Os melhores que vi em 2011

O ano está acabando e sempre nesta época são mostradas as tão famosas retrospectivas sobre o que aconteceu no ano, principalmente nas notícias. Eu, como bom cinéfilo, adoro listas de filmes e então quis juntar a retrospectiva com uma lista de filmes de 2011. Só que não poderei fazer uma lista deste tipo porque não fui muito ao cinema e não tive a oportunidade de ver os maiores lançamentos do ano, como A Árvore da Vida (The Tree Of Life, 2011) ou Melancolia (Melancholia, 2011), ou qualquer outro.

Então, para poder realizar meu desejo de juntar uma retrospectiva que relacione filmes e o ano de 2011, listarei os dez melhores filmes que foram assistidos por mim durante este ano, que foi um período muito importante para minha cinefilia, cheio de filmes bons e também ruins, evidentemente. Então, vamos à lista:

10. Nascido Para Matar (Full Metal Jacket, 1987) – Stanley Kubrick:

Logo depois de terminar de assistir tive a impressão de ter assistido o melhor filme do diretor, também pudera, aquela primeira parte que mostra o treinamento dos soldados é esplendorosa e a segunda parte, apesar de ter um nível mais baixo que a primeira, é onde o despropósito da Guerra é mostrado e levanta outras questões polêmicas. Entretanto, alguns meses depois, esqueci completamente da tal segunda parte, enquanto a primeira continua na minha cabeça até hoje. Grande filme!

9. Sangue Negro (There Will Be Blood, 2007) – Paul Thomas Anderson

Todas as cenas, situações, diálogos, trilha sonora e a construção dos personagens desse filme foram preparados meticulosamente para que tudo pareça real, além de a grande maioria das escolhas do diretor ser de primeira qualidade. E não se pode esquecer a primorosa atuação de Daniel Day-Lewis e da profundidade de seu personagem, Daniel Plainview. Eu adorei a cena final e já acabei...

8. O Iluminado (The Shining, 1980) – Stanley Kubrick:

Mais um de Kubrick e todo seu cuidado e rigor estético e narrativo. Sem usar unicamente do artifício do susto (como a maioria dos filmes de terror/suspense constroem suas narrativas), o diretor, com suas características que o fizeram ser um gênio e com a ajuda da atuação de Jack Nicholson, faz de “O Iluminado” o filme de terror com clima mais atmosférico que já assisti.

7. A Onda (Die Welle, 2008) – Dennis Gansel:

Se teve algo que aflorou em mim neste ano, foi o gosto pelo cinema alemão. E esse filme foi um dos aspectos que me fizeram dar mais atenção às produções deste país. Além disso, tal filme foi capaz também, de abrir meus olhos sobre algumas questões sociais. Apesar de “A Onda” ter sim alguns erros, ele foi capaz de muita coisa comigo, e dou muito valor a isso.

6. O Sexto Sentido (The Sixth Sense, 1999) – M. Night Shyamalan:

"O Sexto Sentido” se aproveita de um ótimo roteiro, da maravilhosa trilha sonora e de atuações convincentes (Haley Joel Osment que interpreta Cole Sear, um dos personagens principais do filme, tem uma das melhores atuações que já vi) para criar o clima atmosférico do filme e o resultado é um belo filme, não apenas de sustos, mas também de emoções. E foi coincidência a posição deste filme nesta lista...

5. Pulp Fiction – Tempos de Violência (Pulp Fiction, 1994) – Quentin Tarantino:

Ai, esse horroroso subtítulo em português! Mas isso não tira o brilho dessa produção que é considerado, por muitos, a maior obra-prima do Tarantino. Apesar de não concordar com isso, concordo que é um ótimo filme que não fica cansativo nem desinteressante, considerando sua duração. O humor-negro e perverso é tão refinado que não cai na vulgaridade e o roteiro é magnífico, onde tudo linka perfeitamente. A cena da overdose é uma das minhas preferidas.

4. Filhos da Guerra (Europa, Europa, 1990) – Agnieszka Holland:

É incrível a história desse filme, assim como é incrível o cuidado na sua realização. Além de uma de suas cenas, que também é incrível, ser uma das melhores (e das mais paradoxais) de todos os tempos. “Filhos da Guerra” não é muito conhecido, mas sua qualidade é inversamente proporcional à isso. Filme mais humano, impossível.

3. Trilogia “De Volta para o Futuro” (Back to the Future Trilogy, 1985, 1989, 1990) – Robert Zemeckis:

Clássicos dos anos oitenta! São três filmes imperdíveis e muito divertidos para toda a família, além de serem criativos com ótimos efeitos para a época. Mais do que ter um roteiro inteligente que consegue ser posto em prática em filmes que entretêm, envelheceu como um clássico e influenciou e influencia até hoje a juventude de suas respectivas gerações. Trilogia atemporal e se não a melhor, uma das melhores já filmadas.

2. A Rede Social (The Social Network, 2010) – David Fincher:

Tudo já foi dito esse filme, os que gostam dizem que é um novo clássico e que define uma geração (dos que não saem da internet e das redes sociais), os que não gostam alegam que o motivo vem da frieza com que a produção foi filmada. Como dá para perceber, sou do primeiro grupo. E ainda acredito que reclamar da frieza desse filme é a mesma coisa que reclamar do excesso de músicas em um musical. O Facebook se tornou muito mais interessante depois que assisti a “A Rede Social”.

1. Clube da Luta (Fight Club, 1999) – David Fincher:

Quando disse que 2011 foi de extrema importância para minha cinefilia, grande parte se deu por conta desse filme. Primeiro, cinematograficamente falando, é um novo clássico, com um dos melhores roteiros da década de 90, atuações e trilha sonora precisas, direção ágil e marcante. Só por isso, já seria digno de admiração, mas o filme vai além. A ideologia presente em Clube da Luta mostrou para mim o que é, realmente, importante na vida. Mostrou, ainda, uma nova forma de viver que é bastante válida. E a cada vez que assisto, retiro uma camada de interpretação, e para meu espanto, ao mesmo tempo em que parece mais psicodélico, se torna mais real e plausível.

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Outros que poderiam ter sido mencionados: Toy Story 3 (idem, 2010), Tiros em Columbine (Bowling for Columbine, 2002), Adeus, Lênin (Goodbye, Lênin, 2003) e Lua de Papel (Paper Moon, 1973).

Enfim, 2011 já está acabando, 2012 se aproxima e eu espero que seja melhor em todos os sentidos e, claro, com MUITOS filmes bons! \O/