Depois de começar seu trabalho com o pesado Domingo Sangrento e com a segunda parte da trilogia Bourne, Greengrass dirige um longa polêmico que chamava a atenção de todos, mesmo antes de sua estréia nos cinemas. Vôo United 93 é um filme com uma forte carga dramática. O roteiro, escrito pelo próprio Greengrass, mostra a vida de passageiros e tripulantes que estavam a bordo do Boeing 757 no dia 11 de Setembro de 2001. O avião e mais três haviam sido sequestrados por terroristas asiáticos, que tinham como objetivo, atacar os principais centros da economia, do exército e da política dos Estados Unidos. Dois destes aviões se chocaram contra o World Trade Center, o centro da economia norte-americana deixando mais de dois mil mortos, um outro bateu contra o prédio do Pentágono, o centro militar e o quarto tinha como alvo supostamente a Casa Branca, o centro político. Já sabendo da queda dos outros aviões sequestrados, os passageiros e tribulantes do vôo 93, sabendo que, se não vierem a fazer algo vão morrer, assim como os outros, decidem retomar o controle do avião, tirando-os assim de perigo. Porém todos sabemos que o final da história é outro.
Durante todo o percurso de 90 minutos em que o avião está no ar, não só os passageiros, mas todos os operadores de vôos e funcionários dos principais aeroportos dos Estados Unidos acompanharam o drama do maior atentado terrorista da história. Grande parte do filme se passa dentro do avião e um outra parte, nos aeroportos. Em relação à montagem, nenhuma queixa. E como poderia haver? Competente até em monetos de maior relaxamento, ela é coerente nos momentos de tensão, e no auge do clímax, ela é um verdadeiro espetáculo. Muito bem editada pelo trio Clare Douglas, Richard Pearson e Christopher Rouse, que merecidamente, receberam indicações ao Oscar.
Ninguém do elenco é propriamente conhecido, mas devido ao excelente trabalho de Greengrass, os atores inexperientes transbordam sabedoria e talento. Cada um deles homenageia vítimas reais do acidente com o avião da United Airlines, incluindo seus próprios nomes. A preparação dos atores foi algo sublime. O sábio diretor Paul Greengrass resolveu que todos os intérpretes se instalassem em hotéis diferentes. Também determinou que todos frenquetassem academias e fizessem sua refeições separadamente. Segundo o diretor, sua intenção era mostrar aos atores os sentimentos dos passageiros, a separação, o medo, o sofrimento, a hostilidade. E o resultado foi esse, mostrado ao mundo, e que deu mais do que certo.
Apesar de pouco, Vôo United 93 é um ótimo filme, que surpreendeu pelo modo de filmar de Greengrass e pelo apreveitmante dos atores desconhecidos. Marcado por suas cenas de alta tensão, o filme consegue ser diferente no modo de como é focada a vida dos personagens, e junto com uma equipe fantástica da edição e uma competente fotografia de Barry Ackroyd, o longa passa um realismo pouco visto no cinema, e que vale a pena. Um novo modo de se fazer cinema, agora, à lá Paul Greengrass.
Nota: 8.5
Adoro esse filme, quando passa na TV, já fico atenta HAHAH é demais esse filme e inesquecível!!
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