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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Sexta-Feira 13 - Parte 3 (1982)


Sexta Feira 13 Parte III foi um grande divisor de águas dentro da série. Após a criação da história e dos personagens em 1980 e uma ótima continuação em 1981, no ano seguinte o terceiro capítulo chegaria cheio de estilo e fama. Já famosa dentre os adolescentes, a série já respirava um status diferente, de algo maior e de razoável valor, então coube aos produtores dar prosseguimento ao sucesso e estender até onde conseguiam. Este capítulo chegou com novidades, sendo lançado no formato 3D, que necessariamente cobria apenas algumas passagens, mas esta característica rendeu boas cifras aos cofres da Paramount, que adquiriu os direitos da série a partir do segundo capítulo.

Este terceiro capítulo se mostrou tão especial, que além de trazer os recursos do 3D e dar prosseguimento aos assassinatos de Jason, iria dar de presente a seu vilão, um símbolo que o faria famoso e conhecido em todos os lugares do planeta. É aqui que Jason coloca sua máscara de hóquei pela primeira vez, sem estilo ou alarde, é verdade, mas a partir daqui, a fama do mascarado iria aumentar milhões de vezes, onde para a surpresa dos produtores, que mal imaginavam tudo aquilo, os lucros cresciam cada vez mais. Depois de dois filmes acima da média, o que mais poderia ser feito para dar continuidade aos acontecimentos de Crystal lake?

Stever Miner foi o responsável por pensar nisto, pois além de já possuir familiaridade com os personagens e história, tendo em vista que este dirigiu a Parte II, sua criatividade em lançar Jason parece ter conquistado a confiança dos produtores da Paramount. Porém ninguém contaria que o diretor iria cometer alguns erros ridículos de continuidade, que seria explicado mais tarde de forma pouco convincente. Jason, mostrado no final do último capítulo, era cabeludo e barbudo, além de possui o lado esquerdo do rosto totalmente desfigurado, enxergando apenas por um olho. O que acontece nesta Parte III é que todas estas características desapareceram completamente, deixando os fãs confusos.


O que fica no ar e: Seriam os acontecimentos do final da Parte II uma ilusão que a personagem de Amy Steel pensa ter visto? Pois o vilão que dá prosseguimento a matança neste capítulo é um homem totalmente diferente, careca, corcunda, sem barba e com o rosto menos deformado que antes, além de enxergar com ambos os olhos. Perguntas e mistérios a parte, a história parte exatamente de onde a outra parou, então na verdade seria sábado, dia 14, mas bola pra frente. Mais jovens desavisados chegam para acampar, sem se dar conta que uma chacina foi feita ali um dia antes (não tem polícia aqui em Crystal lake, onde estes aparecem apenas no final dos filmes para recolher os corpos).

A mocinha deste capítulo é infinitamente inferior à da Parte II, que já não era tão esperta. Dana Kimmell assume desta vez o trabalho complicado de por fim as matanças de Jason, que por sinal, poderiam ter terminados no capítulo passado, pois já que se vingou da mãe, matando Alice, não teria mais motivos para dar prosseguimento a tantas mortes inocentes. Mas estes detalhes, daqui pra frente, seriam esquecidos e não fariam a menor diferença na história ou construção e desenvolvimento dos personagens. A ordem das mortes não é surpresa, e o público facilmente define isto logo no inicio da projeção. Até mesmo uma gangue de motoqueiros aparece apenas para serem mortos, onde não faz sentido algum suas participações.

Sexta Feira 13 Parte III é bem mais violento que seus antecessores, aumentando a qualidade gráfica das mortes. Desta vez a ação se passa em uma espécie de fazenda, localizada nos arredores de Crystal lake, um local bacana para o desenrolar das mortes, embora sejam em apenas três lugares que elas acontecem. Desta vez não temos correria dentro da mata aberta, mas sim de lugares fechados, que dão um clima positivo para os acontecimentos, uma tática eficaz dos roteiristas que optaram por esta mudança de clima e perspectiva. É em um celeiro que a maioria dos grandes momentos do filme acontecem, e é aqui onde Jason levará uma machadada na cabeça, que ficaria famosa em todos os demais filmes da série, já que a rachadura em sua máscara seria mantida.


O final do filme soa forçado demais, onde Steve Miner buscou reciclar alguns elementos que se registraram sucesso no primeiro capítulo, onde aqui, após o confronto com Jason, sua mãe ainda iria registrar uma rápida aparição, mas que se mostrou totalmente desnecessária e sem clima, apenas um sustinho final vaganundo. Os créditos de abertura foram os mais criativos de todos os capítulos, e além dos recursos em 3D, este capítulo apresentou ao mundo o símbolo que acompanharia Jason para o resto de sua vida. Um clima diferente do mostrado anteriormente, algumas confusões de continuidade e mais alguns detalhes fazem desta parte III um amontoado de curiosidades positivas e negativas dentro do universo da saga.


Nota: 8.0




4 comentários:

  1. Não tenho ideia de quantas vezes eu vi esse film,mais foram muitas. realmente a nota que foi dada é justa!eitaa tempo bom,em que os filmes de terror/horror eram realmente filmes de terror/horror.

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  2. Envelheceu mal, tá certo, mas é um filme que sobreviveu com o passar do tempo e consegue revelar sequências de crueldade como poucos filmes atuais.

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  3. Achava que eu era o único que apreciava esta terceira parte. A série, infelizmente, decaiu de qualidade desde então, porém eu particularmente adoro a "Parte VI" - aquela em que Jason vira oficialmente um morto-vivo.

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  4. Nunca dei chance a essa franquia, e confesso não ter vontade alguma de assistir.

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