Encontre seu filme!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Um Jantar para Idiotas (2010)


Se existe um gênero que já está mais que desgastado, é a comédia. Muitas piadas, que antes faziam o público chorar de rir, hoje nem mesmo conseguem arrancar um esboço da boca. Não apenas limitando-se a reciclagem de piadas, a fórmula do gênero também já se mostra cansada, e são poucos os que arriscam ir contra ela. Claro, vez ou outra surgem algum exemplar que apresenta um bom nível de qualidade, e que parece que irá trazer algo de novo ao gênero. Exemplos disso são os recentes Um Parto de Viagem e o bobo, mas não menos divertido, Uma Noite Fora de Série. São filmes que, além de utilizarem os clichês ao seu favor, apostasm, principalmente, no talento cômico de seus protagonistas, fazendo com que muitas situações, antes vergonhosas, pudessem se tornar, no minimo, engraçadas. Infelizmente, este não é o caso de Um Jantar para Idiotas, mais novo e decepcionante exemplar do gênero.

Refilmagem de O Jantar dos Malas, de 1988, o filme traz Paul Rudd como Tim, um profissional que descobre que seu chefe tem um costume peculiar: a cada mês ele organiza um jantar onde seus executivos preferidos devem levar convidados idiotas só para que os outros tirem sarro. E pra entrar nesse hall dos preferidos, Tim deve levar alguém assim. É quando ele esbarra em Barry (Steve Carell), um taxidermista que adora retratar ratos, não tem nenhum traquejo social e é cheio de manias. Tim percebe que é a oportunidade perfeita e convida Barry pro jantar. Porém, Barry vai por engano à casa de Tim 24 horas antes do combinado e nesse tempo ele, sem querer, vai arruinar a vida do executivo.

Assim como nos filmes citados anteriormente, Um Jantar para Idiotas aposta em situações embaraçosas, diálogos semi-engraçados e algumas gags visuais, na tentativa de fazer o espectador rir. Alguns momentos até funcionam, mas falta ao diretor Jay Roach (Entrando Numa Fria Maior Ainda com a Família) mais talento e precisão para se trabalhar com estas situações, algo que Judd Apatow, por exemplo, consegue fazer muito bem (e a comparação é válida, já que Um Jantar para Idiotas lembra bastante os filmes de Apatow).


Enquanto que a direção de Roach segue apenas no piloto automático, Rudd e Carell são os principais motivos para que o filme consiga apresentar alguns momentos, no mínimo, interessantes. A dupla, já figurinhas carimbadas em filmes do mesmo estilo (vale lembrar o show que Paul Rudd deu em Eu Te Amo, Cara), são os principais responsáveis pelas (poucas) risadas que o filme consegue proporcionar, apostando principalmente na boa dinâmica entre os dois (ainda que, por vezes, ela soe um tanto exagerada). Carell, novamente, prova que é um dos melhores comediantes da Hollywood atual, evitando que seu personagem caia para o caricato, ou que soe estereotipado.

Mas nem isso foi capaz de colocar Um Jantar para Idiotas no topo das “surpresas do gênero”. O saldo final não é ruim, mas fica a impressão (ou a certeza) de que poderia ter sido muito melhor, caso não fosse tão mal aproveitado nas suas tentativas de fazer rir. Apenas os que viram poucos filmes do gênero conseguirão arrancar algo de realmente positivo desta salada de piadas óbvias e situações clichês.

Nota: 5.0

2 comentários:

  1. Gosto do Steve Carell mas esse filme não me chamou atenção. Mas talvez eu veja. =D

    ResponderExcluir
  2. MInha opinião talvez nao seja de muido agrado.
    mas eu gostei do filme... (nao levei o ritmo do filme no genero comédia).
    Depois que comecei a assistir o filme, achei que ele levou mais para o lado drama.
    Por isso que gostei, sou fã de dramas.
    A história do "idiota" (carell) é triste.
    A vida que ele tem, perdeu a esposa, é convidado par aum jantar para ser "zuado".
    E ele nao passa de uma bom amigo, que quer fazer o bem para todos e alem de ser um extraordinário artista...
    Eu gostei sim do filme, em algumas cenas até me emocionei.

    ResponderExcluir