Um filme pra fazer Stanley Kubrick se revirar no túmulo.
O que é uma pena. 2001: Uma Odisséia no Espaço, um dos grandes filmes de Stanley Kubrik, é o principal alvo desta comédia absurdamente sem graça, isenta de criatividade e cheia de mau gosto. Digo que é uma pena pois, se o material tivesse sido melhor estudado (sim, até comédias, por mais besteirol que sejam, precisam ser analisadas), poderia ter saido uma interessante paródia do clássico de Kubrick.
O argumento central explora a clonagem do presidente americano - aqui, ainda Bill Clinton (Damien Masson). Pintux (Leslie Nielsen) é o agente enviado ao planeta Vegan para estourar o centro ilegal de clonagem, dirigido por um certo dr. Pratt (Peter Egan) e sua assistente escultural (Alexandra Kamp-Groeneveld). A missão do agente atrapalhado é resgatar o verdadeiro presidente, preso em Vegan, e recolocá-lo no poder, para o que conta com a ajuda da atlética lourinha Cassandra Menage (Ophélie Winter).
É impressionante como o filme retalha tudo o que fez a obra de Kubrick ser tão famosa. Cenas clássicas, como a cena do monolito negro, são transformadas em momentos estupidamente vergonhosos, que nem merecem ser comentados aqui. São cenas com piadas rasteiras e infames, e facilmente esqueciveis após o término do filme.
Leslie Nielsen, lembrado somente (e injustamente) pelos filmes Apertem os Cintos... O Piloto Sumiu! e Corra que a Polícia Vem Ai está em um de seus momentos menos inspirados, onde seus trejeitos pouco, ou nada fazem para ajudar. A parte técnica, então, é uma verdadeira vergonha, mesmo para um filme como esse que não deseja ser levado a sério. Efeitos especiais inferiores ao filme de Kubrick (que é da década de 60!) e um trabalho de maquiagem horrendo são o que mais se destacam.
2001: Um Maluco Perdido no Espaço acabou sendo um projeto com boas intenções, mas que deu muito errado. Completamente passável, não vale nem como curiosidade.
Nota: 1.0
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