Foi numa sessão tranquila e de poucos espectadores que se iniciou oficialmente, nesta última sexta-feira, 07/10, a mostra “Dario Argento e seu mundo de horror”, providenciada pelo Festival do Rio para ser exibida no CCBB-RJ, como homenagem ao cineasta italiano, injustamente esquecido ou inexistente para o grande público.
Para os que esperavam uma grande legião de fãs se engalfinhando em filas para conseguir um assento para o mítico Profondo Rosso, grande decepção: além de sobrarem lugares dos míseros 102 disponíveis, poucos dos espectadores eram os realmente fãs do diretor. Confesso que nunca fui dos maiores admiradores de Argento (sempre preferi Bava, com sua fotografia transcendental), mas me recuso a ir à qualquer mostra sem ter conhecimento prévio algum sobre o diretor. Os comentário feitos pela maioria presente eram do tipo: “Que filme nós vamos assistir agora?”, “Quem é esse tal Dario Argento?”, etc.
Dadas as devidas proporções, apesar de não ser um absoluto sucesso (como foi a última mostra, do Mestre do Suspense, Alfred Hitchcock), a mostra retrospectiva de Dario Argento serviu antes de tudo para apresentar o realizador ao público do Rio de Janeiro Int’l Film Festival (esse sim, muito frequentado) o que, certamente, acarretará num interesse futuro por parte do público carioca e de todo o Brasil.
O mesmo acontece com o incentivo à obra de Bela Tarr, diretor húngaro do célebre Satántángó, que terá toda sua filmografia exibida em Institutos e cinemas filiados ao Festival, incluindo o testamento de sua carreira, de acordo com suas próprias palavras: “O Cavalo de Turim”, candidato pela Hungria à uma indicação ao Oscar 2012.
Para os interessados em ambas as mostras visitem a página do Festival:
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