Encontre seu filme!

terça-feira, 1 de março de 2011

A Bússola de Ouro (2007)


O ponto de vista apresentado neste comentário se baseia, somente, pela história apresentada no filme, sem qualquer referência ao livro do qual o filme foi adaptado, pois não conheço a obra de Philip Pullman.


A Bússola de Ouro é um filme bastante razoável que não fez muito sucesso, mas poderia ter sido muito melhor e, talvez, até se tornado um clássico do gênero fantasia por vários motivos:


Motivo nº 01: O filme é baseado somente no primeiro livro da trilogia de Pullman, e por isso não há um final e sim continuações, mas como o filme não fez o sucesso que foi planejado, isso não aconteceu. Ora, se as tais continuações só fossem feitas se o filme gerasse lucros, o diretor e os roteiristas poderiam ter juntado as três histórias em um filme só. Isso seria perfeito, pois A Bússola de Ouro não chega a duas horas, muitas das suas cenas são dispensáveis e o filme teria começo, meio e fim.

Motivo nº 02: O filme cai em muitos clichês e, em suma, é uma história maniqueísta. Talvez algo normal no mundo dos filmes do gênero fantasia para crianças (leia-se filmes comerciais hollywoodianos, na sua grande maioria).

Motivo nº 03: O mundo paralelo no qual o filme se passa é pouquíssimo explorado. Esse é, para mim, o motivo mais forte. Parece que na obra de Pullman tal mundo é bem construído, pois há vários detalhes como, por exemplo, a substância misteriosa – o pó –, a manifestação da alma em forma de animal – os deamons – e por aí vai, mas Chris Weitz não se aprofunda nesses aspectos no seu filme. Uma grande pena!

Motivo nº 04: A construção de um personagem principal é bastante clichê – a menina Lyra, que é uma líder nata e bastante corajosa para sua idade. É aquela que manda no pedaço mesmo sendo criança, coisa que já vimos em montes e mais montes de filmes desse gênero.

Motivo nº 05: Com exceção de Lyra, os outros personagens ficam em segundo plano. Daniel Craig quase não aparece e Nicole Kidman aparece um pouco mais. Mesmo assim, os nomes que aparecem em quase toda a publicidade do filme são os deles. Além disso, os personagens não são construídos de uma forma complexa, ou são do bem, ou são do mal.


Mesmo assim, A Bússola de Ouro não é o pior dos filmes. Os efeitos especiais e a fotografia são maravilhosos. Apesar disso, na construção do mundo onde se passa a história não há grandes diferenças do mundo em que vivemos (a principal diferença são os daemons) o que não atrapalha a história. E a cena em que os ursos polares lutam também é muito rica visualmente, mas não é tão agonizante quanto poderia ser.

No final, chego à conclusão de que os filmes de fantasia são estranhos comigo, ou eu os amo, ou os odeio. Mas isso não aconteceu com A Bússola de Ouro que foi um filme que eu gostei razoavelmente e que eu ainda espero por uma continuação (mesmo quatro anos depois), pois vejo potencial na história e no mundo criado por Pullman.

Nota: 5,0


Nenhum comentário:

Postar um comentário