Encontre seu filme!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

WALL•E (2008)


Pixar. A mais nova fábrica de sonhos norte americana. Essa afirmação não é mais novidade para ninguém, desde sua ascensão na década de 1990, o estúdio vem conquistando seu espaço no cinema, e conseqüentemente, atraindo mais e mais o público com suas produções belas e suas animações mágicas. Os projetos da Pixar preenchem os olhos e encantam as mais variadas idades. Isso antes ficava a cargo da Disney, bem, há quem compare (para um lado negativo) os dois estúdios. Errôneo. Pois cada um destes teve sua relevância ao público. Um desde a sua época de ouro ocupa espaço no coração e na infância de muita gente (inclusive na minha), o outro faz parte de um período mais atual, igualmente mágico, porém faz parte da infância de uma geração mais moderna (talvez por isso as animações sejam sempre em CG). O Caso é que são épocas diferentes, mas o importante é que cada uma, a seu modo, consegue cativar e emocionar de uma forma arrebatadora.

WALL•E, estamos falando de uma das animações mais lindas já produzidas. Andrew Stanton mais uma vez firma-se como um criador incrível, capaz de nos remeter a um universo ímpar, dotado de beleza e magia que só uma animação tão sofisticada quanto esta poderia fornecer. Conta a história do planeta terra, que agora não é mais habitado pela raça humana, tudo que ocupa espaço lá são toneladas e toneladas de lixo, resultado da ação dos homens enquanto vivos, então para reciclar todo esse material aparentemente dispensável, existem pequenos robôs programados para esta tarefa, mas com um tempo todos pararam de funcionar, todos, menos um. WALL•E é diferente de qualquer robô já criado, pois ele possui sentimentos e parece, através de toda a devastação do planeta, entender o sentido de tudo.



Tudo pesa positivamente a favor desta animação. Desde sua estética deslumbrante a seu belo roteiro. Porém nada aqui é construído de uma forma forçada ou desagradavelmente sentimental. Absolutamente. Talvez a maior beleza de WALL•E seja justamente sua naturalidade, sua beleza interna e externa, sem soar de maneira alguma extravagante ou apelativo. A contribuir com esta afirmação, temos uma cenografia impecável, visualmente o filme é um deleite para os olhos de seu público. A estética (especialmente em sua primeira parte) é magnífica, e faz juz a qualidade do trabalho da Pixar, que ressalto, possui as mais belas animações destes últimos anos.

WALL•E, além da qualidade gráfica que salta os olhos, possui um argumento e uma mensagem ecológica relevante, neste aspecto, não temos um produto revolucionário ou de grandes proporções, temos sim uma premissa interessante com resoluções ambientais contundentes, que funciona aos padrões do gênero animação. A primeira parte (sem diálogos) possuí as imagens mais belas destes últimos anos para a animação, além de ser algo bastante incomum, uma animação que consegue brilhar intensamente justamente nos momentos em que permanece em silêncio.



Na segunda parte, porém, encontra-se a falha mais perceptível, isso porque toda a magia do primeiro momento diminui quando somos apresentados a uma animação convencional, com características e elementos de um exemplar comum, isso analisando de uma ótica geral não poderia ser considerado uma falha, mas ao observarmos o desempenho de suas primeiras cenas, vemos uma descida, não brusca é claro, porém diminutiva a um projeto de projeções tão grandes.

Sobre qualquer problema mencionado, WALL•E encontra-se num patamar mais elevado que qualquer animação convencional. Este brilhante trabalho da Pixar além de todo o encanto que proporciona a seu público, consegue ser relevante principalmente analisando-o no prisma cinematográfico. E por um bom tempo a marca do estúdio vai permanecer com grande status, proporcionando mais e mais obras dotadas de muito brilho e magia. Quanto a isso, só temos a agradecer.

Nota: 9.0



Um comentário:

  1. A melhor animação da história do cinema, lindaço, extremamente emocionante e significante para a nossa época.

    ResponderExcluir