Vamos primeiro falar dos pontos positivos do filme, que são muitos. The Aviator recebeu 11 indicações ao Oscar 2005, incluindo a de Melhor Filme, Diretor para Scorsese e Melhor Ator para DiCaprio, porém perdeu nas categorias principais para o poderoso filme de Clint Eastwood, Menina de Ouro. Saiu com "apenas" 5 estatuetas, entre elas (e a mais merecida das cinco), a de Melhor Atriz Coadjuvante para a fantástica Cate Blanchett, Figurino, Fotografia, Direção de Arte e Edição. Em todos esses aspectos premiados pela Academia, o filme é perfeito. Todos os figurinos de época, caros e muito bem desenhados são um dos pontos fortes do filme. A fotografia, que utiliza de flashes de câmeras, luz de velas e cores vibrantes (até mesmo escuras), pode ser o que o filme tem de melhor, alkém dos belíssimos e criativos cenários e da montagem mais do que bem feita e acima de tudo, muito coerente. Mas talvez, tanto brilhantismo técnico seja ofuscado pelas maravilhosas interpretações, que são excelentes por parte de todo o elenco. Talvez qté mesmo o protagonista Howard Hughes (DiCaprio), seja ofuscado pela categoria da atriz australiana Cate Blanchett, que interpreta com uma garra poucas vezes vista a celebridade americana Katherine Hepburn, abusando de um sotaque muito bem aproveitado. Cate recebeu seu primeiro Oscar por uma atuação de uma das figuras mais conhecidas do cinema durante o século XX, com passagens de bom humor, arrogância e muita classe. Claro que DiCaprio também tem seus momentos de prestígio no papel do real aviador Hughes, que além de um gênio era um tremendo de um louco, que tinha manias de limpeza, e por vezes soa até mesmo irritante de tão abusiva que fica a repetição de alguns diálogos durante o filme. DiCaprio está bastante convincente no filme e mereceu a indicação, mas a vitória só poderia ter sido do fantástico Jamie Foxx em Ray. O elenco também conta com boas passagens de Kate Beckinsale, que interpreta Ava Gardner, Allan Alda (indicado ao Oscar de Coadjuvante), John C. Reilly, Alec Baldwin, Ian Holm e até mesmo da mais breve de todas, a de Willem Defoe. Todos estão muito bem e foram muito bem dirigidos pelo categórico Scorsese.
Mas como já escrevi antes, o filme tem seus pontos fracos. Embora o roteiro(original), proporcione bons diálogos e a melhor cena, a do acidente de avião, ele possui alguns defeitos que acabam irritando e prejudicando a edição final do longa. A duração, mais do que absurda, 170 minutos de um filme com uma história simples e pouco detalhada é pedir demais de um espectador paciente. Sendo que alguns diálogos são puras repetições insuortáveis. Como por exemplo, a cena final do filme, Howard repete a mesma fala enésimas vezes, e chega a ficar insustentável continuar assistindo, mesmo sabendo que faz parte da história e é preciso mostrar para que entendamos melhor o grau de loucura de o personagem atingiu. "The way of the future" fora repetido inúmeras vezes.
Nota: 7.0
Gostei do filme, mesmo não sendo o melhor de Scorsese, provavelmente por ter de seguir a fórmulas dos filmes biográficos, o trabalho é interessante, a reconstituição de época de primeira, além da boa atuação de DiCaprio.
ResponderExcluirAbraço
Não gosto do filme. Scorsese e consequentemente Leonardo DiCaprio tem a mania de fazer filmes muito longos, que às vezes chegam a ser intermináveis. Alguns eu até evito...
ResponderExcluirO Cinelupinha é um blog muito bom. Virei seguidor e coloquei o link dele lá no Gilberto Cinema. Segue o meu também...
ResponderExcluirÉ um filme subestimado. Particularmente acho um dos melhores do homem!
ResponderExcluirAcho um excelente relato da ambição de Hughes, seus relacionamentos amorosos, sua carreira cinematográfica, até seus ploblemas pessoais e psicológicos. Scorsese é dotado de um talento inquestionável, e aqui ele traz uma forte visão sobre a ambição hollywoodiana por traz da história do magnata da aviação.