve para tornar seu conteúdo ainda mais orgânico e pertinente, elevando, dessa maneira, ainda mais o status desta produção já privilegiada.
Toda a sua técnica ainda consegue, mesmo após mais de uma década desde sua realização, impressionar pela beleza e pela riqueza visual que o filme proporciona a seu público. Hoje, com o primor técnico que encontram-se as animações em 3D, e entre outros avanços tecnológicos, é incrível como um longa metragem animado de 1994, consegue ainda provocar fascínio em qualquer espectador que preze por uma bela experiência visual. Outro ponto a se reconhecer em O Rei Leão é sua admirável trilha sonora, que através de uma equipagem com as belas imagens, transforma a animação em questão em algo completo, pois, mesmo tratando-se deste gênero cinematográfico, as canções do filme (uma de suas músicas [“Can You Feel the Love Tonigh”] venceu o Oscar de Melhor Canção Original em 1995) conferem a ele um esmero ainda mais nítido, sendo por fim uma fascinante experiência audiovisual.
O Rei Leão com o passar dos anos foi aderindo mais respeito e prestígio a sua imagem, tornando-se uma obra querida pela grande parte do público. O tempo foi algo realmente favorável não apenas em sua qualidade cinematográfica em si, mas em seu reconhecimento internacional e o status de grande animação pelo qual é visto. Toda esta trilha de consagrações que O Rei Leão percorreu, creditou por definitivo seu lugar na História do cinema, e conquistou ainda mais, pois acima de tudo, ele encontra-se vivo e eterno na memória de todos aqueles que o apreciam verdadeiramente.
Nota: 9.0
Sou apaixonada por esse filme.
ResponderExcluirMarcou muito a minha infância =)
:: Barbara Bahia ::
O Rei Leão é a minha animação favorita, emocionante,engraçado,perfeito!!! Nota 10,0
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