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sábado, 18 de junho de 2011

Alice no País das Maravilhas (1951)

O retrato mais puro e simples do universo infantil

Quando, em meados do século XIX, Lewis Carroll, um matemático de renome, elaborou a partir da figura infantil de uma menina, a qual lhe cativava imensamente, sua Obra-Prima literária, “Alice in Wonderland”, talvez não soubesse o tamanho valor artístico que seu livro teria. Talvez não imaginasse que o mundo da fantasia não é simplesmente juvenil, porém fascinante em todas as faixas etárias.

É provável que o mesmo tenha acometido outro gênio, porém cinematográfico: Walt Disney. Na década de 20, Walter e seu irmão, Roy, fundaram a The Walt Disney Company, que, futuramente, moldaria o imaginário de milhões de crianças por todo o planeta e revolucionaria o mundo da animação, criando desde simples curtas, até o primeiro longa-metragem animado, “Snow White and The Seven Dwarfs”, em 1937.


Quase 15 anos após a citada adaptação do conto de fadas alemão que dera notoriedade à produtora, uma nova releitura literária é programada pela Companhia. Este seria o encontro dos dois mestres da fantasia. Alice, finalmente teria o seu lugar fixado na memória do público infante, por meio de um artifício muito mais abrangente que palavras: a imagem. 


 
O produto desta fusão de experiências artísticas provenientes dos dois autores é uma animação notória, simples, e, principalmente, imaginativa. O recurso do desenho, tão difundido no meio dos animadores, aos poucos se apresenta como o meio definitivo da retratação do universo da fantasia da protagonista da obra de Carroll que, se adaptada no modo live-action (como foi, recentemente, pelo cineasta Tim Burton) não teria o verdadeiro impacto pretendido, tendendo ao fracasso.

Talvez, o principal motivo do sucesso de Alice no País das Maravilhas em sua versão para cinema, além da já citada animação, plenamente aceita pelo público-alvo, sejam os personagens extremamente cativantes e por vezes complexos, trabalhados de forma caricatural pela tríade de diretores (C. Geronimi, W. Jackson e H. Luske), que já tinham acumulados anos de experiência com a produtora Disney. Destaque para a Rainha de Copas, O Gato e O Chapeleiro Louco, exímios representantes da fantasia numa vertente mais ensandecida, feroz.

Outro destaque na fita infantil é sua precisa trilha sonora, tenra e sem exageros técnicos ou orquestrais, que rendeu uma indicação ao Oscar para o grande compositor Oliver Wallace. Com canções de fácil assimilação, porém não menos brilhantes pela simplicidade que apresentam, a OST permanece entre as maiores já elaboradas na história da animação.

Por fim, o resultado desta maravilhosa obra de arte é simplesmente uma saudosa recordação dos tempos de criança onde, dia após dia, podíamos sonhar e mergulhar no mundo da imaginação, seja por um mero filme ou por uma caverna, à procura de um coelho branco.


NOTA: 8,0

6 comentários:

  1. A animação de Disney é uma obra-prima.
    Cumprimentos cinéfilos!

    O Falcão Maltês

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  2. Sem duvida um otimo filme...prefiro essa versão em desenho, sem tantos exageros e mesmo assim passando a louca mensagem do mundo das maravilhas

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  3. ja viu o filme alice no pais das maravilhas de 1903.esse sim é obra prima.

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  4. Eu assisti essa versão de 1903, que tem apenas 7 minutos, e achei bem fraquinha, muito datada. A versão do Tim Burton também é um tanto decepcionante.

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  5. Fez minha infância. Lindo.

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  6. Sem dúvida, um desenho bem realizado e inesquecível.
    Tive a sorte de ler a versão comentada de Alice, onde são explicados todos os paradoxos e as origens dos personagens de Carrol.
    Até mais.

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