Toda a ovação em torno deste "Juno" é justificável, pois o filme é realmente muito bom. Dentre os cinco finalistas ao Oscar 2008, foi o que mais rendeu nas bilheterias. Mereceu. E por essa bilheteria cheguei a pensar na possibilidade de termos uma grande surpresa no Oscar: "Juno" como melhor filme. Não deu. Mas isso não desmerece a obra, pelo contrário, as quatro indicações valorizam muito este filme simples.
E simplicidade não do diretor (o talentoso Jason Reitman) ou do elenco; mas simplicidade do roteiro. E indo mais a fundo: simplicidade de Brook Busey (verdadeiro nome de Diablo Cody -que aliás é um pseudônimo horrível e de mau gosto-). Veja como o enredo é simples: Juno MacGuff (Ellen Page) é uma adolescente que engravida de maneira inesperada de seu colega de classe Paulie Bleeker (Michael Cera). Com a ajuda de sua melhor amiga, Leah (Olivia Thirlby), e o apoio de seus pais, Juno conhece um casal que está disposto a adotar seu filho, que ainda nem nasceu. Só isso. Por essa sinopse breve talvez nem se tenha interesse pelo filme. Mas quando se arrisca a dar uma olhada a recompensa é certa.
Talvez por ser seu primeiro roteiro, Brook usou de muita simplicidade ao abordar um assunto tão delicado: gravidez indesejada. E mais delicado ainda: gravidez indesejada de adolescente. Apesar de Ellen já ser maior de idade na época das filmagens, ela representa uma jovem de 16 anos bem resolvida. As primeiras cenas mostram Juno fazendo o terceiro teste de gravidez que uma vez confirmado faz com que ela procure um meio de abortar, mas desistindo da idéia pelo mau atendimento no local e por saber que seu bebê já tem "finger nails" ou unha nos dedos. Essa parte é hilária. Como é também a forma como seu pai e sua madrasta reagem à notícia, revelando ainda uma simplicidade tamanha.
E simplicidade não do diretor (o talentoso Jason Reitman) ou do elenco; mas simplicidade do roteiro. E indo mais a fundo: simplicidade de Brook Busey (verdadeiro nome de Diablo Cody -que aliás é um pseudônimo horrível e de mau gosto-). Veja como o enredo é simples: Juno MacGuff (Ellen Page) é uma adolescente que engravida de maneira inesperada de seu colega de classe Paulie Bleeker (Michael Cera). Com a ajuda de sua melhor amiga, Leah (Olivia Thirlby), e o apoio de seus pais, Juno conhece um casal que está disposto a adotar seu filho, que ainda nem nasceu. Só isso. Por essa sinopse breve talvez nem se tenha interesse pelo filme. Mas quando se arrisca a dar uma olhada a recompensa é certa.
Talvez por ser seu primeiro roteiro, Brook usou de muita simplicidade ao abordar um assunto tão delicado: gravidez indesejada. E mais delicado ainda: gravidez indesejada de adolescente. Apesar de Ellen já ser maior de idade na época das filmagens, ela representa uma jovem de 16 anos bem resolvida. As primeiras cenas mostram Juno fazendo o terceiro teste de gravidez que uma vez confirmado faz com que ela procure um meio de abortar, mas desistindo da idéia pelo mau atendimento no local e por saber que seu bebê já tem "finger nails" ou unha nos dedos. Essa parte é hilária. Como é também a forma como seu pai e sua madrasta reagem à notícia, revelando ainda uma simplicidade tamanha.
Num primeiro momento, achei que ia ver uma repetição do papel que Ellen fez em "Hardy Candy" de 2005. Mas atuação de dela neste "Juno" é inspirada e se ela ganhasse o Oscar não seria surpresa para mim, que até torci para isso. O filme respira por ela, que conduz as ações. Quem pode negar que o fato de Mark Loring (Jason Bateman) finalmente decidir deixar Vanessa (Jennifer Garner) não foi influência de Juno? E quem pode negar que ela fez o que quis com Paulie Bleeker? Primeiro engravidou dele, mais adiante o deixa por achar que ele estava de namoro com outra e no final quando se dá conta de que gosta dele toma as rédeas das ações e retoma o romance. Ah, sim. Michael Cera como Paulie foi uma agradável surpresa; num papel potencialmente chato e entediante, ele acaba sendo um ótimo contraponto de Juno, mostrando-se um pouco abobalhado.
Se "Juno" é de Brook Busey muito mais é de Ellen Page com seu enorme talento. O longa é também da brilhante direção de Jason Reitman (a surpresa entre os 5 diretores indicados em 2008) e do elenco afiado. O Oscar não tem uma categoria para elenco (ou "Ensemble") mas várias associações de críticos tem e o SAG também. Chega a ser decepcionante a não indicação de "Juno" ao SAG, uma vez que é o tipo de filme que o sindicato gosta: de e com elenco em estado de graça.
O saldo deste "Juno" acaba sendo bem positivo. Não é uma obra-prima, mas seu roteiro, seu elenco e seu diretor o colocam acima da média. O que, para o espectador mais atento, é muito bom.
Nota: 7.5
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