Agora, sobre que raios é esse texto? Para quem
leu o título, já deve tê-lo descartado como “mais algo nada a ver com o tema do
blog”. Não creio que seja assim: este artigo será uma análise sobre duas
notáveis personagens femininas dos video games - Alyx Vance e Bayonetta (a.k.a.
Cereza) - e como o desenvolvimento feito sobre elas ajudou a forjá-las como
dois grandes exemplos para o feminismo. Estudo de personagens é algo sempre
desejável para os estudantes de artes narrativas (visuais ou não). O feminismo,
sendo um assunto em voga e capaz de render grandes discussões (e motes para
roteiro), também é “passável” como assunto deste blog. Mais importante, talvez,
seja que os video games se
desenvolveram de tal forma que tratá-los como arte não é mais vanguardismo; é
regra. Assim como o cinema, eles são uma arte narrativa e visual, e suas possibilidades
de criação ou inovação, recentemente, fazem as mais notáveis produções de
Hollywood ou do mercado indie
parecerem tediosos exercícios de autopromoção. Eu acho difícil jogar (ou mesmo
assistir alguém jogando) títulos como “Shadow of the Colossus”, “Portal”, “Dead
Space”, “Uncharted”, “Asura’s Wrath”, “Dark Soul’s” ou mesmo “Brain” e “Limbo”
e não reconhecer a imensa conquista artística de cada um.
Parece estranho falar de games para analisar o feminismo: assim como nos quadrinhos, eles
sempre foram um território marcadamente masculino e, portanto, palco para o
descarrego de suas maiores fantasias sexuais. Um game com uma heroína que não seja magra e extremamente bem dotada
(às vezes com uma proporção seio:cintura é tão esdrúxula que seria fisicamente
impossível na vida real), se é que existe, é uma sátira ou um produto de humor
anárquico. Quando não a heroína, então a mulher fisicamente pobre é uma vilã
(pensando bem, mesmo as vilãs se encaixam no padrão “gostosona”). Aqui, isso
não muda: as duas personagens que irei analisar são incrivelmente belas (uma
delas, impossivelmente bela). Mesmo assim, elas não seguem o mesmo
padrão de beleza, e ambas desafiam profundamente nosso conceito de
“sexualidade”. Como última nota, acho que nunca, sejam os homens ou a sociedade
como um todo, iremos admirar o físico de uma mulher gorda ou de rosto
assimétrico. Podemos respeitá-la pelas suas outras qualidades, da mesma forma
que um homem respeita e admira outro homem pela sua criatividade ou coragem,
mas nunca nos atrairemos por ela (veja: isso é no geral; sempre há casos
específicos que vão contra a regra). Há coisas que não conseguem superar a
biologia; se aprendermos a valorizar a natureza como ela é, podemos discutir o
feminismo com bases muito mais sólidas do que os conceitos utópicos forjados
por suas alas mais radicais.
Primeira personagem: Alyx
Vance
São inúmeros os motivos por quais “Half-Life 2”
deixou boquiaberto meio-mundo de gamers:
a narrativa, os visuais, a física, a interatividade, o design dos níveis... Um
dos mais marcantes foi o incrível carisma de seus personagens - e se for para
escolhermos apenas um, mesmo com o lendário Gordon Freeman na contenda, acho
que o mais lembrado, o mais amado de todos seria Alyx Vance.
Nascida em meio a uma crise nuclear e criada
durante a invasão e domínio da Terra por uma raça multidimensional orwelliana, Alyx não é do tipo que teve
às coisas entregues de bandeja. Ela também não é do tipo que se corrompe pelo
ambiente extremo; assim como muitos dos grandes personagens, ela herdou o
melhor dos dois mundos: o senso de urgência, independência e trabalho duro de
um mundo em colapso e a docilidade e bondade de um herói que sempre enxerga o
copo meio cheio. Alyx Vance é o arquétipo que mais associamos ao “feminismo”:
bonita, inteligente, trabalhadora, brincalhona e, acima de tudo, independente.
Como descreveu o site UGO.com em
sua lista de melhores personagens femininas dos games (e ela sempre aparece em listas assim), Alyx é o “tipo de
garota que você apresentaria aos pais”. Com uma mistura de traços europeus e
africanos, é uma morena de perfil delgado que consegue transformar mesmo uma roupa
jeans velha e rasgada em um figurino icônico.
De nenhum modo ela é feia, ou sequer ordinária: Alyx é tão atraente quanto
qualquer coelhinha da Playboy mas, estranhamente, sexo é a última coisa que
pensamos ao ver ou interagir com ela (talvez porque as condições não sejam
propícias - no enredo, o mundo está
acabando). Sua personalidade é tão forte, tão confiante, que atinge um estado
de plenitude. Alyx Vance conquista as pessoas por sua atitude; antes de uma
“parceira sexual”, como os homens freqüentemente vêem outras mulheres bonitas,
ela é uma amiga. Quase uma irmã.
O que não surpreende: durante o game, ela
auxilia ou salva a vida do personagem principal (um homem) no mínimo uma dúzia
de vezes. Versada em física quântica, ela consegue construir robôs de três
metros de altura com as próprias mãos, usando apenas partes sobressalentes. Bem
humorada e irrefreavelmente otimista, ela sempre está pronta para fazer um
comentário animador ou dar suporte mesmo na mais depressiva das situações. E
sabe manejar armas, não hesitando em partir para uma briga com os próprios
punhos ou salvá-lo com a ajuda de um rifle sniper
quando possível. Tudo isso, entretanto, é combinado com uma dose de
imperfeição: ela não tem medo de ceder emocionalmente e pedir por consolo
quando as coisas se tornam muito sombrias (creio que a cena do trem
descarrilado, no início de “Half Life 2 - Episódio Um”, partiu o coração de
todos que a viram). Ela comete erros e sabe reconhecê-los e se desculpar por
eles. Isso é o extremo oposto da “mulher Rambo”, a interpretação estereotipada
que Hollywood fez de uma “mulher feminista”: uma máquina de briga e sexo sem
sentimentos e imperfeições que doma o mundo como um peão de rodeio.
Alyx Vance é apaixonantemente humana; suas
imperfeições a completam. Agir ao seu lado dá ao jogador uma experiência única:
a de não usar ou ser usado por uma mulher, mas de fazer parte de uma dupla onde
os dois lados são igualmente importantes. Muitas vezes, você ajudará Alyx;
muitas outras, ela o ajudará. Em todas, serão experiência enriquecedoras e divertidas.
“Half Life” consegue, com uma mulher, construir um dos melhores espíritos de
“brodagem” já vistos em um jogo. Ainda assim, não creio que esse seja o cerne
do feminismo. O que constrói uma mulher “perfeitamente feminina” (é um termo
bem imperfeito, sei disso) é como todos esses sentimentos se harmonizam com sua
sexualidade.
E como Alyx Vance lida com o sexo e sua
inegável atratividade física? Bom, para responder isso, comparemo-na com nossa outra
analisada - para muitos, o seu extremo polar.
Segunda personagem: Bayonetta
Defender Alyx como um grande triunfo feminista
é fácil: ela é a mulher que todos os homens desejam ter e todas as mulheres
desejam ser. Sua doçura e inteligência a tornam alguém convidativo e
apaixonante. O verdadeiro desafio é promover a estonteante Bayonetta - ou Cereza,
para os íntimos - como tal. À primeira vista, Bayonetta é tudo que as
feministas moderadas (leia-se “sensatas”) odeiam; sem perder uma única
oportunidade para fazer poses provocantes ou tirar a roupa, esta feiticeira
destrói hordas de anjos e querubins como quem se diverte em um parque. Seu
físico, para roubar uma descrição de Junot Díaz, é tão provocante que “só um
ilustrador de quadrinhos ou um pornógrafo conseguiria retratá-lo sem peso na
consciência”: suas pernas potentes, curvas selvagens e seios avassaladores
desafiam as leis da natureza. Sem exageros: suas pernas são maiores do que o resto do corpo. Não é estranho, portanto, que seu game
homônimo tenha sido acusado de machista e insultante à dignidade feminina. Em um olhar superficial, a irrefreável Cereza
é a típica “mulher Rambo” hollywoodiana.
Eu discordo. De fato, o que me motivou a
escrever este artigo foi o perspicaz comentário de um internauta no YouTube
(pois é, existem textos relevantes nos comentários do site):
“Alguns culpam Bayonetta por rebaixar o valor das mulheres. Eu não
poderia discorda mais. Ela jamais se rebaixa; ela é forte, independente e faz o
que bem deseja. Ela não precisa correr atrás de homens porque tem plena
consciência de sua sexualidade, e se orgulha tanto dela que não hesita em
‘brincar’ com os homens por pura diversão. Aliás, em um game onde eles ou são maus ou incompetentes ou não fazem a mínima
idéia do que estão fazendo, ela é a figura estável. Podemos dizer que
Bayonetta dá às mulheres poder total.”
“Dark
Tider”, grifos meus.
Como
construção de uma personagem feminina, Bayonetta talvez supere Alyx. Esta segue
uma espécie de “porto seguro”, enquanto aquela nada contra a correnteza e joga
com todas as fantasias masculinas (muitos consideram o game um grande exemplo
de “fan service”). Cereza é a mulher
que todas as outras chamariam de “vadia” (mas invejariam em segredo); sua
primeira impressão nos homens é a de uma fúria sexual incontrolável:
Como
uma mulher tão descarada pode ser alguém admirável?! A verdade é que Bayonetta,
ao contrário de Alyx, só pode ser compreendida com o tempo, quando cessam as
impressões iniciais. Só assim podemos ver como ela é um panteão de segurança e
estabilidade, tão plena quanto a aventureira de “Half Life 2”.
A
figura dessa feiticeira nos força a repensar nosso entendimento de sexualidade.
Em uma sociedade onde “mulher boa” é casta, santinha e pura nas aparências (e o
contrário na cama), sustentando um tabu de que “sexo” não é algo a ser discutido
em alto e bom som, Bayonetta nos afronta com um espírito livre e divertido, sem
medo algum em exibir a beleza paralisante de seu corpo. Em nossa sociedade,
isso é negativo. Existem até explicações psicológicas (muitas vezes corretas) para
aquelas que se comportam assim: são garotas inseguras e traumatizadas que usam
o corpo para esconder sua fragilidade emocional. Um velho clichê de Hollywood:
as mulheres mais atiradas e abusadas ou são redimidas pela figura masculina ou
são simplesmente más. Ou robôs caricatos, como a Lara Croft de Angelina Jolie.
Por
isso que é tão perturbador passar horas jogando “Bayonetta” e não enxergar
nenhum - nenhum! - problema na personagem principal. Nada de conflitos
internos; nada de passados traumatizantes; nada de raivas reprimidas. Bayonetta
não usa seu sexualidade como um escudo; ela a usa com uma naturalidade que não
estamos acostumados a ver (se é que já vimos). Ela tem orgulho de tudo que faz
e não se incomoda em rir de si mesma (um dos “troféus” no jogo vem com a
personagem dizendo: “Eu devia ter sido
uma dançarina de pole dance!”).
Assim como Alyx, Bayonetta possui um otimismo inabalável, rindo e se deleitando
mesmo diante das piores situações (algumas cutscenes
do game são impagáveis, como a
personagem posando para fotos enquanto surra os oponentes ou finge desfilar em
uma passarela quando dispara com suas baionetas - daí o seu apelido). Por trás
do físico, há um cérebro invejável: com seu sotaque inglês suave, cada fala da
feiticeira parece um recital shakespeariano (os diálogos do game são gloriosos). Por vezes, ela
consegue dizer as maiores profanações e fazê-las soar adoráveis (“With all these people following me, I feel
like a fucking celebrity!”).
Vendo
além da sexualidade, o jogador/espectador se depara com algo chocante:
Bayonetta é tão doce e inocente quanto Alyx. Quando não tem ninguém a se
exibir, ela costuma dialogar consigo mesma e “pensar alto” enquanto caminha,
sempre desfilando. Ao interagir com pessoas que não conseguem acompanhar seu
ritmo, ela assume uma postura quase maternal. Mesmo suas piadas ficam mais
inocentes (“Escute, criança, há duas
coisas neste mundo que eu não suporto: baratas e bebês chorões. Bom, uma barata
chorona seria realmente assustadora, mas dá para entender.”). Bayonetta possui
um imenso respeito por todos com quem interage, conhecendo seus limites e
jamais os intimidando sem necessidade. Ela sabe que é imperfeita e, nos raros
momentos em que perde o controle da situação, não esconde seus medos. Se
precisar, ela se desnuda (emocionalmente, rapazes) e revela sua imensa
sabedoria e doçura (minuto 5:18):
Bayonetta está em perfeito contato com sua sexualidade. Ela jamais se preocupa com homens ou se abala com frivolidades. Por que se abalaria? Ela sabe que é estonteante e que não há nada demais nisso. O sexo, para ela, é tão natural que não precisa ser escondido, e a mesma coisa vale para sua contraparte, Alyx.
Onde reside o feminino?
Alyx
e Bayonetta são duas faces da mesma moeda. Excluindo-se as aparências e tudo
que é rasteiro, a essência é a mesma. A delicada e alegre cientista de “Half
Life 2” é feita da mesma matéria que a ousada e atirada feiticeira de
“Bayonetta”. É nelas que jaz o verdadeiro espírito da feminilidade e, devo
dizer, todo o cerne do “feminismo”.
Os
maiores inimigos das mulheres não são os homens, o machismo ou a sociedade.
Creio que o maior obstáculo sejam elas mesmas. Poucas são as mulheres que estão
em toque com sua sexualidade; mesmo muitas das ditas “feministas” se preocupam
com o que os outros vão dizer se elas “chegarem” em um homem ou fizerem uma
piada sobre sexo numa roda de conversa. A maioria dos problemas femininos são
resultantes de sua insegurança consigo mesmas: o sexo continua sendo algo que
jamais deve sair das quatro paredes. Ser bonita se torna um fardo, pois elas
fazem questão de se comportar na fina linha social que separa a “decência” da
“vadiagem”; parecem equilibristas ou uma presa diante do predador: qualquer
movimento em falso pode destruí-las - ou melhor, destruir suas “reputações”.
Quando se cansam de “andar na linha”, as mulheres cometem o erro básico de
desabarem no outro extremo: quando não são recatadas, são vadias. Elas fazem
tanto alarde quanto ao próprio corpo que ficam intimidadoras. Depois, não
passam de seres fúteis e caricatos.
Alyx
e Bayonetta não são nada disso, pois simplesmente não se importam com nada. O
sexo para elas é tão “vergonhoso” ou “polêmico” quanto a respiração, e a
diferença entre as duas reside na personalidade: enquanto uma se diverte mais
com ciência, a outra não perde a oportunidade para dançar e provocar. Ambas
agem como querem, fazem o que fazem por que isso lhes dá prazer e não agride
ninguém. Essa é a independência tão alardeada pelas feministas: não uma revolta
contra os homens, mas uma paz de espírito com si próprias. Nada de se retocar
no espelho ou se preocupar com as calorias de um alimento. Nada de se preocupar
com a reputação ou se os homens estão interessados nelas. Nada de buscar por
atenção ou agir por motivos escusos. Alyx Vance e Bayonetta são (e sabem que
são) deusas, divas, grandes exemplos de vida.
Quando
se atinge tal nível de segurança, tudo mais é supérfluo.
De volta o mundo real...
É
fácil dizer e dificílimo fazer. Qualquer um pode criar um arquétipo perfeito,
um modelo de vida inspirador e admirável; bastam certo talento e prática nas
artes narrativas. Eu sei que há todo um universo de fatores que influenciam o
comportamento feminino contemporâneo: pressões familiares e da sociedade,
traumas, conflitos, desavenças... Eu sei que essas velhas pregações (“seja você
mesmo”, “confie em si mesmo”...) são tão difíceis de serem praticadas que ou as
ignoramos como clichês sem valor ou tratamos como objetivo inatingível. Eu sei
disso tudo.
Infelizmente,
as soluções para nossos problemas quase sempre são estas verdades
inconvenientes, e os caminhos mais fáceis são os mais inúteis. Por mais que uma
mulher esteja sobrecarregada de estigmas, por mais que seu passado a incentive
a culpar os outros por seus problemas, o ônus da recuperação será sempre delas.
A última grande batalha das feministas não é contra a sociedade; é contra si
mesmas. Elas podem ignorar suas inseguranças e jogar a culpa em outrem - o que
será improdutivo, porque os culpados pouco se importam com suas vítimas - ou
podem enfrentá-las e superá-las. Ao contrário do que os livros de auto-ajuda
fazem parecer, alcançar a autoconfiança é um processo doloroso, exaustivo e sem
meios-caminhos. Mas é o único que temos.
Um
recado para as mulheres: uma ótima forma de começar é NÃO tentando ser como as personagens que acabei de descrever. Não
tentem ser como Alyx, Bayonetta, Betty Friedan, Judith Butler, ou Simone de
Beauvoir. Não tentem ser como ninguém. Vocês jamais descobrirão o seu “eu” se
viverem baseando-se no “outro”. Apenas aprendam essa lição e divirtam-se com
vida.
Uma personagem que também acho interessante, e "meio" entra nessa questão de feminismo é a Liara do Mass Effect. Na verdade citei ela só como um símbolo porque toda a sua raça (ela é uma alienígena, chamadas de Asari) são grandes motivos de discussões sobre o assunto.
ResponderExcluirAs Asari possuem apenas um gênero, que não pode ser definido como masculino nem feminino. Mas ainda sim, apresentam traços femininos e maternais característicos da raça humana. Elas são dubladas por mulheres, possuem aparência feminina como a presença de seios, e podem se relacionar com qualquer ser, sendo da mesma raça ou de outra qualquer. Isso acontece por causa dos meios de reprodução, que são bem diferentes dos humanos. É um processeo chamado de "melding", em que ela e o parceiro meio que fusionam seus sistemas nervosos através de estímulos elétricos pelo contato da pele, tudo controlado pelo poder psíquico natural das Asari. Dessa forma elas copiam as características genéticas do parceiro e implementam nos genes, apesar de que, a cria não receberá DNA algum do parceiro, nascendo 100% Asari, mas com características do parceiro que definem sua personalidade. No momento presente do game, as Asari são uma das raças mais evoluídas do game, tendo evoluído as viagens interestelares mais rápido que qualquer outa raça inteligente. E passam por uma procura pela diversidade genética e cultural ao se relacionarem com parceiros de outras raças, gerando um leve preconceito às Asari "pureblood", aquelas que nascem provenientes de duas Asari. Acreditam-se que desta forma, a cria é pobre em linhagem e tem pouco espaço a evoluir na sociedade. Sociedade que é amplamente conhecida por sua benevolência e preferência a diplomacia do que a impor conflitos.
Por isso e muitas outras coisas, as Asari são vistas no universo do game como promíscuas por sua sensualidade natural e sua capacidade de reprodução. E também, se apresentam como uma das melhores opções para se desenvolver um relacionamento (o que é possível no game) sendo o gamer hétero ou homossexual. Cada gamer, se distinguindo em seus gostos e suas opções sexuais, acabam desenvolvendo alguma forma de afeto com os indivíduos dessa raça e especificamente com Liara, uma personagem em que é possível construir uma relação desde o primeiro título da série (esse ano fechou a trilogia). Liara é uma pureblood, de apenas 60 anos, vale destacar que essa raça pode viver mais de mil anos, então ela ainda está numa fase de descobertas, e além de tudo é uma cientista, mais especificamente arqueóloga de ruínas de civilizações avançadas antigas, que possui muito a ajudar você, o protagonista.
Por sua linhagem, Liara é frágil e totalmente nerd o que não precisa dizer que ela não desenvolveu bem o seu lado social. E ao se juntar a você e suas missões, ela acaba que conhecendo pela primeira vez em sua vida, o afeto por alguém, e cabe a você desenvolver a relação ou não. Com o avançar do tempo, no 2º e 3º game dá para se perceber uma evolução incrível na personagem, que ganha muito mais confiança, sendo por estar ao seu lado como team mate ou como interesse amoroso. Sua insegurança e timidez somem e tomam conta uma grande capacidade de liderança, trabalho em grupo, persistência e independência.
ResponderExcluirComo disse no começo, apesar da raça ter um gênero que não pode ser definido pela dicotomia de fêmeas ou machos, as Asari e em especial a Liara, são uma das coisas mais sensacionais que já vi na tentativa de um estúdio, mais especificamente de um roteirista, de trazer um público feminino a ter voz e presença no mundo dos games. E funcionou bastante. Dos jogos que joguei, Mass Effect e garotas são lugar comum. São tão presentes como os homens. E como você falou nesse post Diogo, esse universo gamer é muito machista, mas o que vi em Mass Effect foi uma boa lição de como integrar todo tipo de público para a apreciação de um game. Um caminho que precisa ser seguido por outras grandes empresas que ainda visam somente no mercado masculino.
Desculpe pelo tamanho do comentário me empolguei, o assunto é muito bom de falar heheheh
abraço!
Asari: http://masseffect.wikia.com/wiki/Asari
Liara: http://masseffect.wikia.com/wiki/Liara_T%27Soni
Evitei falar de Mass Effect porque nunca o joguei, e esse eh o tipo de game que soh presta quando jogado; assisti-lo somente nao tem o mesmo efeito.
ResponderExcluirP.S.: esse foi um reply relâmpago; ainda nem li seu comentario inteiro.
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