Difícil deve ser para um diretor adaptar uma história que aconteceu de verdade para o cinema. Mas, mais difícil deve ser adaptar uma história praticamente impossível de ser filmada, como a de Aron Ralston. Em Maio de 2003, ele, um alpinista que gosta de se aventurar, estava explorando um cânion e durante um acidente em uma fenda teve seu braço preso a uma rocha, ficando preso com poucos recursos. Durante cerca de 127 horas, isto é, 5 dias e 7 horas, Aron ficou preso à rocha até que teve que tomar uma decisão extrema para conseguir sobreviver.
A história de Aron repercutiu por todo o mundo, ganhando um livro (escrito por ele mesmo), um episódio em uma série do Discovery Channel (aquelas que mostram como as pessoas sobreviveram a situações extremas) e, mais recentemente, um filme: 127 Horas (127 Hours) que foi dirigido por Danny Boyle.
Danny Boyle é um diretor que ficou mais conhecido graças a “Quem Quer Ser um Milionário”, filme ganhador de vários prêmios do ano de 2009, inclusive, o Oscar. Outro filme que se destaca na sua filmografia é Trainspotting e também esse 127 Horas, que também foi indicado a diversos prêmios.
Apesar disso, muitos de seus cacoetes de seu filme anterior também estão presentes neste, como o desejo do diretor de querer fazer com que tudo ande no ritmo da música da trilha sonora, o que faz com que o filme pareça um videoclipe, uma vinheta ou até mesmo uma propaganda (marcas, como Mc Donalds e Gatorade, aparecem e parece que estamos assistindo um comercial).
A sensação que fica no final é de um filme emocionante por conta da história e surpreendente, principalmente por conta da cena em que Aron se submete à decisão extrema que teve de fazer para sobreviver. Boatos (ou talvez fatos?) surgiram sobre o fato de muitas pessoas terem desmaiado devido aos momentos finais serem fortes. Na minha opinião não chega a esse ponto. E o filme, apesar de tudo é bom, embora, não haja espaço para outras coisas, a não ser a interpretação de Franco e também a força da triunfante história.
Nota: 8,0
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