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A estréia do longa-metragem humorístico "Vida de Calouro" foi marcada pela agitação: durante a sessão, risos e aplausos; após, um debate não só sobre a Universidade Federal de Sergipe como também de críticas e elogios à produção.
O filme, com duração aproximada de uma hora, contou com a presença de alunos e funcionários da UFS e dividiu a opinião do público. "O que está sendo mostrado no filme não é a UFS como um todo. É um bom filme, levando-se em conta a sua proposta, mas não é um filme que mostra a realidade total da UFS", comentou o funcionário administrativo Gerri Araújo.
"É uma obra hilária e uma iniciativa extremamente corajosa", comentou o aluno de Direito Bruno Santana. Aspectos técnicos também foram elogiados, como na opinião de Camila Burity: "Eu quero parabenizar principalmente o uso da trilha sonora, que está simplesmente perfeito." O professor Afonso Nascimento comentou que a obra "possui lampejos de genialidade" e notou que "em umas horas, parece um filme de Michael Moore e, em outras, segue um estilo meio Orson Welles".
Mas a aceitação não foi unânime. Durante a sessão de debates, aberta após a conclusão do filme, houve uma acalorada discussão entre os defensores e os descontentes com a produção. "Eu vim aqui com uma idéia totalmente diferente da que foi apresentada. Parabenizo a iniciativa, mas nada além disso. O nível do humor é muito baixo, simplesmente desrespeitoso", disse um aluno de Comunicação Social. Participantes do movimento estudantil "Chega de Migalhas" criticaram a forma com que foram retratados na obra:
"Este filme não retratou a real natureza de nosso movimento nem forneceu informações corretas ao seu respeito. Uma parte da obra dizia que nossas exigências foram atendidas pela Reitoria, o que não ocorreu, e ainda estamos lutando por elas."
"O humor deste filme chega a ser extremamente desrespeitoso com o movimento e passa uma idéia totalmente equivocada sobre nossa luta."
"Isso não é um documentário e nem mesmo pode ser considerado um 'filme'. Está mais para as esquetes do 'Pânico na TV'. A obra não se compromete com nada e nem mesmo procura retratar a fundo os problemas da UFS."
Entre as opiniões contrárias:
"Eu não vi nenhum tipo de desrespeito no humor desta obra. É claro que a obra não retrata profundamente a UFS, mas esta é a proposta dela, não é? Para o que ela se propôs, é uma produção muito bem feita."
"Nunca foi intenção do dele (diretor do filme) retratar o movimento estudantil. Isso é tarefa de vocês (integrantes do movimento "Chega de Migalhas"). Não é trabalho dele entrevistar os integrantes do DCE, mas o de vocês! Ele fez uma obra com uma proposta que nada tem a ver com a de vocês e, em todos os anos em que eu estudei nesta universidade, eu nunca vi um aluno lançar uma iniciativa como esta. Vocês, que deveriam justamente ter feito algo parecido, não fizeram nada!"
A exibição do filme também foi acompanhada e coberta pelo programa "Olha Aí", da TV Aperipê, cujas reportagens são exibidas nos sábados, ás 20:30 (horário local), com reprises nas quartas-feiras, às 23:00 (horário local).
*Poucas fotos ficaram em posse do diretor Diogo Cysne. As imagens capturadas pela equipe do Olha Aí serão apenas exibidas na TV Aperipê.
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