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quarta-feira, 18 de maio de 2011

O Pianista (2002)


Sensível, real, chocante, maravilhoso. São os principais adjetivos que resumem O Pianista, e tudo o que ele representa.

O diretor francês Roman Polanski é conhecido internacionalmente por filmes que deram o que falar. É o caso de Chinatown, Repulsa ao Sexo, O Inquilino e O Bebê de Rosemary. Mas nenhum deles se saiu tão bem quanto O Pianista. Categórico, experiente e coesa, Polanski é dono do melhor filme de 2002, um filme que trata de uma história forte, que impressiona a muitos e faz chorar, uma história real. E talvez seja esse o principal causador para tanta comoção, o fato de que tudo o que o personagem principal vive durante a produção, sofre e presencia aconteceu na realidade. A dura e impiedosa realidade que matou milhares e milhares de judeus, por um único desejo nascionalista de alemães, que se achavam no topo do mundo, cuja raça seria a melhor, superior a todas às outras, em especial a dos judeus. Dentre todas as calamidades ocorridas durante a Segunda Guerra Mundial, o nazismo teve marca forte e é considerado crime de guerra.

Foi a cargo de Roman Polanski dar um realismo ainda maior a uma história tão brutal. Um filme, que tais proporções gigantescas, precisaria mais do que uma história de um nato sobrevivente judeu ao nazismo para viver por si só. Por sorte, Polanski tem experiência e qualidades o suficiente para transformar um relato comovente em um filme sensível e emocionante. O diretor, que justamente ganhou o Oscar, comandou com maõs de ferro toda a maior contribuição cinematográfica do século XXI até agora. De um elenco não tão conhecido, o melhor possível foi tirado e o resultado alcançou largas escalas. De uma hora para outra, Adrien Brody sai do semi-anonimato para a fama total. Depois de ganhar inúmeros prêmios ao redor do mundo, o ainda inexperiente ator americano desbancou quatro grandes atores do cinema na noite do Oscar, entre eles o "mestre" dos filmes Jack Nicholson, Daniel Day-Lewis, Michael Caine e Nicolas Cage. Brody, cuja retribuição foi aplaudida de pé, é considerada uma das interpretações mais convincentes e reias dos últimos tempos. Já havia tempo que não se via um ator brilhar tanto em tela.

Com O Pianista sempre haverão comparações com outros filmes que falam do Holocausto. Assim como A Lista de Schindler, até então, era a principal obra do cinema em termos do anti-semitismo. Até então, repito. Com a estréia de O Pianista, que Spielberg me perdoe, mas o filme de Polanski leva vantagem. Sem desmerecer a obra do premiado diretor de E.T. e O Resgate do Soldao Ryan, de maneira nenhuma. O realismo que os dois filmes passam são de fato, impressionantes. Desde a menina de vestido vermelho, passeando em meio ao exército nazista (tudo em preto e branco), até as cenas de mortes, tudo faz com que a verdade seja mostrada da maneira mais chocante possível. O foco que Polanski lança sobre o personagem de Brody tem uma dimensão muito maior da que Spielberg lança sobre Liam Neeson em seu melhor filme. Com sensibilidade, O Pianista desenvolve sua história, nunca desviando o foco do personagem para os típicos clichês da Segunda Grande Guerra.


Sem perder de vista o núcleo principal, algumas cenas entraram para a história, aqui não vem ao caso comentá-las, já que são um dos pontos mais fortes do filme. Porém, o realismo que passam são de doer o coração. Esses entimentos são passados pelos personagens, que nos levam a ter mais certeza de que o Holocausto foi o capítulo mais cruel e horrível da história mundial. E para um filme fazer tal gigantismo, é preciso muito mais do que o mundo está acostumado a ver, e é por isso que o Pianista é o melhor filme que já assisti, porque passa todos esses acontecimentos com uma dose de emoção acima da média e uma grande força e comoção por trás de toda essa obra-prima, que são d euma importância incalculável para fazer um filme como este dar certo. Talvez seja esse a principal diferença entre O Pianista e A Lista de Schindler, a forma como o realismo sempre presente é passado, não como um empurrão, mas sendo levado ao espectador gradualmente, sem prejudicar sua compreensão.

Se até agora não encontramos defeito algum no longa de Polanski, não é na parte técnica que vamos encontrar. A linda e construtiva fotografia, dirigida pelo fantástico Pawel Edelman é o grande destaque da produção técnica. Além de figurinos inspiradíssimos e cenários bem elaborados, uma trilha sonora maravilhosa dá um toque especial à história.

O Pianista deve ser o melhor filme do século até agora, uma vez que ainda não vi nenhum outro que foi capaz do que Roman Polanski fez com essa obra, que virou prima, graças a uma competência digna de aplausos. Absoultamente tudo merece palmas, tudo mesmo. O Pianista é uma das obras mais importantes do cinema de todos os tempos, tudo isso devido a um show em frente às câmeras, quanto por trás. Soberbo.


Nota: 10.0




2 comentários:

  1. Apesar de não ir tão longe e chamar ao Pianista o melhor filme da década tenho que concordar que é uma verdadeira obra-prima!
    Só discordo que o filme ganhe alguma da sua força por se tratar de acontecimentos reais.
    Cumps
    Baú-dos Livros

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  2. Assisti muitos filmes de Polanski, ótimas obras como "Chinatown", "O Inquilino" e "O Bebê de Rosemary", mas este "O Pianista" seu melhor filme.

    Uma história extremamente sensível com destaque para o ótimo Adrien Brody.

    Abraço

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