Essas palavrinhas em qualquer outro contexto seriam nada mais do que inofensivas. Mas se tratando delas no filme Jogos Mortais, são de causar um intenso arrepio. Jogos Mortais é aquele tipo de filme de que não se espera nada, mas que acaba causando uma surpresa boa. Serve, inclusive, para causar medo até nos mais calejados e experientes espectadores de filmes de terror. De roteiro igualmente surpreendente, este filme pode ser considerado grande em meio a tantas produções fracas do gênero. Os motivos dessa grandeza se dão, na maioria, pelo frescor e pela originalidade. Mais do que qualquer outro filme recente do gênero, Jogos Mortais soube usar ao máximo seu diferencial em seu benefício.
Desde "Seven - Os Sete Crimes Capitais" (Se7en, 1995) não faziam um filme de serial killer tão bom. Mais interessante de tudo é o fato desse serial killer aparecer poucas vezes no decorrer da trama, de modo que sua ausência consegue ser tão pavorosa quanto uma possível presença. Mais diferente ainda é a forma escolhida por ele para matar suas vítimas, usando de engenhosos jogos sanguinários. E por incrível que pareça, ele não participa diretamente nas mortes, deixando isso a cargo das próprias vítimas. Sendo assim, ele se diverte e se sacia ao observar a agonia psicológica vivida pelas pessoas que escolhe, se tornando um dos vilões mais diferentes dos últimos tempos.
A história do filme é inicialmente simples (considerando que o "simples" dos filmes de terror não é exatamente aquilo que estamos acostumados no dia a dia), onde conhecemos o médico Lawrence Gordon e o fotógrafo Adam, que acordam presos em lados opostos dentro de um tipo de banheiro, centralizado por um cadáver. Logo descobrem estar fazendo parte de um tipo de jogo sádico, de qual só sairão vivos se resolverem certos obstáculos no tempo determinado pelo assassino. O maior de todos os problemas é a última regra do jogo: mesmo fazendo tudo no tempo certo, apenas um sairá de lá vivo.
O vilão, ausente na maioria do filme, só dá o ar da graça por deixar um gravador em cada cenário de "jogos", explicando as regras do jogo. Sempre começa essas explicações com a terrível frase: "I want to play a game", e então o caos está formado. Insano ao extremo, ele se contenta de vigiar suas vítimas beirarem a loucura, sentindo certa superioridade em relação a elas.
Talvez seja esse controle que ele tem da situação que dá ao filme toda a tensão constante. Em momento algum ele perde de vista os passos de suas vítimas, deixando o telespectador em constante medo. Afinal, o medo só se dissipa nos filmes de terror quando vemos o mocinho tomar uma atitude certeira que o possa livrar da situação de perigo. Enquanto o mocinho não toma essa atitude o filme não perde a graça, mas a partir do momento que ele mostra vantagem em relação ao vilão, passamos a torcer para que ele escape, e de repente o vilão já não é tão soberano e assustador. Em Jogos Mortais o vilão nunca perde sua soberania, e isso é de causar um medo fora do comum.
Filmes de suspense e terror têm sempre como maior objetivo causar medo, e na maioria das vezes conseguem realizar a tarefa em um momento ou outro. Mas poucos são os filmes que dão medo do início ao fim, por isso demora tanto para sair um filme bom de terror ou suspense. Grandes marcos vieram com os filmes de Hitchcock, que lançaram um novo tipo de horror ao cinema, como no caso de "Psicose" (Psycho, 1960). Depois de anos do lançamento de Psicose tivemos outros filmes do gênero que deram conta do recado, como no caso de "O Iluminado" (The Shining, 1980) e "A Morte Pede Carona" (The Hitcher, 1986). Na década de 1990 também foram feitas grandes produções de suspense/terror, com destaque para "O Silêncio dos Inocentes" (The Silence of the Lambs, 1991). Na década iniciada em 2000 podemos dizer que Jogos Mortais teve sua vez como inovador do gênero, apelando para o lado mais sádico do terror.
Usando de todos os ingredientes necessários para saciar a vontade de sentir medo dos espectadores, podemos dizer que Jogos Mortais cumpre com louvor aquilo que propõe. Sendo assim, é altamente recomendado para todos que apreciam o gênero. Suas continuações estragaram um pouco o bom nome que fez, mas analisado individualmente, com certeza pode ser considerado um grande filme.
The game is over...
Nota: 8.0
Um filme tenso e sombrio. Gosto muito dele.
ResponderExcluirQuase uma obra-prima. Um dos filmes mais surpreendentes da década passada, mas claro, visando o seu gênero. Pena que as sequências sejam tão podres.
ResponderExcluirAbs!
Perfeição..melhor filme de terror que ja vi,todos eles...adoroooooO!O!O!O!O
ResponderExcluirOlhaaa esse filme e o melhor de todo que eu ja vi na minha vida eles teque fazer mais ate o 1000000000000000000000000.000000000000000000.00000000000000 anos mes seculos seila faze sempree amor de filme ♥ <--
ResponderExcluiro melhor nunca devem para de fazer o filmes ADORO Não Euuuuuuuuuuuuuuuu AMO Esse Filme Sz
ResponderExcluir