A trama roteirizada por David Sheffield e Barry W. Blaustein apartir de um argumento de Eddie Murphy (que contou com a colaboração não creditada do falecido Art Buchwald) apresenta o príncipe africano Akeem, que se rebela contra um casamento arranjado por seu pai, o Rei Jaffe Joffer, e decide ir até Nova Iorque, acompanhado de seu melhor amigo, a procura de uma noiva. Ele resolve se passar por um estudante pobre para encontrar uma noiva que o ame pelo que é e não por sua posição na realeza. Só que as diferenças entre as culturas dos Estados Unidos e do seu país o colocam em diversas confusões, inclusive em seu local de trabalho, a lanchonete McDowell.
"Coming to America" foi um dos maiores sucessos de bilheteira da década de 80 e foi unanimemente considerado como um dos melhores filmes da carreira Eddie Murphy que, além de ser co-autor do argumento é o protagonista Príncipe Akeem de Zamunda (fazendo também mais três personagens: um barbeiro, um senhor de idade na barbearia e um religioso).
O elenco é digno de uma indicação ao SAG. Arsenio Hall como Semmi (e mais três personagens) dá um show como o melhor amigo de Akeem e que não gosta de se passar por pobre. É dele algumas das melhores piadas como a de quando Akeem leva a namorada Lisa McDowell (Shari Headley, discreta e ótima) para conhecer seu apartamento numa atitude que pode revelar a identidade do príncipe. James Earl Jones como o Rei Jaffe Joffer está sóbrio e convincente assim como Madge Sinclair como a Rainha Aoleon. John Amos como o picareta Cleo McDowell (pai de Lisa) sabe se portar muito bem como o patrão de Akeem que quando descobre sua identidade passa a paparicar o príncipe, no qual vê um partidão para a filha. Eriq La Salle como o fanfarrão Darryl Jenks está ótimo (o fora que leva do sogro, na parte final do filme, é hilário).
Ainda se deve mencionar a participação divertida de Samuel L. Jackson como um assaltante da lanchonete que é dominado pelo príncipe, Cuba Gooding Jr. como uma cliente da barbearia e Dom Ameche como Mortiner Duke.
Os figurinos funcionais de Deborah Nadoolman, esposa de John Landis, e a maquiagem do experiente Rick Baker foram as duas indicações de "Coming to America" ao Oscar e são os destaques do filme, principalmente a maquiagem que deixou Eddie Murphy e Arsenio Hall bem caracterizados.
A estréia americana se deu dia 29/06/1988 em 2,064 salas colhendo US$ 21,404,420 já no primeiro final de semana de exibição. A bilheteria final nos EUA foi de US$ 128,152,301 que somados aos US$ 160,600,000 do mercado externo totalizaram US$ 288,752,301 para um orçamento de US$ 39 milhões.
Nota: 7.0
A carreira de Eddie Murphy teve o auge nos anos oitenta. Além do filme da postagem, ele fez os ótimos "Um Tira da Pesada 1 & 2", "48 Horas 1 & 2" e "Trocando as Bolas".
ResponderExcluirA década de noventa foi de altos e baixos, com alguns filmes engraçados como "Os Picaretas" com Steve Martin, porém nos últimos dez anos sua carreira afundou. Com exceção do trabalho em "Dreamgirls", o restante são comédias idiotas totalmente sem graça.
Um desperdício de talento.
Abraço