Quando Premonição (Final Destinantion,
2000, James Wong) chegou aos cinemas, causou certo frisson por fugir à fórmula
“assassino-persegue-adolescentes” por não possuir um antagonista que não
poderia, em tese, ser derrotado: a Morte. Como todo o ambiente que circundava
os personagens representava perigo, as mortes podiam se dar ao luxo de ter dois
aspectos em falta no gênero de terror adolescente no final dos anos 90:
imprevisibilidade e criatividade.
Em Premonição 2 (Final
Destination 2, 2003, David R. Ellis), o personagem de Alex Browning foi
limado, dando lugar às premonições de Kimberly, jovem que começa a narrativa
saindo de carro com os amigos rumo a um acampamento na floresta, quando tem uma
premonição de que todos os envolvidos em um acidente na rodovia que os conduz a
seu destino serão mortos. Depois dessa visão, ela fecha o caminho de todos na
estrada e, ao verem que o acidente, de fato, se confirmou, todos são levados à
delegacia, onde conhecemos os personagens que serão mortos, um a um das mais diversas
formas. Preocupados, recorrem à única sobrevivente do primeiro filme, Clear
Rivers, que lhes guia pelo impiedoso plano da Morte de lhes infringir os
maiores sofrimentos para cumprir o Destino Final de cada um deles.
Com a fórmula estabelecida no primeiro longa, coube aos roteiristas Jeffrey Reddick e J. Mackye Gruber dar um Ctrl+L no roteiro original e substituir os nomes dos personagens e os locais onde moram, cabendo a direção a David R. Ellis, que, com sua carreira de dublê, parece focar suas energias nas cenas de ação e explosões, esquecendo que por trás de cada uma delas, deveria haver um enredo e personagens com quem poderíamos tentar nos identificar. Com a profundidade de um pires, as personagens vão sendo defendidas por um elenco que tenta até oferecer alguma interpretação mais interessante – caso de Ali Larter e Justina Machado -, mas que não conseguem ultrapassar a barreira dos estereótipos da mitologia do filme: a heroína pré-cognitiva, o aliado, o cético, a insuportável, o desleixado e a cuidadosa.
Quanto aos elementos que Ellis se utiliza para dar vida à história, posso dizer que, se vemos algumas mortes até certo ponto criativas, o suspense por vezes se esvai por certas cenas extremamente gratuitas e repentinas que pouca diferença fazem para as próprias personagens. Acrescentando alguns elementos à mitologia – mesmo que forçados ou pouco interessantes –, como a possibilidade de “criar um nova vida” para enganar a Morte e das relações que todos os sobreviventes possuem com os personagens do filme anterior, este segundo longa faz pouco pelo gênero terror ao se deixar conduzir pela simples repetição de uma receita que deu certo em um dado momento.
PS.: Se as cenas iniciais são bem executadas na execução do acidente, a cena final é de uma bizarrice e gratuidade que consegue piorar uma sessão que já não era tão boa.
Quanto aos elementos que Ellis se utiliza para dar vida à história, posso dizer que, se vemos algumas mortes até certo ponto criativas, o suspense por vezes se esvai por certas cenas extremamente gratuitas e repentinas que pouca diferença fazem para as próprias personagens. Acrescentando alguns elementos à mitologia – mesmo que forçados ou pouco interessantes –, como a possibilidade de “criar um nova vida” para enganar a Morte e das relações que todos os sobreviventes possuem com os personagens do filme anterior, este segundo longa faz pouco pelo gênero terror ao se deixar conduzir pela simples repetição de uma receita que deu certo em um dado momento.
PS.: Se as cenas iniciais são bem executadas na execução do acidente, a cena final é de uma bizarrice e gratuidade que consegue piorar uma sessão que já não era tão boa.
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