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terça-feira, 5 de abril de 2011

Juntos pelo Acaso (2010)



Katherine Heigl já é, inegavelmente, uma das maiores queridinhas de Hollywood. Mesmo no meio de produções de qualidade duvidosa, como A Verdade Nua e Crua e Par Perfeito, a atriz já mostrou possuir um promissor talento cômico, além de transpirar um bom nível de carisma com suas feições angelicais. Sendo uma figurinha já carimbada no meio do gênero comédia romântica, a atriz se arrisca, mais uma vez, ao entrar no meio de uma premissa já bastante utilizada pelo gênero: história de algum casal que, por meio do destino, se conhece em alguma situação embaraçosa, brigam até não poder mais no começo, mas lá pelo meio da história, descobrem que possuem sentimentos profundos um pelo outro. A partir desta premissa básica, já é possivel prever cada passo de uma pelicula, mas vez ou outra, surge algum filme que traz algo a mais para um ponto de partida tão desgastado, e este é o caso deste Juntos pelo Acaso.

Holly (Heigl) e Messer (Josh Duhamel) possuem melhores amigos em comum, o casal Alison (Christina Hendricks) e Peter Novack (Hayes McArthur), que acabam de dar a luz a primeira filha, a pequena Sophie (interpretada pelas trigêmeas Alex, Brynn e Brooke Clagett). Os jovens solteiros, porém, passam longe de possuir harmonia entre si. Discutem, brigam, insinuam julgamentos mordazes e tudo o mais que duas pessoas que se odeiam fazem.

Enquanto Holly é uma responsável dona de confeitaria, Messer é um expansivo e folgado técnico de televisão que trabalha durante jogos da NBA. Até que uma tragédia os une. Um acidente automobilístico mata Alison e Peter, e um precoce testamento feito por eles concede a guarda de Sophie para seus melhores amigos. Espantados pela escolha, eles decidem mergulhar na experiência, passando a dividir o mesmo teto com um bebê e aceitando (em parte) os desafios dessa nova vida.


Tendo conhecimento de que a idéia do filme não possui nada de original, os roteiristas Ian Deitchman e Kristin Rusk Robinson, apesar de usarem e abusarem dos clichês do gênero, buscam trazer ao filme uma identidade própria, algo que o diferencie da maioria das comédias românticas, e a dupla obtêm um surpreendente êxito ao inserir uma bem-vinda veia dramática na trama.

Sim, apesar de tudo, o filme busca se preocupar, principalmente, com o desenvolvimento dos personagens e da situação em que se encontram, por mais absurda que ela seja. Após a morte dos pais da criança, o filme adquire, por vezes, um tom sério, melancólico, triste mesmo. E isto gera alguns momentos realmente bonitos, como quando os protagonistas recebem a noticia sobre o acidente dos pais da criança. O tratamento dado a esta (e algumas outras cenas) é agradavelmente singelo, evitando tombar para o sentimentalismo forçado e barato.

Com esta responsabilidade nas costas, os planos dos protagonistas vão por água abaixo, já que agora, terão que lidar com uma responsabilidade que não imaginavam ter que lidarem tão cedo. E assim o filme vai caminhando, em meio a cenas de discussão, choros, mas também muito bom humor.


E este é outro grande ponto do filme. Seu humor, diferente do que era esperado, é de extremo bom gosto, e as piadas surgem com naturalidade na tela. As cenas cômicas surgem através de situações verossímeis, palpáveis, e que podem gerar alguma identificação nos espectadores que já passaram por situações semelhantes. Da mesma forma, as cenas em que o casal discute não surgem por meio de motivos fúteis ou estúpidos, e sim por causa de algo que envolve a criação da criança, e também a convivência do casal sob o mesmo teto.

E a química entre Katherine Heigl e Josh Duhamel ajuda a tornar estes momentos em situações aceitáveis, reais, assim como também ajudam a tornar a parte romântica em algo convincente. Apesar da convencionalidades dos acontecimentos, a boa química entre eles nos faz torcer para que tudo acabe bem entre aquela família, formada de um jeito tão abrupto e inesperado.

E Juntos pelo Acaso é isso, um programa descompromissado, mas que traz um “quê” a mais para o gênero, encontrando coragem para ir mais fundo em sua proposta, e fazendo muito mais do que apenas divertir o espectador. Definitivamente recomendado.

Nota: 7.0

2 comentários:

  1. Achei esse filme interessante.
    Um programa divertido e sem compromisso.

    Ps' O bebê é uma gracinha xD

    :: Felipe Martins ::

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  2. Não é ruim mas tbm não é bom.
    O que vale é a simpaticidade de Katherine Heigl. Achei bem normal, claro que eu já esperava um filme clichê, mas tinha hora que que os clichês chegavam a irritar. Mas é uma boa sessão. Nota 5.0

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