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domingo, 15 de maio de 2011

Ratatouille (2007)


Se uma arte apenas já é algo genuíno de se acompanhar, o que dizer sobre a união de duas, com o propósito de encantar o público? Ratatouille é uma mesclagem entre a arte cinematográfica e a arte culinária, juntas sobre o prol do entretenimento nesta belíssima animação dos estúdios Pixar. É louvável a um filme saber unir com maestria a beleza e a consistência de seu conteúdo, no caso de Ratatouille, a uma belíssima parceria entre as imagens e sua mensagem central, bem como esta união funciona também na inventividade de seu roteiro, afinal, é no mínimo interessante acompanhar as aventuras de uma amizade improvável (um rato e um cozinheiro), e é claro, ver o simpático protagonista preparar refeições maravilhosas.

Esta idéia da figura do rato como cozinheiro chef remete-nos a crer ainda mais no potencial de originalidade dos estúdios de animação Pixar, que tende a criar histórias fantásticas e modelá-las com muito esmero e carinho, entregando a seu público obras cativantes e fabulosas. Ratatouille é uma das mais belas animações produzidas desta última década, não apenas pela sua técnica e estética, mas sim pela sua lindíssima e relevante mensagem principal. Sobre uma premissa inovadora, Ratatouille é mais que uma representação de imagens, e sim, o bom e velho modo de se fazer e enxergar a arte - desta vez, porém, no ângulo de uma conquistadora produção animada.

A narrativa centraliza-se na estória do ratinho Remmy, que sonhador, vive sobre o almejo de ser um conceituado chef de cozinha, em decorrência de sua paixão pela comida. Então, em decorrência de algumas confusões, ele acaba por ir parar na capital francesa, lugar de seus sonhos; é quando, ele depara-se com o famoso restaurante, e lá se depara com a situação de Linguini, um jovem inseguro e atrapalhado, eis que através de seu dom para a culinária, Remmy ajudará o rapaz fazendo o que mais ama na vida: cozinhar.


Ratatouille, certamente, não faz parte dos padrões impostos ao gênero animação, isso porque, ele, além de conter uma linguagem menos universal (por assim dizer) e mais sofisticada que a maioria, possui na construção de seus personagens, personalidades diferentes do que o gênero está apto a apresentar. Aqui, por exemplo, o sentimento da ambição não é abominável como mostrado em vários outros títulos, e sim é ele que move a determinação de Remmy e trilha o percurso de todo o filme. Fora isso, as mensagens positivas deixadas com a subida dos créditos ainda continuam a ser, mesmo repetidas, encantadoras.

As artes em equipe por Ratatouille conferem ao público uma experiência espetacular não só para os olhos, mas os estímulos sensoriais mais diversos. Definitivamente, a Pixar não pára de surpreender seus espectadores a cada obra nova. Naturalmente, portanto, Ratatouille é um de seus melhores e mais bem feitos trabalhos, cheio da mágica habitual dos estúdios, e da elegância impressa pelo brilhante roteiro a ele designado.

Em períodos tão escassos de originalidade e inovação, nós, amantes do cinema, só temos a ficar gratos pela qualidade das produções da Pixar, sempre transmitindo ao público o charme e as virtudes autorais a cada projeto realizado. Ratatouille é um fruto de toda esta quantia de méritos resultados do frescor que os estúdios providenciam ao cinema contemporâneo; elegante e requintado como um belo prato do Gusteau, Ratatouille conquista seu lugar no topo, onde permanecerá dotado do mesmo esmero e sofisticação que lhe foi empregado. Para quem busca uma experiência plenamente satisfatória, a Pixar entrega o resultado dessa procura, então, deixe-se levar pelos inúmeros predicados da obra e, bon appetit.

Nota: 8.0

3 comentários:

  1. Esse filme, assim como muitos da Pixar, é incrível. Realmente é muito divertido.

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  2. Pra mim foi até bonzinho, mas se comparado aos filmes da Pixar de 2008 a 2010, não me surpreendeu nada. Mesmo assim, ainda vale a pena assistir essa animação bem feita.

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  3. Esse fui ver totalmente desconfiado e realmente me surpreendi, aliás, a Pixar segue numa curva de surpresa (e das boas) a cada ano, sempre superando (o que parece ser impossível).

    Esse ano com Carros 2 prevejo que será o primeiro passo para a queda...

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