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domingo, 12 de junho de 2011

Quando um Homem Ama uma Mulher (1994)


Filmes que retratam dramas familiares só funcionam verdadeiramente se o material que estiverem ali apresentando for encontrado em nosso dia a dia social, situações corriqueiras que todas as famílias podem vir a enfrentar um dia. Portanto, assim como deve ser, Quando um Homem Ama uma Mulher discute o poder da união em meio aos problemas que cercam a família, apresentado eventos que podem advir de qualquer instituição familiar, seja aqui ou em qualquer outro lugar do planeta, pois todos estão vulneráveis a estes problemas; o que precisamos saber é como lidar com as barreiras que nos são impostas.

Meg Ryan e Andy Garcia estrelam esse pequeno drama, dando vida a personagens que tem suas vidas viradas ao avesso após descobrir o problema que está a afligir a estrutura do casal e de suas duas filhas. Alice e Michael vivem juntos uma relação de amor estável, com duas garotas (a mais nova, filha do casal, e a mais velha do casamento anterior de Alice) e uma bela casa onde moram; porém estes prefeitos alicerces que sustentam a vida dessa família tendem a ruir quando se descobre que Alice é alcoólatra, e não consegue livrar-se desse vício que tanto esconde, expondo a família a situações constrangedoras e até desagradáveis em meio a todos.

Infelizmente, Quando um Homem Ama uma Mulher foi apresentado como um filme menor, por isso que hoje é tão esquecido por grande parte do público, e esta subestimação quanto aos atributos da obra impediu que esta pudesse alçar vôos maiores, e apresentar suas verdadeiras qualidades a todos. Este pequeno exemplar cinematográfico dos anos 1990, mesmo que possua suas inevitáveis falhas, carrega consigo uma atmosfera positiva, repassando otimismo a quem vive problemas familiares semelhantes. De certa maneira, o filme é quase como uma palestra apresentando a nós o poder que a união da família exerce sobre cada um, e sua participação fundamental na recuperação de todos que a compõem.


O filme transmite uma doçura triste em sua narrativa, isso porque, os personagens (apoiados as estrelas que o interpretam) conseguem transmitir um inevitável carisma para o espectador que os assiste, ainda assim ao vemos a situação em que estes se encontram temos a ciência do quão grande e destruidor esse problema pode ser no ambiente familiar. Quando um Homem Ama uma Mulher é um filme verdadeiro, que mostra passo a passo da dolorosa caminhada de uma pessoa em reabilitação para extrair o vício de sua vida, coisa que não seria possível sem o apoio e o incentivo daqueles que mais ama.

O filme possui equívocos que são, nada mais que erros advindos da direção e do próprio roteiro, isso porque, a estória nos é apresentada de uma forma leve demais, quase como uma comédia romântica, e em poucos momentos sentimos a carga dramática que tudo aquilo deveria repassar. Além disso, Quando um Homem Ama uma Mulher possui uma narrativa de folhetinesca, que em muitos momentos faz com que sentimos que o que estamos vendo ali é uma telenovela. Equívocos esses que reduzem a intensidade do impacto que uma estória sobre um tema tão pesado como o alcoolismo traria ao espectador.

Entretanto, mesmo com suas falhas, nada tira o poder da mensagem que Quando um Homem Ama uma Mulher imprime a todo seu público, propondo a reflexão quanto a situação em que todos aqueles personagens foram submetidos, fazendo com que o espectador analise de maneira mais profunda tudo que acabou de acompanhar. Afinal, o que faríamos se estivéssemos em situações semelhantes? Respondendo essa pergunta, veremos, por fim, o quão importante será o poder da união sobre nossos problemas, pois a melhor coisa do mundo é poder contar sempre com o apoio daqueles que mais amamos.

Nota: 8.0

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