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sábado, 30 de abril de 2011

Cães Assassinos (2006)


Para quem está habituado a filmes de terror trash (como eu), Cães Assassinos é uma agradável surpresa.

Devo admitir que, quando comecei a ver este filme, não fazia a mínima ideia sobre aquilo que ele tratava. Só tinha visto a capa, e pensava que mexia com seres humanos mutantes, que agissem como lobisomens, confrontassem lobos e, quem sabe, comessem humanos. Estava muito enganado. Enfim, não sabia praticamente nada sobre o filme. Mas precisava? Na locadora, assim que passei perto dele…ding-ding-ding-ding-ding! Algo me chamou a atenção. Tinha visto bem? Michelle Rodriguez? A minha querida Ana Lucia?=O Não precisei de mais nada. Aluguei o filme e não tardei a vê-lo, mesmo estando completamente alheio à história. E, devo dizer, não me arrependi. O filme pode ter muitos defeitos, mas que tem grandes qualidades, tem.

Para começar, os cães não são nenhuma criação fajuta da realidade virtual. São cães a sério, com dentes verdadeiros e que podem magoar muito os actores se assim o desejarem. O uso de cães verdadeiros é uma grande mais-valia, pois transmite mais realismo ao filme. Depois, o filme consegue a proeza de ter bastantes cenas de nhac-nhac (ou seja, cenas em que os personagens são atacados pelos cães do filme) sem matar muita gente. O que, neste caso, é bom. Para além daquela questão dos laços que criamos com os personagens, temos de considerar que pouca gente morta permite mais cenas de nhac-nhac! Para além de que os personagens são só cinco. Se morresem muitos, acabavam-se logo as vítimas! E por falar nos personagens, outra vantagem é que estes, apesar de adolescentes, não são tão ordinários e desmiolados como os do geral dos filmes de terror. Estes são mais razoáveis, usam a cabeça, têm o seu quê de bacanas e têm piada. Por aqui se vê que é um terror que tem algumas coisas diferente dos demais.

O filme começa com uma demonstração do que os “monstros” do filme podem fazer, com aquele velho truque de não mostrar a ameaça em concreto. A verdade é que, batida ou não, essa cena cria tensão. Funciona bem e faz com que o filme comece com o pé direito. Para além de que o facto de as primeiras vítimas serem mais crescidinhas traz ainda mais tensão. Afinal, a maior parte dos adultos não se assusta com coisa pouca, devido ao seu, quiçá ingénuo, pensamento “Tem de haver uma explicação lógica para isto…”. Depois disto, surge então o quinteto principal do filme. Ai, é tão bom ver a minha Ana Lucia no meio deles! Cada palavra, cada coisa que ela faz…*.*. Com o passar do tempo, percebi que os amigos dela até eram bacanas. Gostaram da cabana onde o grupo ficou instalado, estão bem-dispostos e divertidos. Cada um se vai divertindo, até que…aparecem os cães no filme. Não vou dar aqui muitos pormenores do que acontece, mas a verdade é que se passam várias cenas de ataques de cães, com bastantes mordidas, até o grupo decidir fugir, seja para trás ou para a frente.


E, como de costume, os ataques vão-se tornando cada vez mais frequentes e cada vez mais cães aparecem. O esquema adoptado neste filme não é muito diferente de outros filmes do género. Mas, pelo menos eu achei, aqui ele é bem usado. Quase todas as cenas funcionam muito bem, e cria uma boa tensão. Portanto, o filme oferece praticamente tudo o que um filme de terror deve oferecer. É certo que, lá para o fim, os roteiristas parecem tem adormecido e usado um pouco de fantasia a mais, mas isso não estraga muito o filme, que muito fez até aí. A cena final é boa, um final por nós bem conhecido, mas sempre bacana.

Ah, queria ainda avisar uma coisa: como todos nós sabemos, os actores de filmes de terror não costumam ser grande coisa, mas olhem que o elenco deste filme não está assim tão mau! Michelle Rodriguez está sempre, no mínimo, razoável no seu papel de líder natural (quem disser que não leva um pontapé!). Taryn Manning, pelo menos depois de se tornar aquela espécie de zombie, tem uma performance muito interessante. Mas, pessoalmente, a actuação que eu mais gostei foi a de Oliver Hudson. Marcante! Chegou a lembrar-me o Boone de “Lost”. Coincidência? Não! Para quem não sabe, o actor Ian Somerhalder chegou a ser indicado para um papel neste filme! Mas foi-se embora antes de as filmagens começarem. Bem, nunca pensei dizer isto, mas não se dá pela falta dele! Nem sei se a personagem dele era John, mas Oliver Hudson ficou com a grande responsabilidade de ser o “Boone” do filme. E fê-lo na perfeição.

Como já dei a entender (espero…), Cães Assassinos é uma pérola do terror que mexe com “monstros”. Tem várias qualidades que muitos outros filmes de terror não têm, e só por isso merece ser visto. Um filme desconhecido surpreendentemente bom.

Nota 7.5

3 comentários:

  1. Um filme totalmente desconhecido para mim.
    Gosto de terror trash, então estou curiosa para ver.

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  2. heheeheeh, nem sei se tenho coragem para assistir este. De todo modo, a crítica está ótima.

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  3. Michelle Rodriguez perdidona nessa autêntico filme 'fundo de quintal'mais que favorece alguns pontos bacanas na trama,um filme a se ver sem compromisso. nao procurei saber sobre o diretor,mais aparenta ser jovem ou iniciante não querendo dizer que isso seja ruim,temos Eli Roth que fez fama em seu primeiro trabalho em 'Cabana do Inferno'.Ao menos temos a assinatura de Wes Craven o mestre do terror, no longa - o que de certa forma ajuda e da um 'empurrãozinho'que o filme precisa. Nota:5,0

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