Lindo visual, uma história atrativa e um elenco que talvez prometesse alguma coisa. Minhas expectativas para assistir a O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford eram das maiores, e o resultado, um dos menores.
A história da maior e mais emblemática figura do faroeste norte-americano, Jesse James, sempre foi muito convidativa. Uma vida cheia de perigos e caracterizado como o mais temido e corajoso bandido de todos os tempos, cujo final foi a morte por um de seus "companheiros" e seguidores. Na versão adaptada ao cinema, essa famosa história teve como escolhido para comandar o fardo, o estreiante diretor Andrew Dominik. Em um elenco que inclui desde o símbolo sexual Brad Pitt, Sam Rockwell, Sam Shepard até o irmão mais novo de Ben Affleck, Casey Affleck, e com excelente produção visual, artística e sonoro, a produção prometia espetáculo. Infelizmente, tanto alvoroço só serviu para decepcionar alguns espectadores, que esperavam uma história mais acelerada e eletrizante.
Na verdade esse era o óbvio que se podia esperar de um filme sobre o faroeste, cenas típicas de um faroeste, nem que fosse uma simples imitação barata de Os Imperdoáveis, porém um faroeste com cara de faroeste. Pelo menos eram essas as esperanças de um ingênuo público em busca de diversão. Acontece que, aos poucos o filme vai se mostrando não ser como os outros faroestes, embora algumas cenas sejam livremente inspiradas nos clássicos do século passado. O Assassinato...acaba por ter fama de lento, chato e monótono.
O roteiro, assinado pelo próprio Dominik, baseado no romance de Ron Hansen, é um tanto mais lento que o normal, apesar de construir em algumas excessões, diálogos bastante proveitosos. São excessões mesmo, mal posso me lembrar de uma ou duas que foram assim. Assim como o seu roteiro, Dominik também conseguiu construir algo de bom em seu primeiro trabalho como diretor. As interpretações estão até boas, apesar de não atingirem o brilhantismo que, talvez com um pouco mais de experiência teriam alcançado. O personagem de James, fez Brad Pitt ganhar o prêmio de Melhor Ator no Festival de Veneza. Sinceramente? Não vi nada de mais em sua atuação. Competente e usual, egocêntrica e cínica, uma interpretação esquecida, que poderia marcar Pitt como a melhor de sua carreira (até agora não vi nenhuma realmente BOA). Não acho que tenha sido pura coinscidência. Por que será que escolheram bem um dos artistas mais famosos e bem pagos de Hollywood para interpretar um personagem tão carismático? Talvez devessem deixar de se preocuparem com dinheiro e pensar mais em escalar um ator um pouco mais competente. Os outros coadjuvantes são praticamente deixados de lado, já que não fazem nada além do certo. Casey Affleck acaba sendo a atuação mais marcante do filme. Interpretando Robert Ford, o bandido que matou Jesse James, ele também não é o destaque da multidão, já que por vezes sua voz soa até mesmo irritante. Indicado ao Oscar de coadjuvante, foi bastante elogiado por uma atuação que pouco acrescenta à nota que darei ao final. Affleck ainda não garantiu experiência suficiente aindapara expressar-se excepcionalmente frente às câmeras, porém com o tempo, quem sabe...
A história da maior e mais emblemática figura do faroeste norte-americano, Jesse James, sempre foi muito convidativa. Uma vida cheia de perigos e caracterizado como o mais temido e corajoso bandido de todos os tempos, cujo final foi a morte por um de seus "companheiros" e seguidores. Na versão adaptada ao cinema, essa famosa história teve como escolhido para comandar o fardo, o estreiante diretor Andrew Dominik. Em um elenco que inclui desde o símbolo sexual Brad Pitt, Sam Rockwell, Sam Shepard até o irmão mais novo de Ben Affleck, Casey Affleck, e com excelente produção visual, artística e sonoro, a produção prometia espetáculo. Infelizmente, tanto alvoroço só serviu para decepcionar alguns espectadores, que esperavam uma história mais acelerada e eletrizante.
Na verdade esse era o óbvio que se podia esperar de um filme sobre o faroeste, cenas típicas de um faroeste, nem que fosse uma simples imitação barata de Os Imperdoáveis, porém um faroeste com cara de faroeste. Pelo menos eram essas as esperanças de um ingênuo público em busca de diversão. Acontece que, aos poucos o filme vai se mostrando não ser como os outros faroestes, embora algumas cenas sejam livremente inspiradas nos clássicos do século passado. O Assassinato...acaba por ter fama de lento, chato e monótono.
O roteiro, assinado pelo próprio Dominik, baseado no romance de Ron Hansen, é um tanto mais lento que o normal, apesar de construir em algumas excessões, diálogos bastante proveitosos. São excessões mesmo, mal posso me lembrar de uma ou duas que foram assim. Assim como o seu roteiro, Dominik também conseguiu construir algo de bom em seu primeiro trabalho como diretor. As interpretações estão até boas, apesar de não atingirem o brilhantismo que, talvez com um pouco mais de experiência teriam alcançado. O personagem de James, fez Brad Pitt ganhar o prêmio de Melhor Ator no Festival de Veneza. Sinceramente? Não vi nada de mais em sua atuação. Competente e usual, egocêntrica e cínica, uma interpretação esquecida, que poderia marcar Pitt como a melhor de sua carreira (até agora não vi nenhuma realmente BOA). Não acho que tenha sido pura coinscidência. Por que será que escolheram bem um dos artistas mais famosos e bem pagos de Hollywood para interpretar um personagem tão carismático? Talvez devessem deixar de se preocuparem com dinheiro e pensar mais em escalar um ator um pouco mais competente. Os outros coadjuvantes são praticamente deixados de lado, já que não fazem nada além do certo. Casey Affleck acaba sendo a atuação mais marcante do filme. Interpretando Robert Ford, o bandido que matou Jesse James, ele também não é o destaque da multidão, já que por vezes sua voz soa até mesmo irritante. Indicado ao Oscar de coadjuvante, foi bastante elogiado por uma atuação que pouco acrescenta à nota que darei ao final. Affleck ainda não garantiu experiência suficiente aindapara expressar-se excepcionalmente frente às câmeras, porém com o tempo, quem sabe...
Excelente mesmo somente o trabalho da equipe técnica. Uma deslumbrante e maravilhosa fotografia, assinada pelo competente Roger Deakins é o que o filme tem de melhor. Em algumas cenas, até se esquece das falas dos atores para prestar maior atenção no show de luzes e cores que enchem nossos olhos de vida. Na verdade, não só a cinematografia, mas os figurinos e cenários também estão de parabéns.
A trilha sonora é escutável, mas por ser simples demais, seja até mesmo posta de lado. Não que não seja boa, pelo contrário, ela é muito bem elaborada, porém ela é insossa demais para algumas cenas que mereciam maior destaque musical.
Falando em cenas, não posso deixar de anotar a minha decepção na cena da morte de Jesse James. Rápida, não há nada nela que me passa parar para pensar depois. Esperamos o filme inteiro por ela, e quando finalmente chega o momento de maior clímax...Pronto! Acabou. Deu tempo apenas para mostrar a frieza com que Ford teve para matar James. Mas, enfim...
O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford dava tudo para ser uma obra-prima do cinema, porém pela falta de experiência de um diretor a ser salvo, um elenco talvez famoso, porém nem sempre TÃO talentoso quanto o esperado acabou sendo mais um em uma lista de centenas de melhores à sua frente. Vale a pena somente pelo espetáculo visual, que não cansa de nos emocionar, e acaba até mesmo se sobressaindo ao personagem da figura mais famosa do faroeste norte-americano.
A trilha sonora é escutável, mas por ser simples demais, seja até mesmo posta de lado. Não que não seja boa, pelo contrário, ela é muito bem elaborada, porém ela é insossa demais para algumas cenas que mereciam maior destaque musical.
Falando em cenas, não posso deixar de anotar a minha decepção na cena da morte de Jesse James. Rápida, não há nada nela que me passa parar para pensar depois. Esperamos o filme inteiro por ela, e quando finalmente chega o momento de maior clímax...Pronto! Acabou. Deu tempo apenas para mostrar a frieza com que Ford teve para matar James. Mas, enfim...
O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford dava tudo para ser uma obra-prima do cinema, porém pela falta de experiência de um diretor a ser salvo, um elenco talvez famoso, porém nem sempre TÃO talentoso quanto o esperado acabou sendo mais um em uma lista de centenas de melhores à sua frente. Vale a pena somente pelo espetáculo visual, que não cansa de nos emocionar, e acaba até mesmo se sobressaindo ao personagem da figura mais famosa do faroeste norte-americano.
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