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domingo, 17 de junho de 2012

Crítica Honesta - Rock of Ages



Musicais são um gênero do cinema geralmente identificados com alegria e descontração. Eles são a marca de um “feel-good movie”, de entretenimento descompromissado que levanta os ânimos. “Rock of Ages” não é assim. Não. Ele é um dos filmes mais desprezíveis a serem exibidos nas grandes telas desde a ascensão de “Crepúsculo”. Em sua sessão eu vivi as duas horas mais desagradáveis de 2012 até então. Esse é um filme épico em sua podridão, um triunfo da estupidez juvenil e um lembrete sombrio das tendências que o cinema vem seguindo.


O QUE VOCÊ VAI GOSTAR:
  • ·         Algumas atuações dos coadjuvantes, como Tom Cruise, Alec Baldwin, Russell Brand e Paul Giamatti;
  • ·         Só.


O QUE VOCÊ NÃO VAI GOSTAR:
  • ·         As letras das músicas originais e as coreografias são vergonhosas;
  • ·         O excesso nauseante de músicas – o filme chega ao extremo de não dar nem dez segundos entre uma e outra;
  • ·         A narrativa é patética e o roteiro é insuportavelmente longo;
  • ·         Metade do elenco neste filme é inútil, pois seus personagens não têm nenhuma importância prática para a história;
  • ·        O filme é moralmente incoerente: ele vive pregando a busca pelo amor verdadeiro e os seus personagens (supostamente) o encontram na forma do sexo – o mais carnal e insensível possível;
  • ·         Os atores dos personagens principais – em especial os protagonistas – entregam performances lendariamente ruins;
  • ·         As músicas de terceiros são destruídas por performances temíveis e pela já citada coreografia;
  • ·         Catherine Zeta-Jones nos brinda com mais uma performance tenebrosa, retratando uma das vilãs mais irrelevantes que eu já vi. A atriz parece determinada a destruir a própria carreira;
  • ·         O filme tem ataques esporádicos e inexplicáveis de tosquice – como a cena entre Tom Cruise e Malin Akerman se lambendo como dois cães no cio;
  • ·         A montagem se usa de cortes excessivos para mascarar as péssimas coreografias. O filme possui um timing horrível e não sabe como passar de uma cena a outra sem causar confusão;
  • ·         A fotografia valoriza uma saturação de cores que deixa o público tonto após uns trinta minutos. Ela também exacerba tons escuros – o que é um tiro, pois 70% do filme se passa à noite.

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