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domingo, 3 de julho de 2011

Bambi (1942)


Toda narrativa demanda do protagonista atravessar situações que o provam intensamente, funcionando como momentos-chave para que ele descubra novas nuances a respeito de si mesmo. Entretanto, algumas histórias em particular, tratam especificamente da trajetória de personagens por estes tipos de situação em fases seminais da sua vida, podendo ser caracterizadas como narrativas de ritos de passagem.

Um dos longas mais famosos da história da Disney, Bambi (idem, 1942, vários) utiliza o ambiente de uma floresta habitada por diversos tipos de animais – cervos, coellhos, codornas, corujas etc – para extrair dali sua história de aprendizado e solidariedade. Bambi nasce e se cria no meio da floresta, diante da empolgação de todos os animais da floresta, que começam a fazer parte do seu cotidiano, ensinando-lhe palavras e atitudes novas – como o coelho desbocado Tambor e o delicado gambá Flor. Ao longo da narrativa, Bambi enfrenta momentos difíceis, como a morte da mãe e um incêndio na floresta causados pelos seres humanos que invadem seu habitat, mas sempre auxiliado pelos seus amigos animais.

Trata-se de um melodrama genuíno, em que os antagonistas humanos são tratados de maneira distanciada, caracterizados de maneira maniqueísta pela composição do roteiro e da direção do longa. Empregando tons suaves nas cores e nos traços, assim como na sua trilha sonora, Bambi pode ser considerada uma animação que se desenvolve num ritmo que desenvolve a contemplação e a ênfase no olhar ao invés dos diálogos. Um melodrama que conquista pela trajetória de seu protagonista à vida adulta, como todos nós, mais cedo ou mais tarde, precisaremos atravessar.

Nota: 10,0



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