Após um sucesso enorme com a saga de seu personagem “Carlitos”, Chaplin aprendeu a vivenciar outro grande personagem do cinema: o desastrado e muito querido “vagabundo”, que participou de tantos filmes, como em “O Circo” (The Circus, 1928), “O Garoto” (The Kid, 1921) e “Vida de Cachorro” (A Dog´s Life, 1918). “Luzes da Cidade” obteve interessantes aperfeiçoamentos técnicos. Vale citar o áudio dos atores no inicio do filme, a trilha sonora de boa qualidade, os pontos fortes na edição de som e, claro, as divertidas cenas do ator Charles Chaplin, em mais uma obra de arte de sua vida e do cinema mundial.
“Luzes da Cidade” inicia-se com a entrega de uma estátua, feita pelo poder político, ao público de uma cidade. E desde já percebemos as divertidas trapalhadas do vagabundo, que aparece dormindo sobre a estátua e vira motivo de riso pelo povo que está no local. Após a confusão o vagabundo se apaixona, a primeira vista, por uma vendedora de flores que é cega, e ela acaba o confundindo com um homem rico. Ignorado, ele vai à uma fonte, onde conhece um bêbado e o ajuda moralmente a não cometer suicídio e acabam virando grandes amigos e vão à festas pela cidade, até que chegam a casa de seu mais novo amigo e acaba descobrindo que ele é um milionário. (Tudo isso, claro, com muita comédia).
Já de noite, o vagabundo encontra-se, mais uma vez, com o milionário bêbado que o convida para mais festas, e ao fim, o vagabundo pede dinheiro ao milionário, que o satisfaz co mil dólares e em seguida dorme. Quando acorda a policia está lá, pois o vagabundo chamara para prender os ladrões que lá estiveram, porém o próprio vagabundo é culpado roubar o dinheiro do milionário, que disse que não sabia de nada, pois, agora estava sóbrio, porém, o vagabundo acaba fugindo. (Tudo isso, claro, com muita comédia).
Quando chega à casa de sua amada ele lhe dá todo o dinheiro (mil dólares) para ela pagar a pensão e pagar a realização de uma operação nos olhos para enxergar e diz que se ausentará por um tempo. E no outono ele aparece todo sujo jogado em frente à loja de flores, que ela construira com sua avó. Porém, ela não se lembra dele e só quando o toca é que percebe que ele é homem que outrora a ajudou tanto. (Tudo isso, claro, com muita comédia. E emoção).
Nesta divertidíssima comedia romântica de Charles Chaplin, fica claro que o cinema mudo não morrera completamente, pois o que “Luzes da Cidade” nos diz é exatamente isso. Um filme tão bom, que não é muito se for chamado de uma das obras de arte da história do cinema. Temos que elogiar, muito, um filme tão bem feito (e olha que foi em 1930), pois atualmente, são raros os filmes que chegam aos pés de “Luzes da Cidade”.
Nota: 9.0
Provavelmente o melhor filme mudo de sempre, sequências únicas e memoráveis, uma compaixão enorme, como só Chaplin conseguia fazer trespassar. Um triunfo. Cumprimentos.
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Lindaço. Tanta mensagem sem dizer uma única palavra.
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