Adrenalina (2006)

Pense em um filme de ação absurdo. Já pensou? Agora, pense um mais absurdo ainda? Conseguiu? Pois pode acreditar, Adrenalina consegue ser muito mais absurdo do estes filmes que vieram à sua cabeça.

Lançado em 2006, este pequeno filme de ação surgiu como uma das maiores surpresas do gênero nos últimos anos, trazendo um novo fôlego para um estilo de filme já cansado, apostando em um tom absurdamente non sense e completamente escrachado. Se quiser levar o filme a sério, prepare-se para assistir a uma grande bomba. Mas se quiser diversão sem compromisso, prepare-se também, pois a diversão é garantida!

Chev Chelios (Jason Sthatan) é um matador de aluguel descobre que o veneno injetado em seu corpo o matará se os batimentos de seu coração diminuir até certo ponto. Agora ele planeja sua vingança contra aqueles que injetaram o veneno antes que solte seu último suspiro.

Os diretores estreantes Mark Neveldine e Bryan Taylor se saem extremamente felizes em seu resultado, conduzindo com criatividade uma produção que não parecia ter nada de interessante para apresentar. A narrativa em estilo vídeo clipe traz um ritmo frenético, dinâmico, regada por muito rock ‘n roll e violência. justificando muito bem o título do longa. Impressionante como a dupla de diretores não mostram pudores em criar situações absurdas, como a invasão de um hospital, Chev de pé em cima de uma moto, ou a já clássica cena de sexo no meio da rua, que consegue arrancar mais risadas do que a maioria das comédias nunca faz.

E Jason Stathan, que já provou ter talento para o gênero em filmes como Carga Explosiva, aparenta estar se divertindo a beça na pele de Chev Chelios. Sempre carregado de carisma, Stathan traz o nível correto de virilidade ao personagem, com sua face carrancuda e a cabeça raspada, e ainda por cima, apresenta um excelente timing cômico quando necessário.

Do outro lado, Amy Smart (de Efeito Borboleta) também diverte (e excita) como a burra, namorada de Chelios. Além de se sair muito bem, sua personagem reflete muito bem como o sexo feminino é tratado no filme, como meros objetos de prazer, mas também funcionando como uma paródia ao gênero, que tem o grande costume de exibir mulheres semi-nuas, cujos propósitos são apenas sexuais.

Apesar de a diversão sair um pouco de cena no clímax, Adrenalina funciona como uma das diversões mais “cabeça de melão” dos últimos anos, deixando o espectador extasiado ao seu término. Recomendado!

Nota: 7.0