ANTES DE TUDO
Wolverine é um personagem de HQs. da Marvel Comics criado pelo novaiorquino Len Wein (12/06/1948), o qual teve sua primeira aparição em Incrível Hulk #180 (outubro de 1974) como um antagonista do gigante verde. Nesse época o personagem era apenas um coadjuvante para incrementar a batalha entre Hulk e o monstruoso Wendigo e o que se sabia dele, além da fúria animalesca e a coragem descomunal, é que era um agente secreto do governo canadense.
Posteriormente o mutante juntou-se ao grupo de novatos convocados para resgatar os alunos do Professor Xavier capturados por Krakoa, a Ilha Viva, e daí se juntou aos X-Men. O jeito despojado, a atitude confiante e arrogante, bem como a coragem e a fúria do baixinho acabaram por cativar os leitores, fazendo dele um dos mais populares personagens das HQs.
ORIGEM
A juventude de Wolverine permaneceu um mistério até a publicação de uma trilogia que começou com "Origem" a qual mostra sua infância conturbada e o aparecimento dos poderes mutante. É mostrada também a origem do nome Logan e do apelido Wolverine. Em tempo: "Wolverine" ('carcaju' no Brasil) é um pequeno mamífero, semelhante ao urso, natural do Canadá e que possui fortes garras as quais ficam escondidas; quando acuado, o carcaju exibe suas garras e é capaz de atacar animais maiores e mais fortes que ele.
A segunda obra da trilogia é "Arma-X", que é a organização secreta do governo responsável pelo implante de adamantiun em Logan/Wolverine. Aqui são mostradas também as intenções dos idealizadores das experiências e que as garras já faziam parte da fisiologia natural do mutante.
Finalmente, em "O Fim de Wolverine" são mostrados os efeitos colaterais de se ter a vida prolongada, a razão da perda da memória e o aparecimento de um novo membro da família, também com garras.
TRILOGIA X-MEN
O ano 2000 marca a estréia de Wolverine nos cinemas com o longa "X-Men". Tendo o australiano Hugh Jackman na pele do mutante esquentadinho, dirigido pelo novaiorquino Bryan Singer e produzido a um custo de US$ 75 milhões o filme arrecadou US$ 296,339,527 mundialmente, abrindo caminho para a primeira sequência "X-Men 2", também chamado de "X2: X-Men United", de 2003; também dirigido por Singer, o filme custou US$ 110 milhões mas rendeu US$ 407,711,549 e uma segunda sequência era inevitável.
Em 2006 é lançado "X-Men: The Last Stand" (X-Men: O Confronto Final, no Brasil). Dirigido por Brett Ratner e a um custo de US$ 210 milhões o longa faturou mundialmente US$ 459,359,555, a maior bilheteria da franquia. Porém, com a trilogia completa, além de críticas divididas para o último exemplar, a idéia dos produtores foi lançar longas contando a história dos personagens.
Nos três filmes "X-Men", embora Ciclope, Tempestade e Jean Grey tenham participações relevantes, se nota claramente que o protagonista é Wolverine, muito por causa de sua popularidade. Então, para começar uma nova fase da franquia era só natural a escolha desse último como o primeiro a ser retratado, até porque, apenas aqueles que conhecem o Wolverine dos quadrinhos é que sabem sua história; os que viram os filmes ficaram conhecendo somente um pouco do personagem.
FILME SOLO
O lançamento de um filme solo do personagem mais popular dos X-Men, intitulado "X-Men Origins: Wolverine" foi cercado de expectativa. A escolha de Hugh Jackman para uma quarta incursão no personagem era natural; mas inusitado é o fato de Jackman entrar na produção do longa; 'Se alguém vai dizer quem é Wolverine, esse alguém sou eu', disse o ator (e produtor).
Zack Snyder e Bryan Singer foram cogitados e até convidados para dirigir o filme que acabou nas mãos do sul-africano Gavin Hood, diretor do vencedor do Oscar de Filme Estrangeiro "Tsotsi". Diz-se que os produtores não gostaram do resultado final do trabalho de Hood e alteraram substancialmente o filme. Algo compreensível e até esperado para uma produção de vultosos US$ 150 milhões, essencialmente de estúdio e que propõe contar a origem do mutante canadense, mostrando sua experiência com o programa Arma X e seu relacionamento com aliados e inimigos.
VAZAMENTO NA INTERNET: CRIME OU JOGADA DE MARKETING?
Durante a pós produção de "X-Men - Origins: Wolverine" (as filmagens ocorreram entre 18 de janeiro e 23 de maio de 2008) e um mês antes de sua estreia, o filme vazou na internet em uma versão inacabada, o que apenas dava aos fãs uma amostra do que viria. Rapidamente diversos sites disponibilizaram o longa para download; no entanto, apesar de essa versão ter imagens de alta qualidade, não era totalmente finalizada, faltando efeitos visuais e trilha sonora.
Na época, Jackman lamentou o ocorrido: "É um crime grave e, sem dúvida alguma, muito decepcionante”, afirmou. A origem permanece desconhecida, mas as suspeitas envolvem a empresa contratada para finalizar a obra e embora o FBI e a Motion Picture Association of American estejam trabalhando para apurar de que forma ocorreu o vazamento, o que fica parecendo é que foi uma jogada de marketing para estimular o interesse no longa.
FINALMENTE: "X-MEN - ORIGINS: WOLVERINE"
Para um filme tão esperado não poderia haver nada menos do que um mega lançamento. Nos EUA a abertura se deu em 4,099 salas, o que, mesmo não sendo um recorde é um número bem significativo. Em 08/04/2009 ocorreu uma premiere em Sydney, Austrália. Em 28/05/2009 a estréia ocorreu na Holanda; em 29/05/2009 na Inglaterra e mais 17 países; em 30/05/2009 no Brasil e mais 16 países e finalmente em 01/05/2009 nos EUA, Canadá e mais 8 países.
SINOPSE
Tudo começa no Canadá, em 1845. O jovem James Howlett (Troye Sivan), passa por um trauma familiar. Na mesma noite em que seu pai é assassinado, ele descobre que não era filho legítimo. As notícias causam fúria no garoto, que vê crescer misteriosas garras em suas mãos. Percebendo que é um mutante, ele foge de casa com seu irmão Victor Creed (Michael-James Olsen), que também escondia da família ter estranhos poderes, agilidade e garras afiadas.
Os irmãos crescem juntos e têm uma relação amigável, passando a proteger um ao outro e a todos que podem. Extremamente fortes, eles lutam juntos na Guerra Civil americana e nas duas guerras mundiais. Estes e outros conflitos acabam construindo suas personalidades, que vão se chocar e criar rivalidade entre os dois. Na Guerra do Vietnã, eles são descobertos pelo poderoso coronel William Stryker (Danny Huston) e convocados para sua misteriosa equipe de mutantes integrada por Creed (agora Liev Schreiber), John Wraith (Will i Am), Frederick J. Dukes (Kevin Durand), Chris Bradley (Dominic Monaghan) e David North (Daniel Henney).
Desiludido com os rumos tomados pelo grupo, Logan (o filme não explica a mudança de nome) abandona suas atividades para viver isolado nas Montanhas Rochosas do Canadá, longe de usar seus poderes de regeneração e as garras no trabalho como lenhador, acompanhado da bela professora Kayla (Lynn Collins). Porém, seis anos depois Victor Creed volta a interferir no caminho de Logan, o qual é sempre pontuado pela relação de afeição e ódio entre os dois personagens.
Quando Kayla é assassinada, Logan decide aceitar uma arriscada proposta de seu antigo chefe para servir como cobaia do Arma X (o "X" é 10 em algarismos romanos): um projeto milionário em que Logan terá o corpo revestido de adamantium para se tornar indestrutível e conseguir sua vingança contra Creed. Assim, pouco a pouco o mutante deixa de ser James para se tornar Wolverine e enfrentar seu arquiinimigo, Dentes de Sabre, além de ter seu primeiro contato com outros mutantes como Gambit e Ciclope.
O RESULTADO
Se no primeiro "X-Men", Wolverine não possuía memória e não se lembrava do passado, aqui tudo encontra explicação. O roteiro de David Benioff e Skip Woods deixa de lado os aspectos cerebrais abordados na trilogia original e investe nas cenas de ação. Num clima mais sombrio do que os outros longas da série, observamos o surgimento de um herói complexo, fascinante e cheio de traumas. Só não espere um texto cheio de construções psicológicas, crises existenciais e coisas do gênero. Ei, estamos na temporada de filmes do verão americano e os produtores Ralph Winter, Lauren Shuler Donner, John Palermo e Hugh Jackman sabiam o que o público queria: humor negro, coreografias violentas, pancadarias e explosões e deram exatamente o que se esperava.
Para muitos isso significa um filme fraco, vazio e um lixo; mas não é exatamente o que vemos na tela. Já nos créditos iniciais se tem uma amostra do que vem pela frente e onde o vultoso orçamento foi gasto. Aliás, apenas a abertura já renderia um ótimo curta: trama interessante, fotografia primorosa, excelentes efeitos e montagem ágil. Após esse excelente começo vemos um filme vertiginoso que se sustenta no carisma de Hugh Jackman na pele de um Wolverine mais sarado e nervoso do que nunca; por outro lado, a escolha de um ator de peso como Liev Schreiber para viver Victor Creed/Dente-de-Sabre deixou os diálogos e lutas físicas e verbais entre eles convincentes e divertidas.
Além disso, o longa consegue amarrar bem as pontas deixadas anteriormente, como por exemplo a perda de memória de Wolverine, bem explicada nas cenas finais. Os fãs não terão dificuldade em reconhecer vários mutantes dos quadrinhos, como um jovem Ciclope, Emma Frost, Blob (Kevin Duran), Deadpool (Ryan Reynolds) e o tão aguardado Gambit (Taylor Kitsch), o qual, já mostra a que veio nas primeiras cenas: uma ótima luta com o protoganoista, inclusive com Gambit usando cartas como arma.
Na parte do desenvolvimento do longa a ação fica em primeiro plano e o diretor Gavin Hood usa recursos como música incessante, cortes e fotografia rebuscada, o que acaba funcionando para um filme do gênero, mas não resulta em algo memorável ou que resista a uma segunda olhada. As falhas, principalmente do roteiro rasteiro, são bem evidentes, mas acabam não comprometendo o resultado como um todo.
O saldo deste "X-Men Origins: Wolverine" é positivo. Não se esperava (nem se devia esperar) algo realmente marcante, como "The Dark Knight" por exemplo, (ora, mesmo os outros três filmes "X-Men" não são fenomenais) e assim o resultado acaba ficando acima da média numa ótima abertura da temporada de filmes de verão. Não por acaso a bilheteria do primeiro final de semana somou satisfatórios US$ 85,058,003.
Wolverine é um personagem de HQs. da Marvel Comics criado pelo novaiorquino Len Wein (12/06/1948), o qual teve sua primeira aparição em Incrível Hulk #180 (outubro de 1974) como um antagonista do gigante verde. Nesse época o personagem era apenas um coadjuvante para incrementar a batalha entre Hulk e o monstruoso Wendigo e o que se sabia dele, além da fúria animalesca e a coragem descomunal, é que era um agente secreto do governo canadense.
Posteriormente o mutante juntou-se ao grupo de novatos convocados para resgatar os alunos do Professor Xavier capturados por Krakoa, a Ilha Viva, e daí se juntou aos X-Men. O jeito despojado, a atitude confiante e arrogante, bem como a coragem e a fúria do baixinho acabaram por cativar os leitores, fazendo dele um dos mais populares personagens das HQs.
ORIGEM
A juventude de Wolverine permaneceu um mistério até a publicação de uma trilogia que começou com "Origem" a qual mostra sua infância conturbada e o aparecimento dos poderes mutante. É mostrada também a origem do nome Logan e do apelido Wolverine. Em tempo: "Wolverine" ('carcaju' no Brasil) é um pequeno mamífero, semelhante ao urso, natural do Canadá e que possui fortes garras as quais ficam escondidas; quando acuado, o carcaju exibe suas garras e é capaz de atacar animais maiores e mais fortes que ele.
A segunda obra da trilogia é "Arma-X", que é a organização secreta do governo responsável pelo implante de adamantiun em Logan/Wolverine. Aqui são mostradas também as intenções dos idealizadores das experiências e que as garras já faziam parte da fisiologia natural do mutante.
Finalmente, em "O Fim de Wolverine" são mostrados os efeitos colaterais de se ter a vida prolongada, a razão da perda da memória e o aparecimento de um novo membro da família, também com garras.
TRILOGIA X-MEN
O ano 2000 marca a estréia de Wolverine nos cinemas com o longa "X-Men". Tendo o australiano Hugh Jackman na pele do mutante esquentadinho, dirigido pelo novaiorquino Bryan Singer e produzido a um custo de US$ 75 milhões o filme arrecadou US$ 296,339,527 mundialmente, abrindo caminho para a primeira sequência "X-Men 2", também chamado de "X2: X-Men United", de 2003; também dirigido por Singer, o filme custou US$ 110 milhões mas rendeu US$ 407,711,549 e uma segunda sequência era inevitável.
Em 2006 é lançado "X-Men: The Last Stand" (X-Men: O Confronto Final, no Brasil). Dirigido por Brett Ratner e a um custo de US$ 210 milhões o longa faturou mundialmente US$ 459,359,555, a maior bilheteria da franquia. Porém, com a trilogia completa, além de críticas divididas para o último exemplar, a idéia dos produtores foi lançar longas contando a história dos personagens.
Nos três filmes "X-Men", embora Ciclope, Tempestade e Jean Grey tenham participações relevantes, se nota claramente que o protagonista é Wolverine, muito por causa de sua popularidade. Então, para começar uma nova fase da franquia era só natural a escolha desse último como o primeiro a ser retratado, até porque, apenas aqueles que conhecem o Wolverine dos quadrinhos é que sabem sua história; os que viram os filmes ficaram conhecendo somente um pouco do personagem.
FILME SOLO
O lançamento de um filme solo do personagem mais popular dos X-Men, intitulado "X-Men Origins: Wolverine" foi cercado de expectativa. A escolha de Hugh Jackman para uma quarta incursão no personagem era natural; mas inusitado é o fato de Jackman entrar na produção do longa; 'Se alguém vai dizer quem é Wolverine, esse alguém sou eu', disse o ator (e produtor).
Zack Snyder e Bryan Singer foram cogitados e até convidados para dirigir o filme que acabou nas mãos do sul-africano Gavin Hood, diretor do vencedor do Oscar de Filme Estrangeiro "Tsotsi". Diz-se que os produtores não gostaram do resultado final do trabalho de Hood e alteraram substancialmente o filme. Algo compreensível e até esperado para uma produção de vultosos US$ 150 milhões, essencialmente de estúdio e que propõe contar a origem do mutante canadense, mostrando sua experiência com o programa Arma X e seu relacionamento com aliados e inimigos.
VAZAMENTO NA INTERNET: CRIME OU JOGADA DE MARKETING?
Durante a pós produção de "X-Men - Origins: Wolverine" (as filmagens ocorreram entre 18 de janeiro e 23 de maio de 2008) e um mês antes de sua estreia, o filme vazou na internet em uma versão inacabada, o que apenas dava aos fãs uma amostra do que viria. Rapidamente diversos sites disponibilizaram o longa para download; no entanto, apesar de essa versão ter imagens de alta qualidade, não era totalmente finalizada, faltando efeitos visuais e trilha sonora.
Na época, Jackman lamentou o ocorrido: "É um crime grave e, sem dúvida alguma, muito decepcionante”, afirmou. A origem permanece desconhecida, mas as suspeitas envolvem a empresa contratada para finalizar a obra e embora o FBI e a Motion Picture Association of American estejam trabalhando para apurar de que forma ocorreu o vazamento, o que fica parecendo é que foi uma jogada de marketing para estimular o interesse no longa.
FINALMENTE: "X-MEN - ORIGINS: WOLVERINE"
Para um filme tão esperado não poderia haver nada menos do que um mega lançamento. Nos EUA a abertura se deu em 4,099 salas, o que, mesmo não sendo um recorde é um número bem significativo. Em 08/04/2009 ocorreu uma premiere em Sydney, Austrália. Em 28/05/2009 a estréia ocorreu na Holanda; em 29/05/2009 na Inglaterra e mais 17 países; em 30/05/2009 no Brasil e mais 16 países e finalmente em 01/05/2009 nos EUA, Canadá e mais 8 países.
SINOPSE
Tudo começa no Canadá, em 1845. O jovem James Howlett (Troye Sivan), passa por um trauma familiar. Na mesma noite em que seu pai é assassinado, ele descobre que não era filho legítimo. As notícias causam fúria no garoto, que vê crescer misteriosas garras em suas mãos. Percebendo que é um mutante, ele foge de casa com seu irmão Victor Creed (Michael-James Olsen), que também escondia da família ter estranhos poderes, agilidade e garras afiadas.
Os irmãos crescem juntos e têm uma relação amigável, passando a proteger um ao outro e a todos que podem. Extremamente fortes, eles lutam juntos na Guerra Civil americana e nas duas guerras mundiais. Estes e outros conflitos acabam construindo suas personalidades, que vão se chocar e criar rivalidade entre os dois. Na Guerra do Vietnã, eles são descobertos pelo poderoso coronel William Stryker (Danny Huston) e convocados para sua misteriosa equipe de mutantes integrada por Creed (agora Liev Schreiber), John Wraith (Will i Am), Frederick J. Dukes (Kevin Durand), Chris Bradley (Dominic Monaghan) e David North (Daniel Henney).
Desiludido com os rumos tomados pelo grupo, Logan (o filme não explica a mudança de nome) abandona suas atividades para viver isolado nas Montanhas Rochosas do Canadá, longe de usar seus poderes de regeneração e as garras no trabalho como lenhador, acompanhado da bela professora Kayla (Lynn Collins). Porém, seis anos depois Victor Creed volta a interferir no caminho de Logan, o qual é sempre pontuado pela relação de afeição e ódio entre os dois personagens.
Quando Kayla é assassinada, Logan decide aceitar uma arriscada proposta de seu antigo chefe para servir como cobaia do Arma X (o "X" é 10 em algarismos romanos): um projeto milionário em que Logan terá o corpo revestido de adamantium para se tornar indestrutível e conseguir sua vingança contra Creed. Assim, pouco a pouco o mutante deixa de ser James para se tornar Wolverine e enfrentar seu arquiinimigo, Dentes de Sabre, além de ter seu primeiro contato com outros mutantes como Gambit e Ciclope.
O RESULTADO
Se no primeiro "X-Men", Wolverine não possuía memória e não se lembrava do passado, aqui tudo encontra explicação. O roteiro de David Benioff e Skip Woods deixa de lado os aspectos cerebrais abordados na trilogia original e investe nas cenas de ação. Num clima mais sombrio do que os outros longas da série, observamos o surgimento de um herói complexo, fascinante e cheio de traumas. Só não espere um texto cheio de construções psicológicas, crises existenciais e coisas do gênero. Ei, estamos na temporada de filmes do verão americano e os produtores Ralph Winter, Lauren Shuler Donner, John Palermo e Hugh Jackman sabiam o que o público queria: humor negro, coreografias violentas, pancadarias e explosões e deram exatamente o que se esperava.
Para muitos isso significa um filme fraco, vazio e um lixo; mas não é exatamente o que vemos na tela. Já nos créditos iniciais se tem uma amostra do que vem pela frente e onde o vultoso orçamento foi gasto. Aliás, apenas a abertura já renderia um ótimo curta: trama interessante, fotografia primorosa, excelentes efeitos e montagem ágil. Após esse excelente começo vemos um filme vertiginoso que se sustenta no carisma de Hugh Jackman na pele de um Wolverine mais sarado e nervoso do que nunca; por outro lado, a escolha de um ator de peso como Liev Schreiber para viver Victor Creed/Dente-de-Sabre deixou os diálogos e lutas físicas e verbais entre eles convincentes e divertidas.
Além disso, o longa consegue amarrar bem as pontas deixadas anteriormente, como por exemplo a perda de memória de Wolverine, bem explicada nas cenas finais. Os fãs não terão dificuldade em reconhecer vários mutantes dos quadrinhos, como um jovem Ciclope, Emma Frost, Blob (Kevin Duran), Deadpool (Ryan Reynolds) e o tão aguardado Gambit (Taylor Kitsch), o qual, já mostra a que veio nas primeiras cenas: uma ótima luta com o protoganoista, inclusive com Gambit usando cartas como arma.
Na parte do desenvolvimento do longa a ação fica em primeiro plano e o diretor Gavin Hood usa recursos como música incessante, cortes e fotografia rebuscada, o que acaba funcionando para um filme do gênero, mas não resulta em algo memorável ou que resista a uma segunda olhada. As falhas, principalmente do roteiro rasteiro, são bem evidentes, mas acabam não comprometendo o resultado como um todo.
O saldo deste "X-Men Origins: Wolverine" é positivo. Não se esperava (nem se devia esperar) algo realmente marcante, como "The Dark Knight" por exemplo, (ora, mesmo os outros três filmes "X-Men" não são fenomenais) e assim o resultado acaba ficando acima da média numa ótima abertura da temporada de filmes de verão. Não por acaso a bilheteria do primeiro final de semana somou satisfatórios US$ 85,058,003.
Nota: 6.0
Não sou fã de quadrinhos, mas gosto da série.
ResponderExcluirEste filme solo do Wolverine é uma boa diversão e superior a confusa terceira parte da trilogia.
Abraço
O Wolverine é, provavelmente, o personagem mais carismático dentre os herois de “X-Men” e tendo a interpretação do Hugh Jackman, um ator muito querido, era até natural que ele alçasse um voo solo, longe da franquia. Pena que seja nesse filme, que é bastante irregular. Mesmo assim, ainda considero como um longa de ação que cumpre seu papel, já que entretém a plateia.
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