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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Um Domingo Qualquer (1999)



Para o bem ou para o mal, Oliver Stone é um cineasta cujo nome já consagrou-se no meio da indústria de cinema americana. Vencedor do Oscar pelo drama de guerra Platoon, Stone narra em Um Domingo Qualquer os bastidores do american softball, mostrando tudo o que acontece por trás deste violento e perigoso esporte.

Stone é um diretor de exibicionismos, isso ninguém nega, e isto torna-se mais que visível aqui ao percebemos como o diretor exibe, sem nenhum pudor, toda a dor e brutalidade presente no esporte. Com uma câmera inquieta e em constante movimento, Stone da vida a cenas espetaculares e chocantes, extremamente bem feitas e editadas, tornando a experiência ainda mais vibrante e frenética.

E provando que também pode ser um diretor profundo e mais humano, Stone vai além do mero espetáculo, examinando a fundo tudo o que acontece dentro e fora do campo, onde por trás de toda a diversão proporcionada, escondem-se interesses, chantagens, decepções e frustrações, tudo movido pela ganância e pelo apego ao dinheiro.


A grande falha de Um Domingo Qualquer reside, infelizmente, no roteiro assinado por John Logan, que apesar de realizar uma boa análise sobre o universo do futebol americano, é mal-sucedido no desenvolvimento crucial de alguns personagens. Grande parte do elenco está bem (Cameron Diaz, por exemplo, surpreende ao passar longe dos tiques irritantes que costumava apresentar), porém muitos acabam sendo prejudicados pela “apaticidade” conquistada, como é o caso de William Beaman (Jammie Foxx), que da noite para o dia se torna o grande astro do time, um sujeito arrogante e prepotente, que carrega consigo a personalidade mais desinteressante da fita.

Mas verdade seja dita: Um Domingo Qualquer cumpre muito bem seu papel de divertir, entreter e, mais ainda, desmitificar tudo o que envolve o milionário e violento esporte do futebol americano. A duração poderia, de fato, ter sido mais curta (era realmente preciso duas horas e meia para contar essa história?), assim como Stone poderia ter exagerado menos no sentimentalismo barato de alguns diálogos, mas ainda é um programa eficiente, com certa ousadia e infelizmente injustiçado pelos detratores de Oliver Stone.

Nota: 7.0



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