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domingo, 24 de abril de 2011

Federal (2010)


Num momento em que Tropa de Elite 2 levava milhões de espectadores aos cinemas, não poderia ter havido momento pior para Federal ser lançado. Apenas três semans após a estréia do arrasa-quarteirões brasileiro de 2010, o filme de Erick de Castro chegava aos cinemas, e se os produtores pensaram que poderiam aproveitar o sucesso do filme de José Padilha, quebraram a cara, e Federal terminou como um grande fracasso de público e crítica (merecidamente, diga-se).

E não poderia ter sido diferente, já que este surge, ao lado de Segurança Nacional, como uma das piores produções recentes do nosso cinema. Sem um pingo de originalidade, Federal é um filme que exala amadorismo por todos os seus poros, apresentando erros grosseiros através de uma direção estúpida e pretensiosa.

Um massacre de uma família dá vazão a uma investigação liderada por Vital (Carlos Alberto Riccelli), delegado da polícia federal brasileira. Tudo estaria relacionado a uma bem articulada quadrilha que trafica drogas em plenas ruas de Brasília, sob o comando de Béque Batista (Eduardo Dussek), presidente de uma Organização não-governamental de fachada e assíduo frequentador de cultos evangélicos. Para colocar Batista na prisão, Vital monta uma equipe teoricamente incorruptível. São eles: Daniel (Selton Mello), Rocha (Cristovam Netto) e Lua (Cesário Augusto). Enquanto buscam provas suficientes para incriminá-lo, além de se defenderem dos tiros do crime organizado e torturarem sem pudor, os quatros policiais têm de lidar com problemas pessoais, indo dos cuidados com a esposa grávida a problemas com alcoolismo, do descontrole comportamental ao “fraco” por mulheres estrangeiras viciadas.

Durante seus 90 minutos de duração, o diretor Erick de Castro tortura o espectador com um roteiro de situações extremamentes batidas, personagens desinteressantes e absolutamente caricatos, e cenas de sexo que parecem durar mais do que deveriam. De imediato, somos levado ao extremo tédio.


Além da trama não ser nem um pouco original, seu desenvolvimento é igualmente péssimo e destituido de maior cuidado em sua lapidação. O que começa como uma história confusa, aos poucos vai ser perdendo ainda mais, deixando vários buracos na história (e eles são tão evidentes que nem valem ser comentados aqui, já que até o espectador menos atento conseguirá notá-los).

Se houvesse, pelo menos, cenas de ação bem construidas, o filme poderia ter conseguindo algum resultado mais positivo. Infelizmente, não é o que acontece. Claramente falsas e mal executadas, as cenas de ação são frias, sem apresentar nenhum tipo de emoção ou tensão. Claramente, um trabalho de amador.

Além do péssimo desenvolvimento das situações e do peso dramático dos personagens (se é que eles possuem algum), as atuações apenas pioram o já péssimo resultado. Todos o cast, sem exceção, parece perdido em cena, não encontrando o tom correto para os personagens (e até Selton Mello está nessa roubada!). Nem a participação de Michael Madsen, que já trabalhou com o cultuado Quentin Tarantino, consegue dar uma levantada.

Repleto de erros até dizer chega, Federal cairá, de imediato, no esquecimento daquele que o assistir. Não convence em absolutamente nada, sendo apenas um produto mal feito e de mau gosto, que só queria aproveitar a repercussão do intocável Tropa de Elite 2. Felizmente, não conseguiu.

Nota: 0.0


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