Colin Ferrell nunca foi um dos atores mais conceituados da lista dos críticos internacionais. Suas participações em filmes como Alexandre e Miami Vice, que embora tenham contribuido para a formação de astro americano, não lhe renderam boas críticas. Desta vez, abusando de seu sotaque irlandês, Ferrell, dirigido pelo impressionante Martin McDonagh, esboça uma excelente interpretação, variando desde o humor negro até cenas de ação e comoção, sempre competente. O mesmo podemos dizer do resto do elenco, que vai desde o conceituado Ralph Fiennes, de A Lista de Schindler e O Jardineiro Fiel, até o inglês Brendan Gleeson, da saga Harry Potter e Cold Mountain. Fiennes, que embora pouco apareça na fita, somente nos minutos finais, traz uma grata interpretação. Gleeson também não fica atrás. Responsável por grande parte das cenas cômicas, ele faz-nos emocionar, rir e refletir, coisa que jamais pensei que pudesse fazê-lo.
O roteiro, variando bastante entre os inúmeors gêneros, é capaz de nos entreter, arrancando boas risadas do espectador, emocionando e chocando com umas e outras cenas que jamais poderíamos esperar, especialmente o final, completamente imprevisível, pode não ter agradado a todos, mas foi convincente e muito inteligente, deixando sempre uma dúvida na cabeça do espectador, que se simpazou com os personagens. Talvez o único ponto fraco do roteiro tenha sido justamente essa mistura de gêneros na mesma cena. Por hora, soa como agradável o fato de mixar piadas(espertas), com cenas que deveriam proporcionar tensão e expectativa no espectador, e só, mas ao realizar essa mistura, pode acabar confundindo o espectador e não passando a mensagem que cada cena tem a passar. Aliás, a locação da história não poderia ser um lugar melhor, uma vez que Bruges, cidade próxima a Bruxelas, na Bélgica, com suas contruções medievais e um ar de "conto de fadas", agrada aqueles que apreciam uma boa história terrena, e curte contruções antigas.Mas com certeza, esse não é o caso do personagem de Ferrell, que sempre que refere-se a cidade situada, chama-a (com o perdão da palavra): "The Fuckin' Bruges!", sempre em tom irônico e muito cômico.
Na verdade qualquer um que vá ao cinema ver este filme, pois não tem mais nada a ver, terá sim uma agradável surpresa. A tradução do título original para o português não poderia ser pior. Como alguém, já acostumado com as atuais fitas "trash" vindas de todo o canto do mundo, com títulos subversivos como este, teria a mínima curiosidade para assistir, uma vez que já sabe que o longa trata-se de uma comédia, sobre dois matadores de aluguel. Logo vem a cabeça a idéia de um roteiro esdrúxulo e mal escrito, mas como já foi dito, temos uma grande surpresa.
Nota: 8.0
MUITO BOM O FILME, MAS O FINAL ME DESAPONTOU, VALE A PENA VER CONCERTEZA
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