Após o enorme sucesso feito por A Era do Gelo, em 2002, uma seqüência já
era algo mais do que previsível, e o principal receio era que esta
continuação não alcançasse a mesma qualidade do original, caindo na
mesmice e na reciclagem dos elementos que deram certo no original. Sai
Chris Wedge da direção, deixando a responsabilidade para o inexperiente
brasileiro Carlos Saldanha. Tudo apontava para um retorno certeiro na
bilheteria, mas uma provável decepção para o público. E indo contra a
maré de expectativas negativas, A Era do Gelo 2 chega bem perto de se
equiparar ao original, onde mesmo com seus tropeços, mantém o mesmo tom
cativante e agradável do primeiro filme.
Com um fiapo de trama (os animais descobrem que o gelo do planeta está derretendo, e devem encontrar um lugar seguro contra uma possível inundação), Carlos Saldanha faz um trabalho correto ao respeitar o material original, apostando novamente em um humor rápido, mas inteligente, capaz de agradar crianças e adultos. E não apenas contando com o carisma dos protagonistas originais, o filme ainda traz adições pra lá de satisfatórias. Ellie, uma mamute que jura que é uma gambá, já que foi criada por dois, Crash e Eddie, que se dizem irmãos da mamute. Ellie é o destaque da vez, e seu distúrbio de personalidade, apesar de gerar ótimos momentos, é tratado com sensibilidade quando descobrimos sobre o passado da personagem, e o que a levou a essa ilusão. Assim como no original, os personagens apresentam interessantes conflitos internos, que se não chegam a ser tão complexos, ainda conseguem gerar nosso interesse por eles.
O desenrolar da trama, entretanto, decepciona por apresentar uma previsibilidade ainda maior que no original. O relacionamento entre Manny e Ellie é por demais óbvio, assim como o desfecho de ambos. Da mesma forma, o medo de Diego em entrar na água não acrescenta nada a trama, e nem torna o personagem mais interessante.
Com um fiapo de trama (os animais descobrem que o gelo do planeta está derretendo, e devem encontrar um lugar seguro contra uma possível inundação), Carlos Saldanha faz um trabalho correto ao respeitar o material original, apostando novamente em um humor rápido, mas inteligente, capaz de agradar crianças e adultos. E não apenas contando com o carisma dos protagonistas originais, o filme ainda traz adições pra lá de satisfatórias. Ellie, uma mamute que jura que é uma gambá, já que foi criada por dois, Crash e Eddie, que se dizem irmãos da mamute. Ellie é o destaque da vez, e seu distúrbio de personalidade, apesar de gerar ótimos momentos, é tratado com sensibilidade quando descobrimos sobre o passado da personagem, e o que a levou a essa ilusão. Assim como no original, os personagens apresentam interessantes conflitos internos, que se não chegam a ser tão complexos, ainda conseguem gerar nosso interesse por eles.
O desenrolar da trama, entretanto, decepciona por apresentar uma previsibilidade ainda maior que no original. O relacionamento entre Manny e Ellie é por demais óbvio, assim como o desfecho de ambos. Da mesma forma, o medo de Diego em entrar na água não acrescenta nada a trama, e nem torna o personagem mais interessante.
Entretanto, o apuro técnico se torna ainda mais espetacular nesta
continuação. O movimento dos personagens adquire maior fluidez, assim
como a própria aparência também ganha mais realismo e textura. As
enormes montanhas de gelo, a inundação, tudo muito bem visualizado
através de efeitos especiais fantásticos, que deixam o filme ainda mais
prazeroso de se ver,
Uma pena que, em relação ao original, este tenha sofrido algumas modificações que acabaram por diminuir o produto. A trama, além de não conseguir justificar a existência do filme (mesmo que ele seja divertido) demora a engatar, e se mostra confusa em certos momentos. O humor também se torna mais infantil, o que pode decepcionar os espectadores mais velhos, assim como o pouco destaque para o esquilo Scrat, que tanto fez a alegria do primeiro filme (apesar do mesmo protagonizar a engraçadíssima cena final).
Mas, entre umas e outras, A Era do Gelo 2 alcança um resultado positivo, e consegue agradar. Não é tão bom quanto o original, mas assim como ele, não faz feio diante das grandes animações lançadas no mercado anualmente. Vale também por consolidar o talento do nosso querido brasileiro Carlos Saldanha, que prova ter futuro no ramo.
Uma pena que, em relação ao original, este tenha sofrido algumas modificações que acabaram por diminuir o produto. A trama, além de não conseguir justificar a existência do filme (mesmo que ele seja divertido) demora a engatar, e se mostra confusa em certos momentos. O humor também se torna mais infantil, o que pode decepcionar os espectadores mais velhos, assim como o pouco destaque para o esquilo Scrat, que tanto fez a alegria do primeiro filme (apesar do mesmo protagonizar a engraçadíssima cena final).
Mas, entre umas e outras, A Era do Gelo 2 alcança um resultado positivo, e consegue agradar. Não é tão bom quanto o original, mas assim como ele, não faz feio diante das grandes animações lançadas no mercado anualmente. Vale também por consolidar o talento do nosso querido brasileiro Carlos Saldanha, que prova ter futuro no ramo.
Nota: 7.0
Gosto dos dois, Rafael. São ótimas animações. Super divertidas.
ResponderExcluirO Falcão Maltês