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domingo, 24 de abril de 2011

Uma Mente Brilhante (2001)


Esse magnífico trabalho de Ron Howard, além de ter um roteiro primoroso, é perfeito em atuações.

A roteirista Akiva Goldsman foi especialmente iluminada ao adaptar uma estória, baseada no livro de Sylvia Nasar, que retrata toda a vida de um dos matemáticos mais brilhantes do século 20, John Nash, que aos 21 anos formulou um teorema, tornando-o assim, um gênio. Após ser aclamado por seus alunos na Universidade onde trabalha e por todos os seus colegas e se casar com uma bela moça, Nash começa a passar pelo momento mais sofrido de sua vida. Diagnosticado como esquizofrênico, Nash começa a se tratar, um tratamento que dura anos e mais anos, até conseguir ganhar o Prêmio Nobel em 1994.

Esse processo, desde o ingresso de Nash no mundo acadêmico até o diagnóstico mais importante de sua vida, é passado de modo bastante complexo por Goldsman, que elabora um esboço da vida de Nash, para mais tarde, surpreender a todos com tudo o que o personagem principal viveu e ainda vive. Depois de constatada a esquizofrenia no gênio, o roteiro começa a se procupar não só com a vida do matemático, mas também com a de todos à sua volta, especialmente a de sua esposa. Cansada de tanto sofrimento, ela faz de tudo para que ele consiga se curar, seguindo fielmente as receitas do médico e tomando os medicamentos prescrevidos regularmente, a fim de que pare com as visões. Nash, ignorando tais prescrições, passa a não tomar mais seus remédios e suas visões voltam com mais frenquência. Determinado a vencer a esquizofrenia sem tomar mais nenhum medicamento, ele passa a ignorar os personagens irreais de sua mente. Após anos e mais anos, ele reconquista mais uma vez o respeito e a admiração de todos à sua volta, ganhando inclusive o Prêmio Nobel de Física em 1994. Tais coisas conquistadas por ele merecem destaque ainda maior pois, mesmo sem tratamento, o gênio conseguiu viver sua vida normalmente, mesmo sendo visitado por suas visões frequentemente.

Depois de contar todos os detalhes da história, é preciso ter mais uma atenção especial ao elenco do longa. Russell Crowe foi o escolhido para viver John Nash, escolha perigosa, mas cujo resultado não poderia ter sido melhor. Crowe faz sua melhor interpretação de sua carreira, mas não venceu o Oscar. Como havia ganho a estatueta no ano anterior por Gladiador, Crowe perdeu esta para Denzel Washington em Dia de Treinamento. Uma pena pois sua interpretação é muito superior a de Washington. O ator nos mostra sua capacidade ao imitar gestos encolhidos, dando a sensação de que sua mente está sendo realmente invadida por pessoas aluscinógenas, uma sensação incrível, nos deixando de boca aberta para sua atuação.


Acompanhado de perto, está sua esposa, Jennifer Connely, um dos mais belos rostos do cinema, ela vence o Oscar de Coadjuvante merecidamente, no papel de uma esposa cuidadosa e fiel, ela é um dos pontos fortes de Uma Mente Brilhante e supreende a todos quando passa por momentos de tensão.

É necessário comentar também sobre a parte técnica do filme, cuja maquiagem, ao final do filme é magnífica. A edição não fica atrás em nenhum momento, rastreando os movimentos dos atores de modo muito competente. A linda trilha sonora é destaque também, composta pelo criativo (dono da trilha de Titanic, também) James Horner.

Uma Mente Brilhante foi o grande vencedor do Oscar 2002, destaques para o roteiro impecável de Goldsman e excelentes interpretações, ele vira o melhor filme de 2001, liderado pelo magnífico diretor Ron Howard.

Nota: 8.0

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