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quarta-feira, 9 de março de 2011

True Lies (1994)

Uma das parcerias mais raras do cinema é a dos gêneros Comédia e Ação. Afinal, um público sedento de ação, normalmente não espera dar boas risadas no cinema, e vice-versa. Não que essa parceria fosse inédita na história do cinema, mas nunca antes a comédia e a ação se deram tão bem como nessa obra do diretor James Cameron. Capaz de agradar qualquer um, True Lies pode ser definido em apenas uma palavra: delicioso!

Esse é provavelmente o “menor” filme de Cameron, um diretor conhecido mundialmente por suas produções milionárias e revolucionárias, como O Exterminador do Futuro (The Terminator, 1984), Titanic (Titanic, 1997) e Avatar (Avatar, 2009). Mas apesar de não ser o mais conhecido ou mais rentável filme do diretor, com certeza é o mais divertido.

Trata-se no filme a vida de Harry Tasker (Schwarzenegger), um agente secreto de alto escalão talentoso e altamente requisitado. No entanto, para sua esposa Helen (Curtis), ele é apenas um vendedor de computadores. Ao sentir um remorso por passar mais tempo no emprego do que com sua família, Harry acaba descobrindo que sua mulher está se encontrando às escondidas com um possível amante. Enquanto se empenha em descobrir sobre a vida paralela de sua esposa, Harry dirige uma operação antiterrorista, e é nesse momento que suas duas identidades acabam se encontrando, podendo colocar seu casamento e profissão em risco. Claro que o toque cômico vem por parte da personagem da divertida Jamie Lee Curtis, que na verdade não está tendo um caso extraconjugal, e sim sendo enganada por um picareta vendedor de carros (interpretado por Bill Paxton) que se diz um espião secreto necessitando dela em uma missão internacional, quando na verdade só quer mesmo é levá-la para a cama. Quando todas estas histórias se cruzam no meio do filme, o espectador se vê envolvido num perfeito show de ação com pitadas cômicas, onde os dois personagens principais prendem toda a atenção em extasiantes, e por muitas vezes exageradas, cenas de ação.
A química entre Schwarzenegger e Curtis é explosiva, contribuindo para a conquista do público. Além disso, o filme é repleto de cenas clássicas, como a em que Harry persegue o terrorista Salim (Art Malik) montado em um cavalo, ou a que o casal Tesker dança o tango “Por una Cabeza” no final. Mas nenhuma cena supera a dança “sensual” que Helen faz para Harry, pensando estar em frente a um traficante de armas.

Uma das figuras mais improváveis no elenco é o próprio Schwarzenegger, que apesar de se dar bem em filmes de ação extrema, tinha poucas participações em filmes com núcleos cômicos. Ele se identificou tanto com a comédia que no mesmo ano estrelou outra do diretor Ivan Reitman, Junior (Junior, 1994). Obviamente, esta nem chegou aos pés de True Lies e foi muito mal recebida pela crítica. Caso goste de vê-lo em comédias, há outra chance em Um Herói de Brinquedo (Jingle all the Way, 1996), de Brian Levant.

True Lies é, em suma, um conjunto de momentos hilariantes e deliciosos de se assistir. O tipo de filme que muitos amam, assim como muitos detestam, mas que nenhum esquece.


Nota: 9.0


3 comentários:

  1. Sabe quando você pega ÓDIO de um diretor? Por mais que ele seja bom? Bom, é isso EU ODEIO JAMES CAMERON!

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  2. Por mais que possa ser um James Cameron "menor", não deixa de ser uma grande diversão. Adoro esse filme. É sempre ver um cineasta de gênero trazer tanta personalidade prum longa que poderia ser banal sem a dose certa de humor e ação, trazendo personagens tão cativantes. Excelente crítica, Heitor

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  3. é um filme delicioso de se assistir... divertido, engraçado, com cenas de ação espetaculares... sem falar nas incríveis atuações de arnold e principalmente jamie

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