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domingo, 29 de maio de 2011

Grease - Nos Tempos da Brilhantina (1978)

(Grease - Nos Tempos da Brilhantina, musical de 1978 dirigido por Randal Kleiser, inspirado na peça de teatro escrita por Warren Casey e Jim Jacobsque, marca o “lançamento” do ator John Travolta e da atriz Olivia Newton-John. Nele, o mundo dos anos 50 é retratado de forma bastante fiel. Pode ser pelo fato de o filme se passar poucos anos depois dessa década, mas isso não importa. Grease é a “saudade de um tempo não vivido”.

Depois do sucesso de Embalos de Sábado a Noite, 1977, e de provar que sabe dançar, Travolta protagoniza esse outro filme com temática musical, só que agora, ele canta e encanta. Em uma interpretação maravilhosa, que arranca suspiros das mulheres até hoje (minha mãe é a prova viva disso), a marca que foi deixada pelos anos 50 é reproduzida brilhantemente, em todos os sentidos da palavra. Travolta vive Danny Zuko, jovem descolado e popular que conhece Sandy nas férias, e passa a viver um amor verdadeiro.

Olivia Newton-John, estreante no cinema, vive Sandy Olsson, uma estudante imigrante que conhece Danny numa paradisíaca praia e se apaixona perdidamente, mas ela tem que voltar para a Austrália, onde vive, e o romance chega ao infeliz final. O que ambos não contavam era que haveria uma mudança de planos, e Sandy iria ficar e estudar na mesma escola de Danny. Mas ele, espalhando a história e regando sua reputação de “pegador” (com a incrível música "Summer Nights", sucesso até hoje – cantemos: “Tell me more, tell me more!"), tem que esnobar Sandy quando a vê, partindo o coração da bela. Esse relacionamento é um prisma dos que aconteciam naquela época, onde o status social valia ouro (nada diferente de hoje, para falar a verdade).


Grease conta a história de adolescentes e suas avassaladoras paixões e situações. Frenchy, com sua inigualável voz e personalidade; Betty Rizzo, a durona e líder da “gangue” Pink Ladies; Kenickie, melhor amigo de Danny (que tem uma das melhores cenas do cinema, a do abraço), e todos os estereótipos que reinavam naquela época, como os Três Patetas.

O figurino, muito bem montado, inegavelmente remete aos anos de “dancing days”, e suas maravilhosas discotecas. As músicas, cargo chefe do filme, são hipnotizadoras e grudentas, tanto que fizeram sucesso tremendo na época, indo para o todo das paradas (como “Hopelessly Devoted To You”, tema de Sandy, que concorreu ao Oscar de Melhor Canção Original; "Grease"; “Look At Me, I'm Sandra Dree” - impagável-; “We Go Together” e a mais conhecida “You’re The One That I Want", hit teen que dominou o mundo – quem nunca cantou o refrão “You’re the one that I want, you’re the one that I want, uh, uh, uh, honey!”?).

Mas, para nós, mortais do século XXI, o que devemos tirar de Grease? Primeiro: não devemos julgar o filme antes de vê-lo. Quando minha mãe alugou, dizendo que “fez parte da sua história”, falei “deve ser podre, filme de velho”. Bati na boca, o filme é magnífico. Segundo: nós vivemos em uma era de músicas tão supérfluas e artificiais que esse filme quase me fez chorar. Como eu queria ter vivido naquele tempo. Como eu queria ter dançado aquelas músicas. Como eu queria ter sentido aquela vibração, fato que transcorre por todo o filme.


Então, além de servir como ótimo entretenimento (praticamente um anti-depressivo contra os patéticos dias modernos), Grease é uma viagem há um tempo colorido, quente e dançante, onde não vivenciaremos um tão cedo. Posso estar errado, mas é o que tudo indica.

E só para constar, a Sandy malvada é de tirar o fôlego!

PS: O cd com a trilha sonora do filme é o 3º álbum mais vendido de todos os tempos, segundo o Media Traffic, e o filme é considerado o 20º maior musical.


Nota 9.0

4 comentários:

  1. Mandou muito bem, Gustavo. Parabéns. E continue surpreendendo!

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  2. É um divertido musical, muito mais leve que "Os Embalos de Sábado a Noite" por exemplo.

    Tem ainda a beleza de Olivia Newton John.

    Abrçao

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  3. Esse filme é ótimo, não é a toa k encantou uma geração e vem encantando!

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  4. o melhor filme q eu assistir e ainda com o sucesso de jonh travolta é um maximo

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